A Intervenção Para Prolapso da Válvula Mitral
Por: Silvana Vilhena • 6/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.075 Palavras (5 Páginas) • 212 Visualizações
Intervenção para Prolapso da válvula mitral
Fase 1- Intra Hospitalar Frequência: 2 a 4 vezes por dia
A fase 1 pode ser iniciada nas primeiras 24-48 horas pós cirurgia, e o fisioterapeuta deve orientar o paciente quanto aos fatores de risco, mudanças de hábitos e cuidados a ter no pós-operatório. Os principais procedimentos utilizados nesta fase são os da fisioterapia respiratória, que utiliza manobras respiratórias que consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas, para evitar infeções respiratórias, atelectasias e acúmulo de secreção em vias aéreas.
A intensidade do exercício é progressiva e de acordo com a capacidade funcional do paciente e o seu risco cardíaco, a sua idade e os seus progressos no programa de reabilitação. Deve ser sempre avaliado no início e no fim, todos os sinais vitais como a pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigénio.
Exercícios de controlo respiratório – Total de 15 minutos:
- Consciencialização e controlo da respiração: Expiração com lábios semicerrados (em frente a um espelho).
- Relaxamento através de exercícios de controle respiratório com relevo para a respiração abomino- diafragmática e espirometria de incentivo.
- Melhorar a resistência da musculatura inspiratória através de treinamento com Threshold com 30% de pressão durante 20 min ao longo do dia .
Mobilização articular e mobilidade do leito – Total de 10 minutos:
-Mobilização articular passiva e ativa-assistida dos membros superiores e membros inferiores
-Exercícios para controle de tronco, dissociação e coordenação motora: Alcançar objetos em diferentes partes do espaço na posição de sentado.
- Na posição ortostática: Fisioterapeuta provoca instabilidade no corpo do utente, para que este se reajuste posturalmente e tenha noção do controlo postural e equilíbrio.
Treino de Marcha – Total de 2 a 4 vezes por dia:
-Deve-se progredir de atividades de autocuidado (sentar, ir ao WC, etc…), passando para caminhadas de distâncias curtas a moderadas com assistência mínima ou nenhuma, até uma deambulação independente na unidade hospitalar.
- Deambular pelo corredor da unidade hospitalar durante 5 minutos e ir aumentando 5 minutos progressivamente.
- Após concluir os 165 minutos de marcha, pode começar por descer um vão de escadas e progredir para o descer.
Treino Aeróbio - Total de 10 minutos, de 2 vezes por dia:
- Ciclo ergómetro de membros inferiores.
Fase 2 – Ambulatório Frequência: 2 a 3 vezes por semana
Esta fase deverá idealmente iniciar-se nas primeiras 2 a 3 semanas pó alto hospitalar e pode prolongar-se por um período de 6 a 12 semanas. Desenvolve-se geralmente em regime de ambulatório, com a supervisão de uma equipa multidisciplinar e varia no seu conteúdo. O objetivo principal desta fase é ajudar o paciente a adquirir o conhecimento e competências necessárias para a alteração de comportamentos e modificação de estilos de vida e otimização da sua capacidade aeróbia e funcional face às limitações impostas pela sua condição, de forma a promover a sua reinserção na vida ativa e participação na sociedade em geral.
Aquecimento – Total de 15 minutos:
- Alongamento do Membro Superior – 10 repetições:
- Rotação e Inclinação da cabeça para ambos os lados;
- Abdução do ombro com expiração concêntrica e inspiração excêntrica com halter de 1 kilo;
- Adução e abdução horizontal;
- Elevação dos ombros.
- Alongamento do Membro Inferior – 10 repetições:
- Rotação da Anca;
- Flexão e Extensão do joelho com um haltere de 1 kilo na tibiotársica;
- Abdução da coxofemoral -10 repetições para cada lado;
- Abdominais.
Treino Aeróbio, Força e Resistência - Total de 35 minutos:
- Treino Aeróbio: 15 minutos na passadeira: 5 minutos de baixa intensidade + 5 minutos de alta intensidade + 5 minutos de baixa intensidade e aumentar inclinação;
- Treino de Força e Resistência:
- Paciente na posição ortostática, com uma faixa de média resistência colocada abaixo dos joelhos, pés afastados um pouco mais que a largura da anca e levemente virados para fora, agachar e colocar as mãos no chão entre as pernas mantendo o queixo e o peito para cima e com o membro inferior em extensão, jogar os braços para o ar, para que o corpo fique totalmente distendido no topo do salto – 6 séries de 8 repetições ;
- Com o auxílio de uma caixa, colocar os pés lateralmente sobre a caixa e trocá-los de um lado para o outro 5 séries de 10 repetições;
- Colocar um cone a 6 metros da posição inicial e outro a 12 metros e correr para o primeiro cone, tocar nele e voltar para a posição inicial e repetir o mesmo passo até ao cone de 12 metros – 2 séries de 40 segundos para a frente e 2 series de 40 segundos para trás;
- Com haltere de 2 kilos: Paciente na posição de pé, com os pés afastados, levar o peso alternadamente e em simultâneo para cima da cabeça e outro ao nível do ombro (esticar os braços) – 4 series de 10 repetições ;
- Com haltere de 2 kilos: Agachamento na fase concêntrica, elevar os halteres, realizando a flexão do ombro- 5series de 10 repetições.
Retorno à calma – 10 minutos:
- Alongamento de todos os grupos musculares trabalhados.
Fase 3 – Ambulatório Frequência: 3 vezes por semana
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