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Сanabinoides

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Por:   •  1/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.087 Palavras (9 Páginas)  •  628 Visualizações

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4.3.1-THC

O THC é empregado há muito tempo no tratamento da dor devido ao poder de analgesia, pois testes revelaram que os canabinoides bloqueiam a resposta do dor. Outros estudos realizados mostraram existir uma relação terapêutica entre as doses ativas e as doses que provocam efeitos inesperados no SNC; em casos de esclerose múltipla eles minimizam a dor e aumentam a sensação de bem estar; são utilizados também como estimuladores do apetite para aumentar o peso em pacientes com AIDS; utilizados em transtornos neurológicos e dos movimentos; úteis também em casos de glaucoma, pois teste realizado na Universidade da Califórnia verificou-se uma redução significativa na pressão intraocular por aproximadamente cinco horas após fazer uso do cigarro o qual a maconha utilizada era cultivada pelo governo (HORNE, 2006; BONFÁ et al, 2008).

Utilização dos canabinoides para tratar pacientes com queixas de náuseas e vômitos devido a complicações causadas pelo tratamento de câncer foi um dos primeiros testes a ser avaliado, já que o tratamento que utiliza drogas clássicas para tais patologias foram consideradas ineficazes; e os testes revelaram que os canabinoides possuem potência inferior a outras drogas, porém pode ter sua ação potencializada com auxílio de outros fármacos. (HONORIO.,et al 2006; ZUARDI, 2008).

Os canabinoides não possuem eficiência idêntica para todos os tipos de excitações esqueléticas, assim a importância de sua ação antiemética tem diminuído muito, devido à grande incidência de efeitos inesperados como sensação de medo, hipotensão postural, ataxia e vertigem. (CARVALHO., et al 1999).

4.3.2 - CANABIDIOL (CBD)

Por muito tempo o CBD foi considerado um fitocanabinoide inativo e não psicotrópico, e que sua ação não está ligada aos receptores canabinoides, porém tem o poder de interferir e modular as ações do THC. Através da realização de estudos foi possível observar que a existência de resultados contraditórios, indicando que poderia haver interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas entre os vários fitocanabinóides presente na amostra utilizada no teste. Alguns estudos realizados apontaram que a utilização do CBD antes da administração do THC funcionaria como um agente que potencializa os efeitos do THC; enquanto o uso concomitante desses canabinoides resultaria na antagonização dos efeitos do THC. (ZUARDI, 2008, RONCORONI, 2003, CRIPPA., et al 2010).

Estudos realizados em humanos, que teve o objetivo de comparar a ação do CBD (300mg), diazepan (10mg), e ipsapirona(5mg), onde os indivíduos que ao falar em frente a uma câmara por alguns instantes iria desencadear sintomas de ansiedade, como variação da pressão arterial, freqüência cardíaca, foi possível observar que os CBD atenuou os sintomas tanto quanto as drogas diazepan e ipsapirona que são prescritas para tais fins.(CRIPPA,2010).

Há também evidência da possível ação antipsicótica dos canabinóides, estudos realizados com pacientes portadores de esquizofrenia, onde se compara a ação do CBD com antipsicóticos clássicos que desencadeia fortes reações inesperadas, no teste os indivíduos foram submetidos a administração de doses de CBD(1500mg) por quatro semanas, resultando numa significativa melhora com uso dos CBD, enquanto com a interrupção do uso do CBD apresentou nítida piora dos sintomas, ressaltando que seus poder é ineficiente em pacientes que tenham adquirido resistência aos antipscóticos. Através dos estudos realizados, foi possível concluir que o CBD deve ser considerado como uma nova possibilidade de tratamento para pacientes com esquizofrenia, já que sua eficácia foi comprovada (ZUARDI, 2008).

Na década de 70, surgiram evidências de que o CBD teria também uma ação sedativa, em estudos realizados em humanos foi observado que quando o CBD era administrado em doses elevadas a duração do sono era maior em relação ao placebo, em contradição quando administrado pequenas doses o CBD desencadeou uma uma reação de alerta, ou seja, no caso da sedação a ação do CBD é considerada bifásica, pois dependerá da dose administrada (ZUARDI, 2008; CRIPPA et al 2010, CRIPPA et al ., 2005).

A partir dessas aplicações o número de estudos referente à ação do CBD tem crescido muito, atualmente as pesquisas se concentra no poder de ação de neuroproteção, anti-oxidativa e antiinflamátoria. (ZUARDI, 2008).

4.4 - NOVAS DROGAS

Atualmente com a elucidação de novas estruturas dos fitocanabinoides, houve grande avanço nas pesquisas para seu uso terapêutico, mas há muito que descobrir sobre a ação dos canabinoides. Para BONFÁ et al, mesmo com os testes realizados comprovando sua ação farmacológica seu uso ainda é restrito, devido ao seu grande poder psicotrópico, a sua insolubilidade em água e a instabilidade dos extratos da erva.

As pesquisas atuais buscam um melhor entendimento de como funcionam os mecanismos básicos para desenvolver alternativas terapêuticas mais específicas através de pesquisas farmacológicas e químicas para a síntese de novos compostos canabinoides.

O primeiro composto sintético derivado da Cannabis Sativa é conhecido como Sativex, produzido pela GW Pharmaceuticals (laboratório britânico), o Sativex é derivado dos princípios ativos do canabidiol e THC, não possui efeitos psicotrópicos e se apresenta em fórmula de spray oral, com possibilidade de ajuste de dose de acordo com a necessidade, pacientes em tratamento de câncer, esclerose e dores neuropáticas que possuírem prescrição médica podem adquirir o medicamento comercializado no Canadá, onde seu uso foi aprovado (BONFA., et al,2008).

Para a GW Pharmaceuticals o Sativex é indicado principalmente para pacientes que sofrem de esclerose múltipla, agindo nos sintomas de espasmos e rigidez que causam a dor, e também tem a função de facilitar o funcionamento da bexiga.

Está disponível no mercado também o Marinol, que em THC sintético conhecido como dronabinol, se apresenta na forma de cápsulas que contém o THC sintético em óleo de gergelim e concentração de 7.5mg, tem ação no sistema nervoso central assim como os demais canabinoides, e é administrado para tratamento de glaucoma,câncer e AIDS. (BONFÁ., et al 2008).

De acordo com a FDA o Marinol com concentração 5 mg antes de realizar a quimioterapia, e deve ser administrado por ate 6 vezes ao dia, deve ser indicado para casos como náuseas e vômitos causado pela quimioterapia e que drogas clássicas não são mais eficazes; é indicado também em casos de anorexia em pacientes com AIDS com uma concentração de 2.5mg antes do almoço e do

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