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O papel do enfermeiro nos centros de hemodialse

Por:   •  5/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.422 Palavras (6 Páginas)  •  373 Visualizações

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CBS

O PAPEL DO ENFERMEIRO NOS CENTROS DE HEMODIÁLISE

Rose Kerley Laignier LEÃO (IC- roselaignier@hotmail.com) ¹, Lígia dos Santos CESARINO (IC) ¹, Valéria Cristina da COSTA (IC) ¹, Rebeca dos Santos Duarte ROSA (PQ) ²

                           1-        Curso de Enfermagem 2- Professor (a)

Faculdade de Minas FAMINAS-FAMINAS-BH -31744-007 –Belo Horizonte-MG.

Palavras-chave: Enfermeiro, Hemodiálise, Cuidado.

Apresentação: Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), ocorre a perda irreversível de néfrons funcionantes e esta perda pode ser forma rápida ou lenta e progressiva, pode ser classificada em aguda ou crônica. Na aguda a insuficiência renal surge em poucos dias e tem cura, enquanto que na crônica a doença vai se desenvolvendo e quando é detectada já é irreversível e sem cura, necessitando de terapia renal substitutiva. A hemodiálise é uma destas terapias, sendo realizada durante sessões que podem durar de 3 a 8 horas dependendo do quadro do paciente [1]. A Hemodiálise prolonga a vida do paciente, suaviza os sintomas da uremia e previne futuras incapacidades, utilizando uma máquina, um capilar conhecido como rim artificial e linhas arteriais e venosas para realização da hemodiálise, sendo que cada paciente tem o material de uso exclusivo. O paciente necessita de ter um acesso vascular temporário conhecido como cateter duplo lúmem colocado em uma artéria de grosso calibre ou um acesso permanente com o nome de Fístula Arteriovenosa (FAV) que foi confeccionada por cirurgia fazendo a ligação entre uma veia e artéria localizada usualmente em membros superiores para realizar as sessões. O setor de hemodiálise é de alta complexidade, com alto custo e de risco biológico e químico, onde necessita de uma equipe multidisciplinar. Este estudo tem como objetivo descrever o papel do enfermeiro nos centros de hemodiálise. Através de uma revisão bibliográfica buscou-se artigos científicos publicados nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e SciELO utilizando como critérios de inclusão artigos publicados em português e a partir do ano de 2010 identificando assim o que se tem de mais atual sobre o tema. Além disto, foram usadas as seguintes palavras chave: hemodiálise, atuação do enfermeiro, cuidado, doença renal crônica. Desenvolvimento: De acordo com a portaria n° 154/2004 que estabelece o funcionamento dos serviços de Terapia Renal Substitutiva, cada unidade deve ter um enfermeiro com especialização em nefrologia para 35 pacientes por horário das sessões [2]. A hemodiálise é um tratamento em que a circulação é extracorpórea, o sangue que sai do paciente penetra numa membrana semipermeável artificial, imersa em uma solução eletrolítica que permite a filtração de toxinas do sangue por diferença de concentração e a perda de líquidos por pressão exercida no sistema [3]. Trata-se de um processo complexo e especializado que necessita da adequação de materiais e equipamentos, competência técnico cientifico dos profissionais e preparo do paciente [1]. Os cuidados de enfermagem envolvem a sistematização desde a entrada do paciente no setor até a saída deste da sessão de hemodiálise, sendo enfermeiro  o profissional que assiste mais de perto o paciente durante as sessões, ele deve ter um olhar crítico ao observar o paciente como um todo, estar apto e treinado para prontamente intervir e evitar potenciais complicações que ocorre com maior frequência entre elas as hipotensão, cãibras musculares, náuseas e vômitos, dor torácica e lombar, prurido, febre e calafrios, edema agudo de pulmão e síndrome do desequilíbrio da diálise, necessitando de orientar os pacientes e seus familiares, assim como a educação permanente da equipe de enfermagem mediante aos cuidados necessários no momento de intercorrências com o paciente, sendo fatores que podem minimizar os índices e aumentar a qualidade de vida de pacientes em terapia hemodialitica [2]. Em um centro de hemodiálise o enfermeiro tem três papeis distintos, mas muito importantes: Como administrativo, gerenciando toda a unidade de acordo com a necessidade de recursos humanos, ambientais e materiais do setor [4], e as sessões de hemodiálise de urgência no Centro de Terapia Intensiva (CTI) a pedido médico, realizar conferencia de material de cada paciente, além de autorizar o início da sessão para cada horário de acordo com as determinações do setor. Como assistencial, trabalhando junto com os técnicos de enfermagem mediante as intercorrências antes, durante e após as sessões. Sendo de responsabilidade do enfermeiro a realização das três primeiras punções em pacientes com fístulas novas, ou a punção de fístulas com hematomas e de difícil punção, a realização dos curativos em cateter duplo lúmem e avaliação de cateteres não funcionantes, avaliação da cicatrização e retirada de pontos da ferida operatória da anastomose da fistula. Trabalha atuante na monitorização, detecção de anormalidades e conferencia dos parâmetros da máquina de hemodiálise de acordo com a prescrição de cada paciente, sendo a prescrição da hemodiálise individualizada com o objetivo de adequar o tratamento à melhoria no quadro clínico do paciente. Como educador, realiza ações diante sua equipe preparando POP¨s (procedimentos operacionais padrões), realiza ações estratégicas para o setor como alguns eventos como bingos, música ao vivo com a finalidade de melhor entreter os pacientes durantes as sessões. A educação em saúde é uma estratégia que deve ser amplamente empregada nas sessões de hemodiálise, tendo em vista a importância da qualidade de vida do portador de IRC, com  sua atuação junto aos pacientes e familiares, orientando aos novos pacientes sobre a doença, o procedimento, suas complicações e riscos, o cuidado com a fistula ou o cateter, o controle alimentar e hídrico, procurar ajudar na integração dos pacientes e dos familiares, pois muitos clientes chegam em casa com alguns sintomas, sentindo-se debilitados, por isso a importância de agregar a família neste aprendizado para que tenham subsídios e consigam dar o apoio necessário para os pacientes dialíticos, realizar a avaliação do cartão de vacina e encaminhamento para realização da vacinação adequada ao paciente, as atividades de vida diárias e suas adaptações para que haja uma adesão ao tratamento, assim estimulando o auto cuidado. Considerações Finais: Através das pesquisas conclui-se que é importante a visão holística no cuidado de enfermagem, fundamentada em um atendimento ao cliente hemodialítico, o considerando uma pessoa, e não um ser isolado, com um contexto de vida antes do acometimento da doença, assim o enfermeiro por estarem sempre ao lado dos pacientes dialíticos, mantém uma estreita relação com eles, tornam- se fundamentais durante o processo de hemodiálise ajudando a reaprender a viver com a nova realidade e tornando-se uma pessoa independente e consciente de seu tratamento e necessidades da sua condição renal crônica, demonstrando  muitas demandas de atenção, em relação ao autocuidado, nos aspectos  físicos e emocionais, o  elo do paciente com toda a equipe multidisciplinar (médico, nutricionista, farmacêutico, psicólogo, técnico de enfermagem), é o enfermeiro desempenhando um papel importante na atenção à essa população. O apoio do enfermeiro ao cliente no enfrentamento e tratamento da doença renal crônica contribui para que este adquira competência e habilidades nas ações de autocuidado. Agradecimentos: A minha orientadora Rebeca dos Santos Duarte Rosa e à FAMINAS pelo apoio para a realização do trabalho.

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