NEUROANATOMIA E MEMÓRIA
Por: LASVALENTE • 28/5/2017 • Trabalho acadêmico • 4.195 Palavras (17 Páginas) • 795 Visualizações
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UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
LARA ANTÔNIA SIMONETE VALENTE
NEUROANATOMIA:
ESTRUTURA E MEMÓRIA
TRABALHO APRESENTADO À DISCIPLINA DE ANATOMIA
UFRGS PORTO ALEGRE
RIO GRANDE DO SUL
PROF.: FERNANDO SOARES CAMELIER
PORTO ALEGRE -RS
ABRIL DE 2017
NEUROANATOMIA: ESTRUTURA E MEMÓRIA
NEUROANATOMY: STRUCTURE AND MEMORY
RESUMO OBJETIVO: Serão analisados os itens elementares do sistema nervoso desde a unidade fundamental que o compõe até sua disposição como sistema nervoso central e periférico, ressaltando a anatomia cerebral que origina as disfunções do cérebro idoso e o impacto que ela gera na fisiologia mnemótica do mesmo. Tal explanação se sucederá pela fundamentação teórica. CONCLUSÃO: A estruturação neurológica dos sistemas biológicos em questão– referente a adultos sem histórico genético ou traumático envolvendo demências cerebrais – degrada-se em função de processos e substratos anatômicos que decrescem sua atividade com a perda de incontáveis desconexões neurais em um âmbito com maiores especifidades em relação à morfofisiológia do sistema nervoso, tal como a desmielinização, a perda tanto de substância branca como da massa cerebral, alteração da região parahipocampal e do córtex entorrinal, a gradual ausência de especialização em diversos sítios corticais, entre outros. Infere-se, pois, que a regularidade da morfologia desses aparelhos no sistema abordado constitui impactante fração na manutenção mnemônica enquanto agregado de engramas e associações sinápticas desenvolvidas em distintas categorizações e subcategorizações em regiões cerebrais simultâneas.
ABSTRACT
OBJECTIVE: The elemental elements of the nervous system will be analyzed from the fundamental unit that composes it until its disposition as central and peripheral nervous system, emphasizing the cerebral anatomy that causes the dysfunctions of the elderly brain and the impact that it generates in the mnemótica physiology of the same. Such explanation will follow the theoretical basis.
CONCLUSION: The neurological structuring of the biological systems in question - referring to adults with no genetic or traumatic history involving brain dementias - degrades as a function of anatomical processes and substrates that diminish their activity with loss of countless neural disconnections in a space with greater specificities in relation to a morphophysiology of the nervous system, such as demyelination, a loss of both white matter and brain mass, a gradual lack of specialization in various cortical sites, among others. It is inferred, therefore, that a regularity of the morphology these devices in the system addressed as impacting fraction in mnemonic maintenance as an aggregate of engrams and synaptic associations developed in different categories and subcategories in simultaneous cerebral regions.
O NEURÔNIO
O neurônio, unidade principal do sistema nervoso, detém morfologia adaptada para transmissão e processamento de sinais. A polaridade e excitabilidade altamente desenvolvidas são suas características essenciais, as quais geram distanciadas propagações de sinapses. A polarização decorre da compartimentalização das funções celulares – corpos celulares, dendritos, axônios e terminais – a determinadas distâncias, contribuindo para o processo sináptico. Já a excitabilidade é efeito de rápidas alterações no potencial elétrico, por canais iônicos e bombas, que coordenam o controle do fluxo instantâneo iônico intercelular.
O corpo celular, com o menor volume celular na compartimentalização, contém o DNA que codifica proteínas neuronais e a estrutura complexa para sintetizá-las, definindo o centro metabólico de tal unidade. Os dendritos e axônios que procedem do corpo celular integram o restante. O primeiro, intensamente ramificado e de espessura fina, recebe a entrada sináptica neural; Já o segundo, estrutura fina também, é solto pelo corpo celular e conduz impulsos elétricos para os terminais sinápticos neurais em outras células nervosas ou em órgãos-alvo. Finalmente, há os terminais nervosos, que liberam neurotransmissores em sinapses com alvos.
O neurônio compreende em sua célula o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi, a mitocôndria e inúmeras estruturas vesiculares em suas divergentes regiões. Ademais, notabilizam-se neurotransmissores, receptores, elementos citoesqueléticos, e o sinal de transdução moleculares como base comunicativa interneural e entre células musculares e glandulares. Nesse viés, ainda que haja conformidade na organização básica do neurônio, os mesmos diferem-se entre si anatomicamente e/ou funcionalmente: a localização no sistema nervoso (SNC, SNP, medula espinhal ou cérebro), a localidade das entradas sinápticas na célula e nos tipos de células-alvo às quais há prolongamentos do mesmo, tamanho e formato do corpo celular, entre outros fatores citológicos salientam particularidades na sua morfofisiologia (KENDAL et al., 2000).
- MORFOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso constitui-se por duas porções elementares: o Sistema Nervoso Central (SNC)- caracterizado pelo crânio e pela coluna vertebral - e o Sistema Nervoso Periférico (SNP) – nervos e gânglios no conjunto corporal. Ressalta-se também a presença simultânea de modelos celulares em ambas as divisões, como células nervosas, especializadas na sinalização elétrica à longa distância, e células de suporte denominadas neuroglias. Protegendo mecanicamente o SNC contra traumatismos que possam atingir a cabeça, nutrindo e mantendo seu meio bioquímico ótimo para o funcionamento neural, situa-se uma camada trilaminar tecidual; mais especificamente, envolvendo e apoiando o cérebro interiormente à cavidade craniana existem as meninges, sinalizadas na Figura 1. O nível meníngeo mais exterior denomina-se dura-máter, assinalando resistência e espessura significantes; A lâmina meníngea média nomeia-se como aracnoide, território no qual as fundamentais artérias que realizam a nutrição do cérebro atravessam a parcela subaracnóidea e originam ramos penetrantes na substância dos hemisférios. Posto isso, infere-se tal espaço como local de frequência hemorrágica pós-traumática; e, por fim, a pia-máter detêm-se como terceira camada de espessura fina e rica em células a qual reveste a superfície cerebral, se aderindo aos dobramentos e curvaturas de tal extensão. Tal configuração do sistema nervoso configura-se também a partir dos estudos de Kendal et al. (2000).
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