AIDS
Tese: AIDS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessinunes • 27/3/2014 • Tese • 5.724 Palavras (23 Páginas) • 244 Visualizações
AIDS
Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é uma doença do sistema imunológica humana causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). 1 2 3 Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas e tumores. O HIV é transmitido através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno. Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima.
A AIDS hoje é considerada uma pandemia. Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a AIDS tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças. Mais de três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.
A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX. A AIDS foi reconhecida pela primeira vez pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificada no início dos anos 1980.
Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países. Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus.
História e origem
A AIDS foi primeiramente relatada 5 de junho de 1981, quando o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registrou o Pneumocystis carinii (conhecida por ser causada por Pneumocystis jirovecii) em cinco homossexuais em Los Angeles, Califórnia.12 No início, o CDC não tinha um nome oficial para a doença, muitas vezes referindo-se a ela por meio das doenças que foram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus.13 14 Eles também utilizaram o nome "Sarcoma de Kaposi e infecções oportunistas", nome pelo qual uma força-tarefa havia sido criada em 1981.15
Na imprensa geral, o termo "GRID", sigla para gay-related immune deficiency, já havia sido cunhado. O CDC, em busca de um nome e observando as comunidades infectadas, criou o termo "a doença dos 4HS", referindo-se aos haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. No entanto, depois de determinar que a AIDS não era uma doença exclusiva da comunidade homossexual, o termo "GRID" tornou-se enganoso e o termo "AIDS" foi criado em uma reunião em julho de 1982. Em setembro 1982, o CDC começou a usar o nome de AIDS e adequadamente definiu da doença.
A mais antiga identificação positiva do vírus HIV conhecida vem do Congo em 1959 e 1960, embora os estudos genéticos indicam que o vírus tenha passado para a população humana vindo de chimpanzés em torno de cinquenta anos antes. Um estudo recente afirma que o HIV provavelmente mudou da África para o Haiti e, em seguida, entrou nos Estados Unidos em torno de 1969.
O vírus HIV descende do vírus da imunodeficiência símia (SIV), que infecta símios e macacos na África. Há evidências de que os seres humanos que participam de atividades de caça de animais selvagens, seja como caçadores ou como vendedores de carne de caça, normalmente adquirem o SIV. No entanto, apenas algumas destas infecções foram capazes de causar epidemias em humanos e todas só aconteceram o final do século XIX e início do século XX. Para explicar por que o HIV se tornou epidemia só nessa época, existem várias teorias, cada uma invocando fatores de condução específica que podem ter promovido a adaptação do SIV nos seres humanos ou a propagação inicial: mudanças sociais após o colonialismo, rápida transmissão do SIV através de injeções inseguras ou não-esterilizadas (isto é, injeções em que a agulha é reutilizada sem ser esterilizada), abusos coloniais e vacinação contra a varíola através de injeções inseguras ou a prostituição e a frequência elevada de doenças concomitantes à úlcera genital (como a sífilis) em nascente cidades coloniais.
A teoria mais controversa sugere que a AIDS foi, inadvertidamente, iniciada no final dos anos 1950 no Congo Belga durante as pesquisas de Hilary Koprowski para a criação de uma vacina contra a poliomielite. De acordo com o consenso científico, essa hipótese não é apoiada pelas evidências disponíveis.
Progressão e sintomas
A manifestação inicial do HIV, presente em 50 a 70% dos casos, é semelhante a uma gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre 2 a 4 semanas após a infecção. Pode haver febre, mal-estar, linfadenopatia (gânglios linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea), e/ou meningite viral. Estes sintomas são geralmente ignorados, ou tratados enquanto gripe, e acabam por desaparecer, mesmo sem tratamento, após algumas semanas. Nesta fase há altas concentrações de vírus, e o portador é altamente infeccioso.
A segunda fase é caracterizada por baixas quantidades dos vírus, que se encontram apenas nos reservatórios dos gânglios linfáticos, infectando gradualmente mais e mais linfócitos T CD4+; e nos macrófagos. Nesta fase, que dura em média 10 anos, o portador é soropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA/AIDS. Ou seja, ainda não há sintomas, mas o portador pode transmitir o vírus. Os níveis de T CD4+ diminuem lentamente e ao mesmo tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV, aumentando lentamente o seu número, devido à perda da coordenação dos T CD4+ sobre os eficazes T CD8+ e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).
A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de linfócitos T CD4+ desce abaixo do nível crítico (200/mcl), o que não é suficiente para haver resposta imunitária eficaz contra invasores. Começam a surgir cansaço, tosse, perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos, devidos às doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis
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