RELATÓRIO SOBRE A HISTÓRIA DE ARTHUR BISPO
Por: mussuca • 31/5/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.037 Palavras (5 Páginas) • 256 Visualizações
FACULDADE ESTÁCIO
ENFERMAGEM
LETÍCIA CARLA DO NASCIMENTO BORGES
ARTHUR BISPO
Aracaju- SE
2018
FACULDADE ESTÁCIO ENFERMAGEM
LETÍCIA CARLA DO NASCIMENTO BORGES
ARTHUR BISPO
Aracaju- SE
2018
SUMÁRIO:
- INTRODUÇÃO............................................................ 4
- HISTÓRICO................................................................ 5
- CONCLUSÃO............................................................. 7
- REFERÊNCIAS.......................................................... 8
1.INTRODUÇAO
Baseado de acordo com a história de Arthur Bispo do Rosário a disciplina Ensino clínico IV. Bem como a elaboração de um plano de assistencial a ser colocado em teoria, diante da integridade do processo de enfermagem que será apresentado neste estudo, com objetivo de enriquecer o trabalho, realizando pesquisas bibliográficas.
2.HISTÓRICO
Homem, Negro, Nordestino, Esquizofrênico Paranoide. Esses são os marcadores sociais que a princípio permitem alguma compreensão de quem tenha sido Arthur Bispo do Rosário, nascido na cidade de Japaratuba – município de Sergipe – em1990.
O artista, filho de carpinteiro, carregava um sobrenome repleto de significados religiosos, ingressou na Escola de Aprendizes de Marinheiros em Aracaju, em 1925. No ano seguinte, como tantos outros nordestinos, migrou para a região Sul do país, chegando à cidade do Rio de janeiro e se alistando na Marinha de Guerra. Nessa instituição, onde permaneceu durante nove anos, teve contato com o Boxe, iniciando pelos amantes do esporte devido à sua resistência física.
A relação com o pugilismo o expulsa da carreira militar. Assim, começa a trabalhar na Light & Power, cuidando dos bondes de cidades: primeiro como lavador e depois como vulcanizador (borracheiro). Sua vida passa por um revés quando sofre um acidente e fere gravemente o pé, o que impossibilita de seguir a carreira como boxeador. Ao abrir um processo contra a empresa, conta com apoio jurídico de José Maria Leone, com quem inicia uma relação profissional, que o leva a trabalhar na casa em que o advogado vivia com a sua família, no bairro Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Bispo se manteve próximo dos Leone ao longo quase três décadas.
Após um surto psicótico, Bispo do Rosário teve o que chamou de “ revelação “. Em 22 de dezembro de 1938, em que acreditou ter visto Cristo, descendo a terra, rodeado por uma corte de anjos azuis, e afirmar ter recebido a missão de recriar o universo para apresentar a Deus no dia do Juízo Final. Bispo se abriga em um monastério que o encaminha ao Hospital dos Alienados na Praia Vermelha no Rio de Janeiro. Sem recuperar-se e, diagnosticado esquizofrênico paranoide, foi internado na colônia Juliano Moreira onde permaneceu até sua morte em 1989.
O desencadeamento de sua psicose vem marcado por uma hipertrofia do imaginário. Lacan (1958) nos informa sobre a tentativa de reconstrução do sujeito pela via da alusão imaginária e sobre o uso deste recurso pelo psicótico, na circunstância de manifestações psíquicas inusitados e ameaçadoras, em função da carência de amarras simbólicas.
Dado o desmoronamento dos pontos de referência deste sujeito, ao que se supunha (conforme relatos) uma existência anterior ao surto norteado por um precário, mas eficaz equilíbrio são mencionados episódios de reagudização com escassos períodos em que se manteve afastado das internações psiquiátricas.
Foi após a audição alucinatória de que haveria chegado a hora de reconstruir o mundo que Bispo incumbiu-se na realização de sua missão, construindo então sua obra.
De volta a colônia, já no ano 1967, no terceiro mês de prisão em uma cela de isolamento no pavilhão 10, destinos dos pacientes considerados mais agressivos e agitados, Arthur Bispo ouviu vozes que lhe transmitiriam uma nova missão: a de reordenar e reorganizar todas as coisas existentes na terra para sua apresentação no dia do juízo final. A partir desde momento, durante os sete anos consecutivos que permaneceu enclausurado e ocupar gradativamente, com a sua obra, o conjunto de celas-fortes do pavilhão 10.
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