Lesões no futebol
Por: laryssa123 • 26/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.758 Palavras (8 Páginas) • 492 Visualizações
Lesões no futebol
O futebol é atualmente considerado como uma das modalidades desportivas onde o risco de lesão é mais elevado. O estudo das lesões no futebol está baseado nos fatores intrínsecos ou pessoais (como idade, lesões previas, instabilidade articular, preparação física, habilidade). Por outro lado, os fatores extrínsecos são a sobrecarga de exercícios, o numero excessivo de jogos, a qualidade dos campos, equipamentos (chuteiras, roupas) inadequados e violações as regras dos jogos (faltas excessivas, jogadas violentas) (COHEN e ABDALLA, 2003).
Os índices de lesões decorrentes da pratica do futebol vêm se tornando significativamente maiores, em todas as faixas etárias, tanto em indivíduos que praticam essa modalidade esportiva de forma recreacional quanto em atletas profissionais (VILLARDI apud BARROS e GUERRA, 2004).
Por ser o futebol um desporto de contato entre os jogadores, deduz-se que muitas das lesões são traumáticas, entretanto o excesso de carga de jogos e treinos, aos quais são submetidos os jogadores, também interferem e proporcionam a ocorrência de lesões. Segundo COHEN e ABDALLA (2003) a incidência de lesões varia de 10 a 35 por cada 1000 horas de jogo, acreditando-se que um jogador pratica em média 100 horas de jogo por ano, estimando-se que cada atleta tenha pelo menos uma lesão por ano.
Com o crescente número de jogos realizados pelas equipes, tem-se verificado diminuição do período preparatório para as principais competições, o que de certa forma obriga os preparadores físicos a trabalhar com maior racionalização do tempo e especificidade possíveis (VALQUER; BARROS apud BARROS e GUERRA, 2004). Desta forma o profissional responsável pela preparação física dos atletas deve saber montar os treinos conforme os calendários e sugerir ao técnico da equipe a quantidade de carga de jogos e treinamento para os respectivos atletas, além disso, o acompanhamento médico é de extrema importância para que o técnico não utilize jogadores que não estão em condições clinicas e físicas para a realização de jogos.
Segundo FERNANDES (1994) o objetivo de qualquer atleta é alcançar o máximo rendimento individual possível durante as competições e o treinador, com o amplo conhecimento teórico que deve possuir apoiado em resultados científicos e técnicos e em sua variada experiência prática, prepara o caminho para o atleta e sua equipe atingirem as suas metas através do desenvolvimento do rendimento. A ocorrência de lesões então, pode estar diretamente relacionada a esta busca de rendimento máximo, e também das falhas que poderão ocorrer durante este processo; o inicio cada vez mais precoce das atividades competitivas, o aumento da carga de treinamentos e da freqüência de jogos, a não utilização de material adequado, o mau preparo físico, são exemplos de fatores que podem contribuir pra a ocorrência de lesões.
O incremento em número de horas de treinamento e de competições são vistos como alguns dos principais fatores que, no futebol, trazem consigo o surgimento de lesões em seus praticantes (MANUAL MERK, 2008). É um fato excepcional que um praticante do futebol profissional ou mesmo amador não tenha sofrido uma lesão importante ao longo de sua carreira. Infelizmente, muitas vezes as lesões provocam diminuição no rendimento ou inclusive obrigam a uma retirada precoce da prática desportiva. Assim, de acordo com tal fundamentalidade para a questão do futebol, é importante que os treinadores e todo o pessoal envolvido que se encontre atendendo a uma população desportiva deve estar preparado para atender nos primeiros momentos a estes eventos repentinos ou acidentes durante as práticas, e os mesmos devem ser mais profundos quanto à prevenção de lesões (MANUAL MERK, 2008).
As lesões mais comuns relacionadas ao futebol são: lesões musculares principalmente dos tornozelos,dos músculos da perna; lesões articulares e ligamentares, fraturas, câimbras, e lesões dos tendões (MANUAL MERK, 2008). Segundo RODRIGUES (1994) em média 80% a 90% das lesões em atletas de futebol, localizam-se nos membros inferiores.
Fraturas
A fratura é uma lesão potencialmente grave, danificando não apenas o osso, mas também as partes moles que circundam a área, como: tendões, ligamentos, músculos, nervos, vasos sanguíneos, e pele. As fraturas podem ser resultados de trauma direto (como impacto na perna) ou indireto (como quando o pé fica preso), fazendo o alerta de cair de “mau jeito” e fraturar a perna.
Localização
As fraturas das perna predominam entre jogadores de futebol.
Sintomas e diagnostico
Equimose e inchaço progressivos na área lesada;
Sensibilidade e dor em volta da lesão, causadas por movimentação e sobre carga do membro;
Deformidade e mobilidade anormal do osso fraturado.
Tratamento
Cobrir a lesão aberta com compressas estéreis, bandagens ou panos limpos
Imobilizar o membro com gesso ou tala e elevar o membro lesado
Providenciar transporte para o hospital o mais rápido possível, para que o atleta posso receber o tratamento adequado e ser submetido a exame de raio X. Se não houver bandagens ou talas disponíveis, deve-se improvisar: lenços limpos, faixas, cintos, peças de vestuário e equipamentos esportivos podem ser usados. A aparência final não é importante, porém a imobilização eficaz é essencial para prevenir o agravamento da dor e da lesão. Para promover a sustentação de um braço lesado é comum que este seja amarrado ao corpo e no acontecimento da perna esta pode ser amarrada na outra. A imobilização deve incluir as articulações de ambos os lados da fratura. O atleta deve evitar comer e beber se houver possibilidade de intervenção cirúrgica.
Reabilitação
Exercícios musculares ativos como flexões e levantamentos, devem envolver todas as partes do corpo, exceto a engessada, a fim de manter a função cardiovascular geral e evitar hipotrofia muscular. Os músculos da região engessada podem ser exercitados isometricamente, quando a movimentação for possível, exercícios dinâmicos podem ser incluídos.
O período de utilização do gesso ou da órtese depende do local, da gravidade e da velocidade da recuperação da fratura, um exemplo seria uma fratura no punho que pode ser imobilizada por 4 a 6 semanas, enquanto uma fratura na perna pode exigir o uso de gesso ou órteses,
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