O Sistema Endócrino
Por: Ana Paula Lima • 18/6/2015 • Resenha • 3.297 Palavras (14 Páginas) • 335 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS
CURSO DE FARMÁCIA
FISIOLOGIA HUMANA[pic 1]
ANA PAULA FERREIRA DE LIMA
LENIZE TRINDADE
SISTEMA ENDÓCRINO
TOLEDO
2014
ANA PAULA FERREIRA DE LIMA
LENIZE TRINDADE
SISTEMA ENDÓCRINO
Trabalho apresentado à disciplina de Fisiologia, do curso de Farmácia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Professor(a): Simoni Saling
TOLEDO
2014
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO............................................................................................ 01
2.0 GONADOTROFOS......................................................................................02
2.1 SECREÇÃO DE LH E FSH.........................................................................04
2.2 FEEDBACK PELAS HORMONAS DOS ORGAOS....................................06
2.3 AÇÕES DAS GONADOTROFINAS............................................................09
3.0 NA CLÍNICA................................................................................................10
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................11
SISTEMA ENDÓCRINO
Eixo GnRH, LH e FSH
- INTRODUÇÃO
O sistema endócrino é composto por um grupo de glândulas cuja função é regular múltiplos órgãos dentro do corpo para satisfazer as necessidades de crescimento e reprodutivas do organismo e responder as flutuações dentro do ambiente interno, incluindo vários tipos de estresse. O sistema endócrino compreende as seguintes glândulas principais: pâncreas endócrino, glândulas paratireóides, glândula hipófise, glândula tireoide, glândulas suprarrenais e gônadas (testículos e ovários) (Berne e Levy, 2009).
Grande parte do sistema endócrino é organizada em eixos endócrinos, cada eixo consistindo em hipotálamo, hipófise e glândulas endócrinas periféricas. Desta forma, a alça de retroalimentação direcionada do eixo endócrino envolve uma configuração em três níveis. O primeiro nível é representado pelos neurônios neuroendócrinos hipotalâmicos que se secretam hormônios de liberação. Os hormônios de liberação estimulam (ou, em alguns poucos casos, inibem) a produção e a secreção de hormônios tróficos da glândula hipófise (segundo nível). Os hormônios tróficos estimulam a produção e secreção de hormônios das glândulas endócrinas periféricas (terceiro nível) (Berne e Levy, 2009).
A hipófise, também chamada de pituitária é uma glândula pequena situada na sela túrcica, cavidade óssea localizada na base do cérebro e que se liga ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. Fisiologicamente, a hipófise é dividida em duas porções distintas: a hipófise anterior, conhecida como adeno-hopófise, e a hipófise posterior, também conhecida como a neuro-hipófise (Guyton e Hall, 2011).
A hipófise anterior é composta de cinco tipos de células endócrinas que produzem seis hormônios. Em virtude das características histológicas desses tipos de células, os corticótrofos, os tireotrofos e os gonadotrofos são chamados de células basófilas da pituitária, ao passo que os somatotrofos e os lactotrofos são conhecidos como células acidófilas da pituitária (Guyton e Hall, 2011).
As células da adeno-hipófise compõem o nível intermediário de um eixo endócrino. A adeno-hipófise secreta hormônios protéicos que são denominados hormônios tróficos – ACTH, TSH, FSH, LH, GH e PRL (Berne e Levy, 2009).
O eixo hipotálamo-hipófise-gonadal é um sistema de alta complexidade regulado por fatores estimuladores e inibidores. Fatores nutricionais, maturativos, metabólicos e estresse atuam sobre a liberação do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) através de vias ativadoras ou inibidoras. Dessa forma, os mais importantes fatores inibidores de GnRH são o ácido gama-amino-butírico (GABA), prolactina e beta-endorfina, ao passo que os mais importantes fatores estimuladores são o neuropeptídeo Y (NPY), serotonina, a fração alfa do hormônio melanotrófico (a-MSH) e, mais recentemente descritos, vários fatores de crescimento (especialmente o TGFa) (Berne e Levy, 2009).
- GONADOTROFOS
As células Gonadotrofos produzem o Hormônio folículo-estimulante (FSH) e o Hormônio luteinizante (LH). O hormônio FSH é responsável por estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos e regular a espermatogênese nos testículos, enquanto que o hormônio luteinizante é responsável por dar origem à ovulação e à formação do corpo lúteo no ovário, estimular a produção de estrogênio e progesterona pelos ovários e estimular a produção de testosterona pelos testículos (Berne e Levy, 2009).
Os gonadotrofos secretam FSH e LH (também chamados de gonadotrofinas) e regulam a função das gônadas em ambos os sexos. Como tal, os gonadotrofos desempenham um papel integrador nos eixos hipotalâmico-pituitário-testicular e hipotalâmico-pituitário-ovariano (Berne e Levy, 2009).
O FSH e LH são acondicionados em grânulos secretadores distintos e não são cossecretados em quantidades equimolares (ao contrário do que ocorre com o ADH e a neurofisina, por exemplo). Isso permite que o FSH e o LH sejam secretados de maneira independente pelos gonadotrofos. As ações do FSH e do LH sobre a função gonadal são complexas, principalmente nas mulheres. De um modo geral, as gonadotrofinas promovem a secreção de testosterona nos homens e a secreção de estrógeno e progesterona nas mulheres. O FSH também aumenta a secreção de um hormônio protéico relacionado ao fator de crescimento transformados B denominado inibina em ambos os sexos (Berne e Levy, 2009).
Tanto a secreção do FSH quanto a do LH são reguladas por um hormônio liberador hipotalâmico, o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH; também conhecido como LHRH). O GnRH é um peptídio com 10 aminoácidos produzido por um subgrupo de neurônios hipotalâmicos parvicelulares produtores de GnRH. É produzido como um pró-hormônio maior e como parte de seu processamento a decapeptídio é modificado passando a ter uma glutamina ciclizada (pyro-Glu) na região N-terminal e uma região C-terminal amidada (Berne e Levy, 2009).
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