Atelectasia
Por: Jackeline Crivellaro • 3/3/2016 • Trabalho acadêmico • 991 Palavras (4 Páginas) • 842 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este é um estudo sobre atelectasia e a atuação da fisioterapia diante desta patologia, que podemos descrever como estado de determinada região do parênquima pulmonar colapsado e não airado associado a perda dos volumes e capacidades pulmonares, sendo diagnosticada a partir de exames clínicos e complementares (Schindler,2005).
Essa patologia corresponde a até 80% das complicações pulmonares no pós-
operatorio das cirurgias cardiovasculares (Sirvinkas;Bolys,2004).
1 DEFINIÇÃO
Atelectasia ou colapso pulmonar é uma complicação respiratória decorrente da obstrução de um brônquio, ou pulmão, seja por secreção, ou ainda objeto ou corpo sólido, impedindo dessa forma a passagem do ar e levando a diminuição do número de alvéolos funcionates, de acordo com Azeredo (2002).
A atelectasia também é descrita como estado de determinada região do parênquima pulmonar colapsado e não airado associado à perda dos volumes e capacidades pulmonares, sendo diagnosticada a partir de exames clínicos e complementares (Schindler, 2005).
A atelectasia pode ser classificada como:
1. Obstrutivas: Tampões mucosos, corpo estranho, espasmo da musculatura;
2. Compressivas: Processos que ocupam espaço dentro do tórax;
3. Restritivas: Restrição da expansabilidade pulmonar.
Pode ser ainda dita como primária e secundária, sendo:
1. Atelectasia primária ou fetal onde suas causas são: a) obstrução das vias aéreas; b) aspiração de corpo estranho; c) mal formações; d) estímulo respiratório inadequado; e) imaturidade do tecido pulmonar.
2. Atelectasia secundária a qual ocorre em casos de pneumotórax, onde o desvio de ar na cavidade pleural, ou ainda água, como num hidrotórax, ocorrerá um aumento de pressão daquela região, a qual promoverá uma compressão de bronquíolos ou mesmo do brônquio fonte (KNOBEL, 2002).
2 FISIOPATOLOGIA
De acordo com Azeredo (2002), existem três fatores que podem levar a atelectasia, sendo que podem contribuir de forma isolada ou combinados, são eles: força inadequada de distenção pulmonar, obstrução das vias aéreas e insuficiência no surfactante.
É importante observar que pacientes acamados que permanecem na posição supina por um período prolongado tendem a desenvolver atelectasia do lobo inferior esquerdo. Isso é devido principalmente à compressão por parte do coração e à drenagem pobre do local quando em decúbito dorsal, o que resulta em shunt com hipoxemia, onde secreções estagnadas culminam no aparecimento da proliferação bacteriana e consequentemente o aparecimento de uma pneumonia (RAOOF et. al., 1999).
Mecanismos / Causas
A. Obstrução brônquica intraluminal. Ex.: Asma; Aspiração corpo estranho; Fibrose Cística; Refluxo gastroesofágico.
B. Compressão extrínseca. Ex.: Linfonodos hilares; Tumores mediastínicos; Tumores Torácicos.
C. Compressão do tecido pulmonar
D. Expansão alveolar incompleta. Ex.: Surfactante; Doenças neuromusculares; Cirurgias abdominais/ torácicas.
3 CLÍNICA E EXAME RADIOLÓGICO
O quadro clínico do paciente varia de acordo com o tamanho da área pulmonar acometida, o estado prévio de saúde do paciente e a duração do problema. A dispnéia é o sintoma mais comum encontrado, porém pode não estar presente se o envolvimento pulmonar for mínimo. Proporcionalmente com a área do pulmão acometida o padrão respiratório do paciente costuma aumentar.
Outros sintomas comuns são a taquicardia, cianose, tosse, febre, produção de secreção, crepitações e sibilos. Os sinais físicos incluem deslocamento do mediastino para o lado ipsilateral, sons respiratórios diminuídos ou ausentes e redução do movimento torácico no hemotórax afetado (AZEREDO, 2000).
A radiografia geralmente apresenta uma área definida de radiopacidade na região do pulmão sem expansão. Quando a causa da obstrução da via aérea é removida, há expansão pulmonar e os sintomas desaparecem rapidamente (AZEREDO, 2000).
Na radiografia pode ocorrer retração de cissuras, do mediastino para o lado da atelectasia ou até broncograma aéreo (SILVEIRA, 2000).
4 OBJETIVOS DO TRATAMENTO
1. Facilitar a eliminação de secreção;
2. Promover a expansão pulmonar;
3. Recrutar os alvéolos sadios
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