O DIU (Dispositivo Intrauterino)
Por: mick • 24/8/2015 • Trabalho acadêmico • 819 Palavras (4 Páginas) • 268 Visualizações
DIU
O que é?
O DIU (dispositivo intrauterino) é um pequeno dispositivo de plástico em forma de T que costuma ser revestido com o metal cobre, ou também com hormônio progesterona, mais conhecido como SIU ou DIU hormonal.
Quando colocado dentro da cavidade uterina de uma mulher ele exerce efeito anticonceptivo, podendo permanecer até 5 anos (no caso do DIU hormonal) ou até 10 anos (o DIU de cobre). Vale lembrar que o DIU é um método contraceptivo de longa duração, porém reversível com a sua retirada. Deve ser implantada dentro do útero da mulher através da vagina pelo médico ginecologista, nenhuma mulher deve tentar implantar o DIU em si mesma.
É um método confiável, com mais de 99% de eficácia, com poucos efeitos adversos. Cerca de 1 em 4 mulheres que utilizam métodos anticoncepcionais fazem uso do DIU.
A tabela abaixo mostra comparação entre métodos contraceptivos baseados em dados de 2007. A porcentagem se refere à taxa de falha do método por ano.
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Vasectomia: 0,15%
Ligadura de trompas: 0,50%
DIU: 0,60%
Anticoncepcional oral*: 0,3% a 7%
Anel vaginal*: 0,3% a 8%
Camisinha*: 2% a 15%
Coito interrompido*: 4% a 27%
Não interfere com o sexo, tem elevada taxa de aceitação em longo prazo e pode ser usado por mulheres que querem ou precisam evitar a administração de estrogênio.
Fatores que limitaram o uso do DIU
Apesar de existir no mercado desde 1950, só popularizou após 1990.
Publicidade negativa.
Desinformação sobre gravidez ectópica.
Maior risco de infecção com os materiais usados antigamente.
Falta de exame que pudesse detectar clamídia antes da implantação do DIU.
Falsa fama de ser um método abortivo.
Ação do DIU
–Altera a consistência do muco do colo do útero, estimuladas pelo cobre ou pela progesterona, que inibem a mobilidade dos espermatozoides, dificultando a sua chegada ao óvulo.
– Irritação crônica da cavidade uterina e das trompas de Falópio, que têm efeitos espermicidas, tornando o ambiente mais hostil para os espermatozoides, inibindo a fertilização e a implantação do ovo no útero.
– Efeitos diretos no ovo, impedindo sua evolução para embrião.
Assim, o DIU, age inicialmente impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo, se ocorrer falha, também atrapalha o processo de fecundação do óvulo, se falhar de novo, também impede que o ovo fecundado evolua ou se implante no útero, por isso é um método tão eficaz.
O DIU não é abortivo, é considerado aborto quando o ovo se implanta no útero, se o ovo não chegar ao útero, não há gravidez em curso. Podemos considerar como exemplo a fertilização invitro, quando não evolui não considera um aborto.
Indicação
Para quase todas as mulheres que desejam um anticoncepcional de longa duração e a praticidade de não se preocupar para que ele funcione adequadamente.
Para as que desejam método reversível, mas que tem contra-indicações para o uso de pílulas anticoncepcional.
O DIU previne gravidez, mas não DST, por isso não é uma escolha para mulheres com múltiplos parceiros, nem para quem deseja engravidar em menos de um ano, nem para quem tem acne, o estrogênio da pílula ajuda no controle.
Contra-indicação
– Anormalidades do útero: útero bicorno, estenose cervical e grandes miomas.
– Infecção ginecológica ativa: endometrite, cervicite, tuberculose pélvica, vaginose, gonorréia ou clamídia.
– Gravidez presente ou suspeita: risco de aborto.
– Câncer uterino.
– Sangramento ginecológico de origem não esclarecida: qualquer sangramento anormal deve ser investigado.
– Câncer de mama: não devem utilizar o DIU Mirena (SIU), que contém o hormônio progesterona.
– Doenças do fígado: não utilizar o SIU.
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