Algodão
Tese: Algodão. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 26/5/2013 • Tese • 1.072 Palavras (5 Páginas) • 630 Visualizações
O Algodão
O algodoeiro já era conhecido 8 mil anos A. C. e tecidos de algodão eram encontrados na Índia 3 mil anos A. C. A Índia é tida como centro de origem do algodoeiro, apesar de outras espécies originadas em outras regiões (múmias íncas eram envolvidas em algodão). O algodoeiro americano teria tido sua origem no México e no Peru. Foi constatado o cultivo dessa planta pelos indígenas (que transformavam o algodão em fios e tecidos) na época do descobrimento do Brasil.
O algodoeiro, em especial o G. hirsutum, raça latifoliumhuch, é uma das dez principais espécies domesticadas pelo ser humano, entre mais de 230 mil espécies de plantas superiores denominadas de espermatófitos. O algodoeiro é a única espécie domesticada, tida em termos econômicos como trina, por produzir fibra, seu principal produto, que atualmente ainda veste quase metade da humanidade, óleo que serve para alimentação humana e para produção de energia (biodiesel).
Tendo em vista tal importância, esse trabalho tem como objetivo mostrar ao leitor algumas observações sobre o algodão. Tendo como finalidade suas principais características, histórico, manuseio, cultivação, evolução dos preços no mercado nacional,principais regiões produtivas e seus custos.
Desenvolvimento
Breve histórico
A cultura do algodão no Brasil teve inicio em meados do século xviii, com a revolução industrial na europa.
O primeiro grande produtor foi o estado do maranhão, que em 1760 começou a produzir e exportar para Portugal, que por sua vez, exportava para Inglaterra, centro da indústria têxtil na europa.
O beneficiamento do algodão no Brasil tem seu inicio na mesma época, contando com a mão de obra de escravos através de um método manual primitivo, utilizava um aparelho denominado “churka oriental” embora já existissem em outros países como estados unidos e Inglaterra, processo mecanizados.
São Paulo se firmaria depois como grande centro produtor com a vinda de alguns imigrantes norte-americanos. Eles traziam tecnologias mais avançadas de beneficiamento e também sementes de algodão herbáceo, de fibra mais curta que os do nordeste, porém, muito mais produtivos plantados anualmente.
De são Paulo o algodão expandiu-se para o Paraná, Mato grosso, Mato grosso do sul e Goiás, formando a zona meridional, responsável pela grande produção algodoeira no Brasil.
Com a expansão da cultura no Paraná na década de 1980, as usinas que estavam desativadas no nordeste do Brasil e algumas em São Paulo, foram deslocadas para aquele estado, a fim de suprir a demanda e beneficiamento criado pelo crescimento.
(fonte: www.ampasul.com.br/institucional. php?tag=6 acessado em: 15 de abril e 2013)
Principais regiões produtivas
As principais áreas de plantio do algodoeiro são: nordeste e norte de minas, áreas do centro sul, áreas de floresta tropical e equatorial do centro-oeste e do norte e o algodoeiro irrigado em áreas do centro- leste.
A área cultivada com a cultura do algodão no País totalizou 1,09 milhão de hectares, superior em 27,2% (232,5 mil hectares) à da safra anterior, incremento motivado pelos baixos preços da soja e do milho na fase de implantação, ocasionando a migração para a cultura da fibra.
As regiões Centro-Oeste e Nordeste participam com 93% da produção do País, com destaques para os estados de Mato Grosso e Bahia, principais produtores nacionais, onde a área foi acrescida em 50% e 19% respectivamente. Já nos estados de São Paulo e Paraná, o algodão cedeu espaço para a cana-de-açúcar. Posição atual Cultura do Algodão
A produção brasileira de algodão em caroço deverá atingir 3,75 milhões de toneladas, volume 37,6% superior ao registrado na safra 2005/06. Dessa quantidade, 38,9% (1,46 milhão de toneladas) será de pluma e 61,1% (2,29 milhões de toneladas) de caroço.
A colheita já foi concluída no Paraná e São Paulo. No Estado do Mato Grosso, a colheita teve inicio em maio, com final previsto para o mês de agosto. No Sul do Estado ocorreu veranico nos meses de janeiro e fevereiro, período em que a cultura encontrava se em floração e frutificação. No Oeste da Bahia, líder na produção do Estado, as condições climáticas favoreceram a cultura em todo o seu ciclo. A colheita encontra-se na fase inicial. Posição atual Cultura do Algodão
Em termos de Brasil, a pesquisa está indicando que após a colheita, a produtividade média será de 3.443 kg/ha contra 3.181 kg/ha obtidos na temporada passada.
A nova safra recorde gerará um estoque final de 443 mil toneladas apesar do aumento considerável das exportações brasileiras que deverão chegar ao patamar de 470 mil toneladas.
Do algodoeiro quase tudo é aproveitado notadamente o caroço (65% do peso da produção) e a fibra, (35% do peso da produção). O caroço (semente) é rico em óleo (18-25%) e contém 20-25% de proteína bruta; O óleo extraído da semente é refinado e destinado à alimentação humana e fabricação de margarina e sabões. Os restos de cultura – caule, folhas maçãs, capulhos – são utilizados na alimentação de animais em geral. O bagaço (farelo ou torta), subproduto da extração do óleo, é destinado a alimentação animal (bovinos, aves, suínos) devido ao seu alto valor protéico (40-45% de proteína bruta). A fibra, principal produto do algodoeiro, tem mais de 400 aplicações industriais, entre as quais: confecção de fios para tecelagem (tecidos variados), algodão hidrófilo para enfermagem, confecção de feltro de cobertores, de estofamentos, obtenção de celulose, entre outros.
Hoje 90% do comércio é de fibras tamanho médio. A semente, utilizada para multiplicar a planta, deve apresentar um mínimo de 65% de germinação e mínimo de 96% de pureza. O peso de 100 sementes varia de 10 a 14g.
Em 2011 o algodão obteve uma alta considerável nos preços, um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro do algodão em caroço no atacado acumula taxa de 170,56%, a mais forte em 11 anos, nesse tipo de comparação. A indústria têxtil já admite que o repasse do aumento de custos para o produto final é inevitável, o que pode ajudar a elevar as taxas dos indicadores inflacionários. [...] o produtor brasileiro se beneficia da alta no preço do algodão. A estimativa mais recente do IBGE para a safra do algodão herbáceo este ano é de 4,5 milhões de toneladas, contra 2,9 milhões de toneladas obtidas em 2010, um aumento de 53,7%. A área plantada do produto cresceu 43,7% este ano contra o ano de 2010, de acordo com o instituto, devido às boas cotações do algodão nos mercados interno e externo.
Bibliografia
http://www.ampasul.com.br/institucional. php?tag=6 acessado em: 12 de abril e 2013
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA4LkAL/apostila-cultura-algodoeiro acessado em: 12 de abril e 2013
http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/algodao/publicacoes/trabalhos_cba5/003.pdf acessado em: 12 de abril e 2013
http://www.imea.com.br/upload/publicacoes/arquivos/2012_01_CPAlgodao.pdf acessado em: 12 de abril e 2013
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/preco-do-algodao-sobe-170-e-pressiona-setor-textil acessado em: 17 de abril de 2013
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