A Cephalosporium Acremonium
Por: Deise27.07 • 24/6/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 1.023 Visualizações
- Cephalosporium acremonium
Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente (SÓ BIOLOGIA).
Os antibióticos são comumente produzidos por microrganismos como as bactérias e os fungos.Fungos são seres dispersos no meio ambiente, em vegetais, ar atmosférico, solo e água e, embora sejam estimados em 250 mil espécies, menos de 150 foram descritos como patógenos aos seres humanos (EncyclopediaBritannica).
Os antibióticos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, com capacidade de destruir ou impedir a multiplicação de bactérias. São muito utilizados para prevenir ou tratar infecções bacterianas (PROJETO RESISTA).
A Cefalosporina é um antibiótico semelhante á penicilina, e é originário do fungo Cephalosporium acremonium. As cefalosporinas deram origem a diversos medicamentos usados mundialmente em hospitais e clínicas médicas. Segundo CLIMENI, et. al. 2009, a modificação das correntes laterais fixas ao núcleo do cefalosporinas produziu uma proliferação extraordinária de compostos novos para o uso clínico, e chegou para adquirir a grande importância no tratamento de infecções bacteriana.
As cefalosporinas constituem grande e valioso grupo de antimicrobianos utilizados em clínicas. A maioria deriva da cefalosporina original (cefalosporina C) (FIOL e TOLEDO, 2010).
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Em 1945, o italiano Giuseppe Brotzu isolou pela primeira vez, culturas de Cephalosporium acremonium de um esgoto na ilha italiana de Sardenha. Mais tarde (1948) ele isolou o fungo Cephalosporium acremonium, que constituiu uma fonte de 3 cefalosporinas (MICROBIOLOGIA BRASIL, 2009).
As cefalosporinas têm uma estrutura semelhante a um importante componente da parede bacteriana, o peptidoglicano. A ação destes antibióticos é a inibição da ligação final do peptidoglicano, impedindo a formação da parede bacteriana. Assim, a bactéria não é capaz de manter sua morfologia nem o equilíbrio osmótico com o meio externo. Como agem sobre a formação de parede bacteriana, as cefalosporinas são especialmente ativas em bactérias em fase de multiplicação.
O núcleo básico destes antibióticos é o ácido 7-amino-cefalosporânico, o isolamento deste núcleo foi de fundamental importância para a obtenção dos derivados semi-sintéticos das cefalosporinas atualmente conhecidas, divididas em quatro gerações. São agentes de aspectro com atividades contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. Em comparação com as penicilinas, geralmente são menos ativas contra microorganismos gram-positivos, porém mais ativas contra gram-negativos.
Uma vez absorvidas, as cefalosporinas são amplamente distribuídas na maioria dos líquidos e tecidos do corpo, atingindo concentração máxima no fígado e nos rins. Muitas cefalosporinas não alcançam níveis terapêuticos no LCE; as exceções são a cefuroxima, uam droga de segunda geração, e os agentes da terceira geração. Essas drogas alcançam níveis terapêuticos quando há informação das meninges. A maioria das cefalosporinas é excretada pelos rins. As exceções incluem a cefoperazona, excretada na bile, e a ceftriaxona, que sofre eliminação dupla pelas vias biliares e pelos rins. A cefotaxima é metabolizada primeiramente no fígado em um metabólito ativo, desacetilcefotaxima, que é excretado pelos rins (CLIMENI, et. al. 2009).
Efeitos Adversos
Os efeitos colaterais do uso desses antibióticos, podem incluir Diarreia, Reações alérgicas, com erupções na pele e Nefrotoxicidade.
Classificação
As cefalosporinas foram divididas em gerações, de acordo com seu espectro de atividade antimicrobiano.
- 1º geração
- 2º geração
- 3º geração
- 4º geração
1º geração
A primeira cefalosporina não está mais disponível para uso clínico. Entretanto, é usada para determinar a susceptibilidade ás cefalosporinas de 1º geração, que possuem praticamente o mesmo espectro de atividade antimicrobiana. Essas drogas são eficazes contra estreptococos, estafilococos (exceto S. aureaus meticilina-resistente), Neisseria, Salmonella, Shigella, Escherichia, Klebsiella e Bacillus sp., Corynebacteriumdiphtheriae, Proteusmirabilise Bacteroides sp. (Exceto Bacteroides fragilis). Não são eficazes contra espécies de Enterobacter, Psdeumonas e Serratia(ABRAMS, 2006).
Alguns Medicamentos: Cefalexina, Ceflotina, Cefazolina.
2º geração
As Cefalosporinas dessa classe são mais ativas contra microrganismos gram-negativos do que as de 1º geração. Assim, podem ser mais resistentes a outros antibióticos, incluindo infecções causadas por Haemophillus influenzae e Klebsiella sp., E. coli e algumas cepas de Proteus. Como cada uma dessas drogas possui um diferente espectro antimicrobiano, devem ser realizados antibiogramas para cada droga, e não para todo o grupo, como pode ser feito com as drogas de primeira geração (ABRAMS, 2006).
Alguns Medicamentos: Cefuroxima, Cefoxitina, Cefaclor
3º geração
Ampliam ainda mais o espectro de atividade contra microrganismos gram-negativos. Além da atividade contra patógenos entéricos habituais, também são ativos contra diversas cepas resistentes aos outros resistentes aos outros antibióticos e ás cefalosporinas de primeira e segunda e geração. Assim, podem ser úteis em infecções causadas por cepas incomuns de microorganismos entéricos como Citrobacter. Outra diferença, é que elas penetram nas meninges inflamadas para atingit concentrações terapêuticas no LCE. Assim, podem ser úteis em infecções meníngeas causadas por patógenos comuns, incluindo. H. influenzae, Neisseria Meningitidise, Streptococos Pneumoniae.
Em geral, as cefalosporinas adquirem atividade contra gram-negativos e perdem contra gram-positivos a medida que vão de 1º para 3º geração. As drogas de segunda geração são mais ativas contra microrganismos gram-negativos, porque elas são mais resistentes ás enzimas beta-lactamase produzida por algumas bactérias para inativar cefalosporinas (ABRAMS, 2006).
Alguns Medicamentos: Cefotaxima, Ceftazidima, Cefitriaxona.
4º geração
Esse grupo possui o maior espectro de atividade antimicrobiana e maior estabilidade contra a degradação por enzimas beta-lactamase em comparação com as drogas de terceira geração. A cefepima é a primeira droga de 4º geração produzida. É ativa contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos.
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