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A Inovação dos Fármacos

Por:   •  22/9/2018  •  Resenha  •  1.174 Palavras (5 Páginas)  •  361 Visualizações

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Inovação dos Fármacos.

Autor: Yuri Vasconcelos

Referências: Pinheiros.SP. REVISTA PESQUISA FAPESP.

INOVAÇÃO EM FÁRMACOS.Edição:260.Outubro. 2017.(p.78-81).Disponível em:http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/10/25/inovacao-em-farmacos/Acesso em:04 de setembro de 2018.

Introdução: O presente artigo ,relata o uso de nanotecnologia na inovação de fármacos já atuais no mercado e que estão em pesquisa . O laboratório farmacêutico brasileiro Biolab investe no desenvolvimento de novas moléculas e medicamentos, pois acreditam que o a inovação para indústrias farmacêuticas seja o caminho para o futuro, e não a cópia de medicamentos como os genéricos. A Biolab é uma empresa que investe a fundo em pesquisas, contando com 120 pesquisadores, em 2016, a empresa faturou R$ 1,25 bilhão e a estimativa para o ano 2017 foi de um crescimento de 12%.Ate o fim de 2018 , a empresa espera lançar mais dois remédios inovadores cuja a molécula foi modelada e sintetizada pela Biolab.

        “O laboratório farmacêutico brasileiro Biolab investe no desenvolvimento de novas moléculas e medicamentos”

        “Uma das 10 maiores indústrias farmacêuticas nacionais, a Biolab, [...] é composto por mais de 100 produtos, dos quais 50% são inovadores em sua composição, molécula ou forma farmacêutica. Dois exemplos são o fotoprotetor Photoprot com fator de proteção solar 100, elaborado com nanocápsulas, e o medicamento para tratamento de enjoos Vonau Flash, pioneiro no uso de uma tecnologia para dissolução oral imediata, com efeito mais rápido no organismo ”(p.1)

        “Há anos, a Biolab trabalha na síntese de moléculas capazes de resultar em novos fármacos, atualmente testando 60 moléculas. Para dar suporte a seu programa de inovação, a Biolab investe entre 7% e 10% do faturamento em P&D.  Em 2016, a companhia faturou R$ 1,25 bilhão e a projeção para este ano é de crescimento de 12%’’(p.1-2)

        “Até o fim de 2018, a companhia espera lançar mais dois remédios inovadores: o antifúngico Zilt, cuja molécula foi modelada e sintetizada, e o nanoanestésico tópico Nanorap[...].Indicado para o tratamento de infecções por fungos, o  Zilt tem como princípio ativo uma molécula inovadora chamada dapaconazol. O Zilt tem um núcleo químico conhecido, o imidazol, que foi modificado por nossos cientistas, tornando-se mais potente e com espectro de ação mais amplo. Com isso, a droga age sobre maior número de microrganismos do que os antifúngicos existentes no mercado’’(p.2)

        “Segundo o médico Gilberto De Nucci, especialista em farmacologia, o dapaconazol [...] é um me-too, medicamentos surgidos a partir de uma nova molécula cuja estrutura química, já conhecida, foi modificada” (p.2-3).

        “O Nanorap é um anestésico em forma de creme destinado a pacientes que se submetem a pequenas intervenções de pele, como tratamento a laser e retirada de sinais. É uma inovação incremental, pois é resultado de modificações feitas nos princípios ativos lidocaína e prilocaína. Segundo De Nucci, também responsável por organizar os estudos clínicos deste medicamento, a novidade deste produto é seu nanoencapsulamento, que garante melhor permeabilidade da pele. Além disso, diferentemente dos anestésicos convencionais não injetáveis, o Nanorap surte efeito em apenas 10 minutos. ” (p. 5)

        “As inovações na indústria farmacêutica podem ser classificadas como radicais, quando resultam de uma nova molécula não registrada no mundo, ou incrementais, quando decorrem de melhorias em uma molécula conhecida. Para o químico Jorge Lima de Magalhães [...], as inovações feitas pelo setor farmacêutico nacional são relevantes, embora sejam basicamente incrementais. Magalhães destaca ainda que alguns desses novos medicamentos promovem melhorias que tornam o tratamento dos pacientes mais eficaz e ressalta que as inovações radicais são complexas até para as grandes multinacionais farmacêuticas, quem dirá para um laboratório brasileiro. ” (p. 6-7).

Unidades de P&D        

        “Durante a sua história, a Biolab depositou 263 pedidos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), dos quais 53 foram concedidos. As inovações da farmacêutica são desenvolvidas em duas unidades de pesquisa. A síntese de moléculas é realizada na Sintefina [...], que funciona na Cidade Universitária, em São Paulo. Nesta unidade trabalha uma equipe de químicos com doutorado e especialistas em síntese. Uma das moléculas testadas por esta equipe mostrou-se promissora no tratamento de hipertensão. Segundo o diretor científico da Biolab, esta molécula já possui uma patente e, nos ensaios com ratos, ela foi eficaz para baixar a pressão. Agora novos testes serão realizados para verificar por quanto tempo a droga age no animal. Contudo, o mecanismo de ação da molécula ainda não é conhecido, mas a farmacêutica deve fazer acordo com uma universidade para descobrir como ela age. ” (p. 8-9)

         “Além da síntese de moléculas, a equipe da Sintefina iniciará em breve a realização de testes de comprovação de eficácia dessas mesmas moléculas. “Hoje enviamos nossas moléculas para laboratórios nos Estados Unidos e França para comprovação da atividade. Em alguns meses, faremos esses ensaios aqui no Brasil, com a mesma segurança, eficácia e confiabilidade. [...]”, informa Alario.” (p.4-1

        “A farmacêutica mantém um segundo centro de P&D em Itapecerica da Serra, essa unidade é dedicada principalmente a inovações incrementais, como mecanismos de liberação programada de medicamentos, sistemas de dissolução oral e novas formulações e encapsulações, como as realizadas por meio de nanotecnologia. Por volta de 100 novos projetos estão em desenvolvimento, entre eles a criação de filmes (finas películas) para tratar aftas.” (p.4-2)

        “Para reforçar sua estrutura de P&D, a Biolab inaugura neste mês uma terceira unidade voltada à inovação, dessa vez no exterior. O novo centro de pesquisa funcionará no polo de pesquisa em saúde e fármacos de Mississauga. A instalação terá 15 pesquisadores e faz parte da estratégia de internacionalização da empresa. A primeira missão do laboratório, será adequar a documentação do Zilt e do Nanorap para os mercados do Canadá, Estados Unidos e Europa. “[...], se queremos entrar em mercados desenvolvidos, temos que oferecer drogas inovadoras, como Zilt e Nanorap”, destaca o diretor científico da Biolab.” (p.4-3)

        “O centro canadense também dará suporte à área de pesquisa no Brasil, pela disponibilidade de reagentes, tornando o tempo de desenvolvimento de moléculas ou fármacos incrementais muito mais curto, podendo ser feitos no próprio centro canadense.” (p.4-4)

        “O laboratório tem três unidades industriais, onde também são fabricados alimentos funcionais e produtos veterinários. Em julho deste ano, a empresa anunciou a construção de uma nova fábrica, no sul de Minas Gerais, com investimento orçado em R$ 450 milhões. [...].” (p.4-6)

        “Prevista para entrar em operação dentro de três a quatro anos, a fábrica foi projetada para atender também o mercado externo [...]. A unidade terá capacidade para fabricar 200 milhões de unidades de medicamentos por ano, mais do que duplicando o potencial produtivo da Biolab.” (p.4-6).

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