Abscesso

Abcesso

São provocados por infecções bacterianas. Podem ocorrer em diversos órgãos e tecidos do corpo, e a sua presença indica infecção. A formação dos abcessos se dá pelo acúmulo de pus (líquido pastoso e amarelado contendo células mortas, bactérias e neutrófilos) que fica envolvido por um tecido que isola esse material. Essa é uma forma de impedir que as bactérias presentes nessa região migrem para outras partes do corpo, mas impede também o acesso de antibióticos e a chegada de novos glóbulos brancos ao local afetado.

Geralmente os abcessos vêm acompanhados de febre alta, calafrios, suores, mal-estar e dor ao toque.

Os sintomas dependem do órgão ou tecido afetado. Ao nível da pele, por exemplo, os doentes apresentam sempre inflamação local com dor, inchaço, calor e vermelhidão, por vezes com drenagem espontânea de pus e febre.

Os abcessos intra-abdominais podem encontrar-se em vários órgãos ou localizações (rim, fígado, baço, pâncreas, diafragma, pélvis, retroperitoneais, próstata). Os sintomas variam, mas habitualmente há queixas de dor e de febre.

Os abcessos cerebrais provocam dor de cabeça, náuseas e vômitos, febre, deterioração do estado de consciência e convulsões.

Os abcessos pulmonares provocam tosse produtiva, dor torácica e febre. Se forem subagudos, produzem fadiga e emagrecimento.

Alguns abcessos pequenos podem ser tratados com compressas quentes sobre a região afetada, promovendo a drenagem espontânea do mesmo. Em outros casos, é necessária a drenagem cirurgicamente. Muitas lesões desaparecem após a drenagem, outras necessitam de drenagem aliada ao uso de antibióticos.

O profissional especializado deverá ser procurado caso o abcesso seja grande, ou caso ocorram os sintomas citados. Às vezes pode haver abcessos em órgãos profundos e pode ser difícil a distinção entre um abcesso e um tumor. Nesses casos o médico irá analisar o pus drenado para diagnosticar a real situação do paciente. Alguns abcessos em órgãos profundos justificam a internação do paciente.

Acromia

Ausência de pigmentação (melanina). Ex.: Albinismo, Vitiligo, e Leucodermia Solar.

Albinismo - A pele permanece branca, frágil e fotossensível, cabelos brancos ou amarelados e olhos muito claros.

Vitiligo - Lesões acrômicas brancas, redondas ou ovais, podendo crescer até alcançar áreas extensas e não doem ou inflamam.

Leucodermia Solar - Pequenas manchas acrômicas múltiplas (3 a 5 mm), arredondadas, localizados nos braços e nas pernas ou áreas exposta ao sol.

Albinismo - Não tem cura.

Vitiligo - Corticosteróide, imunomoduladores, helioterapia. Esteróides tem sido usado para remover as manchas brancas, porém não são muito eficientes. O apoio psicológico tem-se mostrado fundamental no tratamento.

Leucodermia Solar - Recomenda-se a prevenção com filtro solar e a limitação ao sol. Não há tratamento efetivo.

Bolha

A bolha é uma bolsa cheia de fluido pequeno ou inchaço nas camadas superiores da pele. Um blister geralmente se forma quando há um dano de camada exterior da pele. O fluido protege o tecido subjacente contra outros danos amortecendo-os e permitindo a cura.

O fluido na maioria das bolhas é líquido transparente conhecido como soro, ou seja, no sangue sem os glóbulos vermelhos e os fatores de coagulação. Algumas vezes, um blister pode conter sangue (blister sangue) ou pus quando se está infectado. Bolhas podem ser única ou múltipla, dependendo da causa.

Bolhas de atrito tendem a ser comuns em extremidades, como em mãos e pés, que estão mais sujeitos ao atrito. Bolhas devido a outras causas podem ocorrer em outros lugares também.

Nem todas as bolhas são dolorosas. Bolhas de sangue e bolhas infectadas tendem a ser doloroso. No caso de bolhas devido à doença subjacente, pode haver outros sintomas acompanhantes como frio, febre ou tosse, dores no corpo e uma sensação geral de mal estar.

A maioria das bolhas melhora dentro de 3-7 dias devido a nova pele que é formada por baixo da bolha, com o fluido ficando gradualmente reabsorvido. Jamais devemos estourar uma bolha, pois pode abrir portas para infecções.

Você pode usar uma gaze/curativo para bolhas maiores. Curativo deve ser trocado diariamente, certificando-se de que você faça isso com as mãos limpas.

Bolhas de sangue também podem secar por conta própria

Blisters infectados precisam da atenção de um médico. Os antibióticos podem ser prescrita após a punção e drenagem do pus no blister, em condições estéreis.

Bolhas devido ao calor tendem a secar por conta própria. Hidratante e loção específica podem proporcionar alívio em caso de queimaduras solares.

Calosidade Interdigital

A calosidade interdigital, também chamada de “calo mole”, é uma reação da pele entre dois dedos provocada pelo contato contínuo de uma articulação proeminente (região saliente) contra as articulações vizinhas. A falange (osso do dedo) proeminente faz contato com a pele proporcionando uma lesão dolorosa. A lesão se localiza preferencialmente no espaço entre o 4º e 5º dedos dos pés.

Em torno de 10% das pessoas com queixas de dores nos pés apresentam como causa básica um calo interdigital.

A queixa mais comum é a dor localizada entre os dedos e o exame físico revela uma lesão com um núcleo escuro rodeado por uma cor arroxeada ou esbranquiçada, podendo provocar até uma ulceração da pele. Durante a palpação do local, que deve ser feita com cuidado, nota-se uma proeminência óssea logo abaixo da pele de uma ou mais falanges.

O aspecto da lesão, por ser semelhante a um “pé-de-atleta” (frieira) muitas vezes faz com que o indivíduo não reconheça outra causa para os seus sintomas e demore muito tempo para procurar um médico.

O tratamento se inicia com medidas higiênicas através da limpeza diária entre os dedos mantendo a região seca e livre de infecções por fungos ou bactérias. A colocação de espaçadores de silicone, algodão ou feltro entre os dedos pode diminuir a dor ou o desconforto, mas não resolverá o problema de forma definitiva.

O tratamento preferencial dos calos moles interdigitais é o cirúrgico e baseia-se na remoção das proeminências ósseas