Microvoar
Tese: Microvoar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jozinhanoronha • 25/2/2015 • Tese • 487 Palavras (2 Páginas) • 277 Visualizações
Outro comunicado, das empresas produtoras de medicamentos, disse que a
Schering estava sendo condenada prematuramente, sem que sua culpa tivesse
sido devidamente comprovada. Investigações feitas pela polícia, imprensa e
órgãos da vigilância sanitária, logo em seguida à divulgação do caso, revelaram a
grande escala do roubo, falsificação e distribuição clandestina de medicamentos
no Brasil. Entre falsificações e roubos, a indústria farmacêutica tinha prejuízos
anuais por volta de R$ 800 milhões.
Problemas na produção
Em junho de 1998, as autoridades sanitárias do Brasil suspenderam a
comercialização do Microvlar, que só foi autorizada novamente em agosto. O
governo informou que a autorização seria dada desde que a Schering mudasse a
embalagem do Microvlar. A Schering, por meio de grande campanha publicitária,
anunciou que a cor da embalagem mudaria de verde para azul, a fim de evitar que
o produto falsificado continuasse a ser vendido. A Schering também anunciou que
um funcionário seria destacado para acompanhar o descarte dos resíduos de
produção durante todo o trajeto do produto, até a incineração.
Quando as novas embalagens começaram a chegar aos pontos de venda,
descobriu-se que faltava uma pílula em cada cartela.
Em julho, a polícia tinha completado um inquérito e informou que havia suspeitas
de que funcionários da empresa tivessem furtado as pílulas falsas. A polícia
investigava a participação de ex-funcionários da Schering ou ex-seguranças
terceirizados, que trabalhavam em outras empresas. As pílulas haviam sido
vendidas legalmente em estabelecimentos que apresentaram à polícia notas
fiscais de grandes empresas distribuidoras de medicamentos.
Microvlar nos tribunais
O caso Microvlar acabou parando na Justiça. Uma das mulheres que
engravidaram mesmo usando a pílula, Maria de Souza Paladino, 27 anos,
conseguiu a seguinte sentença final do juiz Rubens Armador, da Vara de Bauru:
“pagamento de 3.100 salários mínimos de danos materiais e estéticos para a
requerente, mais uma pensão mensal para o recém nascido de 25 salários
mínimos até completar 21 anos de idade, garantindo uma qualidade de vida igual
a um cidadão nascido na Alemanha, sede do laboratório”. Sentenças como essa
se
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