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A Emissões Otoacusticas

Por:   •  21/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.976 Palavras (12 Páginas)  •  127 Visualizações

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Aula 09.10.18

EMISSÕES OTOACÚSTICAS

        São sons de fraca intensidade geradas pela contração rápida das células ciliadas externas na cóclea, que se propagam pela orelha média, até alcançarem o conduto auditivo externo. É um teste objetivo, simples, rápido, não invasivo e sem dor. As células ciliadas funcionam o tempo todo, quando tem som tem funcionamento mais rápido (maior vibração).

EQUIPAMENTO:

Convencional: torna-se portátil se acoplado a um notebook. Permite modificações dos parâmetros: intensidade estimulo (pode fazer 500 e 1k apenas), aceitação ao nível de ruído (está em local e a criança está fazendo algum chiado, como crise asmática. Nesse aparelho consegue aumentar e deixar passar ruídos para não dar erro no exame) e etc. As repostas são analisadas pelo examinador. Nome do equipamento: Capella

Automático: é portátil, analisa automaticamente a resposta e tem critérios pré-determinados, dando resultado de passa ou falha. Se houver ruído excessivo, dará erro no exame. É necessário fazer em todas as frequências.

FUNÇÃO: detectar funcionamento das células ciliadas. Saber se a cóclea funciona ou não, contudo, para isso todo o restante da estrutura precisa estar íntegro.

A presença de emissões otoacústicas indica que o mecanismo receptor coclear está apto a responder ao som por vias normais.

A emissões, logo quando a criança nasce, é bom ser feito após 48 horas, por conta do líquido de vérnix.

IMPORTÂNCIA CLÍNICA

  • Diagnóstico diferencial das alterações periféricas e centrais. Se houver emissões presentes, não quer dizer que o paciente não tenha alterações auditivas, pois ele pode ter uma retrococlear. Emissões presentes com RCP ausente, significa perda retrococlear.
  • Crianças com comportamento associado como autismo e encefalopatias – não consegue fazer audiometria, a emissões tem como função auxiliar no diagnóstico.
  • Triagem auditiva neonatal e escolar.
  • Monitorização da função coclear em indivíduos expostos a ruído ou drogas ototóxica – audição normal, mas emissão vai sumindo, pois, as células ciliadas vão morrendo. É para monitorar se houve piora ou não na audição desse indivíduo.
  • Prognóstico das perdas auditivas súbitas e progressiva – sendo as 24h o tempo mais importante. As perdas súbitas geralmente são unilaterais, cocleares ou retrococleares.
  • Nas disfunções cocleares por “hidrops” endolinfática e alterações metabólicas – doença de meniere. Aumento da endolinfa na cóclea. Perda ascendente, unilateral, queixa de zumbido, tontura. Emissões otoacústicas presentes e o resto ausente.
  • Avaliação do sistema eferente olivococlear medial – nervo para cima.

EMISSÕES OTOACÚSTICAS

  • Espontâneas
  • Evocadas
  • Transiente
  • Produto de distorção
  • Estímulo ou frequência

EMISSÕES OTOACÚSTICAS ESPONTÂNEAS

As EOA espontâneas são respostas emitidas pela cóclea que independem da estimulação acústica, porém sem utilização clínica, pois está presente na maioria dos indivíduos com audição normal.

Ocorre na ausência de estímulos

Presentes em 50 a 70% da população normo ouvinte – não possui valor clínico pois de 30 a 50% da população com audição normal pode não ter emissões espontâneas. Quem tem ausência tem maior propensão de ter zumbidos e presbiacusia dos que tiveram emissões espontâneas presentes.

Podem ser afetadas por alteração de orelha média, ototóxico, níveis elevados de pressão sonora, pico hormonal (TPM geralmente traz falha) entre outros.

Presente em indivíduos com limiares auditivos abaixo de 25dBNA (25 a 0).

Mais prevalente nas mulheres e na orelha direita.

Equipamentos portáteis não possui essa emissão.

EMISSÕES OTOACÚSTICAS EVOCADAS

Presença de estímulos acústicos – é uma varredura na faixa de 1 a 4k, onde a criança passa ou falha (pode ocorrer por alterações de orelha média). São usados em diagnóstico clínico, contudo não é possível saber se é leve/moderada... para isso servem os outros exames complementares.

EMISSÕES OTOACÚSTICAS EVOCADAS TRANSIENTES

Evocadas por clique de 1 a 4Hz, com intensidade moderada e não linear. É a mais INDICADA para TANU (triagem auditiva neonatal universal), pois ela detecta perdas leves, é rápida, é fácil na hora do teste, envolve uma ampla gama de frequências e o teste é objetivo e não invasivo.

Mensuráveis em praticamente todas as pessoas com audição normal – 98%. 2% da população com audição normal vai falhar no teste.

Na presença de perda, EOAT tem incidência cada vez menor conforme limiares aumentam. Pessoas que podem ter perdas auditivas progressiva (síndrome de Usher, Wanderburgo ou fatores de risco) precisam acompanhar – 3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses.

Ausência de EOAT – pode acontecer de passar no exame com perdas leves. Alteradas em PA: maior ou igual a 30dB.

O estimulo é um espectro de frequência, com som de 75 a 85 dBNPS (45 a 55 em nível de audição).

Tomar cuidado com:

  • Ajustes de sonda – equipamento mostra se houver falha na sonda.
  • Estabilidade
  • Artefatos – qualquer ruído interfere no exame – celular tocando, choro da criança, alguém bate na porta, ruído ambiental (obra).
  • Reprodutibilidade – valor que precisa para falar se o exame está presente ou ausente. Cada equipamento tem o seu parâmetro.

Repro para adulto: acima ou igual a 50% e para criança igual ou acima de 70% no aparelho convencional, já no aparelho portátil acima de 80% para qualquer idade.

  • Relação sinal/ruído (SR no convencional ou A no portátil)

S/R adulto: maior ou igual a 3, e para criança maior ou igual a 6.

A adulto e criança: menor que 20

PROTOCOLOS

  • Estabilidade da sonda – exame dará erro
  • Reprodutibilidade
  • Relação S/R ou A.

ANÁLISE NO EQUIPAMENTO

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