Epifisiolise

Introdução

A epifisiólise proximal da cabeça do fêmur é caracterizada pelo deslocamento do colo em relação à cabeça femoral, sendo que, este deslocamento pode ser devido a alterações anatômicas que adicionalmente a distúrbio endócrino metabólicos podem facilitar alterações na microestrutura da fisis que ao aumentarem a espessura da camada hipertrófica propicia o escorregamento.

Desta forma pode se dizer que a epifisiólise proximal da cabeça do fêmur é uma alteração caracterizada pelo alargamento e o enfraquecimento ao nível da camada hipertrófica da placa de crescimento proximal do fêmur e que mediante ao estresse mecânico local, provoca o escorregamento da epífise em relação ao colo femoral.

 Esta patologia é mais comum na adolescência, onde a rápido debilitação da fisis femoral proximal associado a força de deformidade que são resultantes do crescente peso corporal, podem ocasionar o deslocamento da epífise femoral com o colo do fêmur, tendo então uma deformidade que consiste na epífise femoral proximal que desloca-se para trás e para baixo e a cabeça que se conserva na sua relação normal com o acetábulo. Esse deslocamento ocorre principalmente durante a fase de apoio da marcha, em que o colo tende a deslocar-se para frente e para cima, impulso esse que se deve a resistência pela inércia do peso corporal.

O mecanismo pode ser devido ao deslizamento crônico e a rotação da epífise sobre a metáfise, como resultado das forças de torque

 A epifisiólise proximal da cabeça do fêmur trata-se de uma doença em que existe uma debilidade da cartilagem fisária, da qual não se sabe a origem primária ou secundária. Mas  q há a um um deslizamento agudo ou gradual da epífise com a parte fértil da fise. Os adolescentes que apresentam maior risco de desenvolverem a epifisiólise são aqueles que apresentam obesidade e imaturidade óssea. Sendo o lado esquerdo comprometido com mais  frequente.

A classificação clínica da epifisiólise proximal do fêmur vai de acordo com a instalação dos sintomas, portanto temos a epifisiólise aguda onde os sintomas como dor e claudicação, estão presentes há menos de três semanas e geralmente estão associadas a uma lesão traumática aguda ou a um episódio de queda ou trauma que leva a um súbito deslocamento da cabeça femoral, ou também pela compressão dos vasos nutrícios da cabeça femoral que ocorre com mais frequência na fase aguda.

Temos a epifisiólise crônica de Início demorado, progressivo e insidioso, podendo levar meses ou até anos, onde existe quase sempre a característica de um traumatismo mínimo e o deslizamento em que o perióstio se conserva inserido no colo femoral, sendo estirado com a migração da cabeça femoral.

 Esta fase é encontrada durante a puberdade, o que sugere que possa estar associada á fatores hormonais.

 A também a epifisiólise crônica agunizada que é a combinação dos dois tipos, ou seja, há um quadro de dor e claudicação crônica e insidiosa e também existe uma exacerbação abrupta dos sintomas, geralmente desencadeado por um trauma leve.