A Farmacologia Hipertensivos
Por: Yuri Cury • 28/6/2017 • Abstract • 2.399 Palavras (10 Páginas) • 557 Visualizações
ANTIHIPERTENSIVOS
- Mecanismos fisiológicos
- Simpaticolíticos
- Vasodilatadores
- Inibidores de canais de Cálcio
- Inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina)
- Antagonistas dos receptores da angiotensina
- Diuréticos
Hipertensão e fisiopatologia
Hipertensão é caracterizada por níveis tensionais elevados associados a alterações metabólicas, hormonais e de fenômenos tróficos.
A hipertensão sistêmica é um distúrbio comum que, se não for tratado com eficiência, aumenta o risco de trombose coronariana, AVCs e insuficiência renal. Os fármacos antihipertensivos comuns (diuréticos, IECAs e antagonistas do cálcio) combinados a um estilo de vida saudável conferem redução da pressão sanguínea, como também reduzem o risco adicional de eventos cardíacos e derrames associados a pressão sanguínea elevada. O papel dos fatores de crescimento celulares (inclusive a angiotensina 2) e inibidores do crescimento (p. ex., óxido nítrico) na evolução dessas alterações estruturais é de grande importância.”
Possui causas específicas e inespecíficas (dieta, estresse, doença genética). Pode ser causada pela constrição da artéria renal, que irá desenvolver um metabólico que retém sódio e água: aldosterona. Também tem como causa o feocromocitoma, um tumor da glândula adrenal produtor de adrenalina. A adrenalina causa constrição nos vasos, gerando hipertensão. Além destas casusa, o aldosteronismo primário, uma alteração da adrenal, produz aldosterona em níveis elevado, hormônio responsável pela recaptação de sódio e retenção de água. Esse quadro caracteriza a hipervolemia, associada ao aumento da pressão.
A pressão arterial é resultante do débito cardíaco (fluxo sanguíneo que sai do coração para os vasos) e da resistência vascular periférica. O débito é resultado da contratibilidade do coração e o volume sanguíneo. O aumento da resistência vascular periférica (contração) confere aumento da pressão arterial.
Se a pressão arterial for reduzida, dois sistemas serão ativados para regularizar os níveis normais: o sistema nervoso simpático e o sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Sistema nervoso simpático
A constatação de queda da pressão induz a liberação de noradrenalina, que atua em receptores adrenérgicos. Para efeito na pressão arterial, o transmissor atua em receptores beta-1 no coração, aumentando a frequência e força de contração cardíacas, que aumentam o débito cardíaco, e alfa-1 nos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição (aumento da resistência vascular periférica). Estes eventos ocorrem de forma rápida e geram aumento da pressão arterial.
A doxazosina é um antagonista alfa-1 adrenérgico de ação prolongada. É utilizada uma vez ao dia e tem efeito discreto, mas teoricamente desejável, sobre os lipídeos plasmáticos (reduzindo a proporção de lipoproteínas de baixa para as de alta densidade)
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Este sistema acontece de forma mais lenta comparada ao sistema nervoso simpático, porém possui efeito mais duradouro.
Na diminuição da pressão arterial ocorre redução do fluxo sanguíneo renal com duas consequências:
- redução da filtração glomerular, causando retenção de sódio e água no plasma sanguíneo. Sódio e água retidos aumentam o volume sanguíneo, evento que contribui para o aumento do débito cardíaco.
- A diminuição do fluxo sanguíneo renal também induz a produção de renina. A renina é uma enzima que irá atuar sobre a angiotensina 1 promovendo sua quebra em angiotensina 2. O aumento da angiotensina 2 possui 2 ações:
-Atuação sobre a glândula adrenal induzindo a produção de aldosterona (retentor de sódio e, consequentemente, de água). A consequência imediata é aumento do volume sanguíneo e o débito cardíaco.
-A angiotensina 2 também tem ação direta sobre os vasos sanguíneos, promovendo vasconstrição, aumentando a pressão arterial.
A inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Esse sistema permanece inadequadamente ativado em pacientes com insuficiência cardíaca, especialmente quando tratados com diuréticos. Os beta-bloqueadores inibem a secreção de renina e são usados em pacientes clinicamente estáveis com insuficiência cardíaca crônica. Os IECAs bloqueiam a formação de angiotensina 2 e os BRAs (bloqueadores de receptores da angiotensina) inibem sua ação, reduzindo assim a resistência vascular periférica.
A espironolactona (antagonista competitivo da aldosterona) tem representado, de certo modo, um ressurgimento no tratamento de hipertensão grave. É preciso monitorar cuidadosamente a concentração plasmática de K+, devido a sua eliminação urinária. Com a hipopotassemia também ocorre a alcalose metabólica (troca de K+ por H+).
Simpaticolíticos
Inibem a atividade simpática de controle da pressão arterial. Constam como simpaticolíticos os bloqueadores alfa-adrenérgicos (Doxazosina e Prozosina) e beta-adrenérgicos (Atenolol, metoprolol, nadolol e pindolol) e fármacos de ação central (Clonidina e Alfametildopa).
Os de ação central agem ao se ligar a receptores alfa-2, ativando-os e inibindo a liberação (exocitose) de noradrenalina na fenda sináptica e propagação do impulso nervoso. Causam depressão do SNC e consequente sonolência e hipotensão postural.
OBS.: A Clonidina pode causar hipertensão de rebote e xerostomia intensa.
A diminuição da pressão arterial decorre da redução da frequência cardíaca, relaxamentos de vasos de capacitância e diminuição da resistência vascular periférica na posição ereta. Estes fármacos mantém o fluxo sanguíneo renal, logo são ideiais a pacientes com insuficiência renal. Produzem retenção de sódio e água, logo a associação com diuréticos possui importância significativa.
Antagonistas alfa-adrenérgicos seletivos (Prazosina, terazosina, doxazosina)
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