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Farmacologia

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Por:   •  29/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.896 Palavras (20 Páginas)  •  534 Visualizações

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Farmacologia

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Introdução à Farmacodinâmica:

-A interação entre um fármaco e certos componentes celulares representam o ‘mecanismo de ação’ do fármaco.

-A parte do organismo que interage com a droga é denominado ‘receptor’.

-O efeito do medicamento depende das funções que uma célula é capaz de executar.

-O fármaco não cria funções, apenas modifica as que já existem.

Alvo para a Ação dos Medicamentos:

O alvo de ligação de um medicamento no organismo animal são macromoléculas protéicas com a função de: enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos, receptores de neurotransmissores e ácidos nucléicos.

A ligação dos medicamentos aos receptores envolve todos os tipos de interação química conhecidos: iônicas polares (íon-dipolo ou dipolo-dipolo), as pontes de hidrogênio, as hidrofóbicas, as de Van der Waals e as covalentes. As covalentes são muito difíceis de desfazer, são irreversíveis.

Há 4 tipos principais de proteínas reguladoras que atuam como alvos farmacológicos primários:

1- Enzimas: geralmente a molécula do fármaco é um análogo do substrato que atua como inibidor competitivo da enzima, seja de modo reversível ou irreversível.

E alguns fármacos podem exigir a degradação enzimática para sua conversão de uma forma inativa (pró-fármaco), numa forma ativa.

Ex.: Aspirina inibindo a cicloxigenase.

2- Moléculas Transportadoras: medicamentos que interferem nas proteínas transportadoras, responsáveis pelo carreamento de várias substâncias para o interior das células, como, glicose, aminoácidos, íons e neurotransmissores.

Ex.: Cocaína, glicosídeos cardíacos (inibindo a bomba Na+/K+ATPase do músculo cardíaco)

3- Receptores Celulares: os receptores constituem os elementos sensores no sistema de comunicações químicas que coordena a função de todas as diferentes células do corpo. Muitas substâncias terapeuticamente úteis atuam, seja como agonistas, seja como antagonistas, sobre os receptores de mediadores endógenos conhecidos.

4- Canais Iônicos: incorporam um receptor e só se abrem quando este estiver ocupado por um agonista. Outros são regulados por diferentes mecanismos, sendo os canais iônicos regulados por voltagem. A interação fármaco-receptor-canal iônico pode ser indireta, envolvendo uma proteína G e outros intermediários, ou direta, quando o próprio fármaco liga-se à proteína do canal e altera sua função.

Exceções de alvos não protéicos:

1- DNA: antimicrobianos e antitumorais, agentes mutogênicos e carcinogênicos

2- Sais de Cálcio: bifosfonados

Interação Fármaco-Receptor:

A ocupação de um receptor por uma molécula de um fármaco pode ou não resultar na ativação do receptor. A ligação do fármaco e a ativação são etapas distintas.

-Ativação: refere-se à capacidade da molécula ligada afetar o receptor de modo a desencadear uma resposta tecidual.

-Afinidade: a tendência de um fármaco ligar-se ao seu receptor.

-Eficácia: a tendência de ativar o receptor

-Agonista total: não necessariamente ocupa 100% dos receptores, mas possui eficácia de 100% ou suficiente para produzir uma resposta tecidual máxima.

-Agonista parcial: mesmo ocupando 100% dos receptores apresentam uma resposta tecidual submáxima.

Formação das ligações:

1- Ligação Covalente: compartilham um par de elétrons, forte e estável.

a. Ligação Covalente Coordenada: quando o par de elétrons compartilhado é do mesmo átomo. Doadores: N, O e S

2- Ligação Iônica: atração eletrostática entre dois íons de cargas opostas.

a. Ligação de Hidrogênio: subtipo de ligação iônica

3- Ligação de Van der Walls: fracas, 2 átomos se aproximam suficiente para que o contato se estabeleça.

-Papel importante no estabelecimento da seletividade e especificidade:

Ex.: A adrenalina é seletiva para os receptores α e β.

A xilazina é seletiva para os receptores α2.

-Antagonista: substância que liga-se ao receptor sem causar a ativação, impedindo conseqüentemente a ligação do agonista. Possuem eficácia zero.

Constantes Cinéticas:

São constantes que relacionam um Agonista ‘A’ e seu Receptor ‘R’, à resposta.

A + R AR RESPOSTA

Afinidade  Potência

Eficácia  Potência

Atividade Intrínseca

*Quanto maior a afinidade, menor será a DE50 (dose necessária para produzir 50% da resposta máxima) e maior será a potência.

¬-Relação Dose-Resposta:

-Resposta Quantal: quando o efeito da droga é tudo ou nada.

Ex.: Efeito protetor dos anticonvulsivantes.

-Índice Terapêutico:

a) DE50: dose efetiva 50%

b) DL50: dose letal 50% = efeito tóxico extremo (morte).

-Relação entre Droga e Efeito Biológico:

As respostas biológicas são graduadas, a resposta aumenta continuamente (até a capacidade máxima de resposta do sistema em questão) com o contínuo aumento da dose administrada. Permitem a estimativa da resposta máxima passível de ser produzida pela substância, bem como a concentração ou a dose necessária para produzir 50% da resposta máxima, constituindo 2 parâmetros uteis para comparar as potências de

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