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Amputação

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Por:   •  13/5/2014  •  4.362 Palavras (18 Páginas)  •  834 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A amputação de membros era uma das cirurgias mais freqüentes no século XVI .

Antes da amputação aplicava-se ao membro um garrote bem apertado para diminuir a hemorragia . O osso era serrado e a hemorragia contida pela compressão e pela cauterização dos vasos que sangravam.

Por fim, introduzia-se o coto no interior de uma bexiga de boi ou de porco bem apertada em torno do membro amputado. Não se usavam anestésicos.

Também nas mutilações da justiça (1515) os carrascos de Veneza repuxavam o mais possível a pele para a raiz do membro que iria ser decepado de maneira a que fosse possível cobrir o coto com a pele excedente e suturá-la de seguida. Assim se facilitava a hemostase e a cicatrização do coto.

Atualmente, a amputação é definida como a remoção de um membro ou outra parte do corpo. As indicações de amputação são lesões por trauma ou doença. Quando a lesão traumática é tão grave que o reparo ou a cura são impossíveis, a amputação pode ser a única escolha.

O estresse emocional é um problema sério após uma amputação. O paciente pode experimentar sensações como se o membro amputado ainda estivesse presente. Isto causa confusão e angústia e pode persistir por vários meses. Assim, um bom programa de reabilitação inclui tanto um acompanhamento psicoterapêutico quanto fisioterpêutico.

1.1 SITUAÇÃO-PROBLEMA

Quando o paciente toma consciência da perda de seu membro inferior, a busca pela reabilitação se torna objetiva. Quando se vê amputado, o paciente avalia a sua nova condição, tendo como referência as pessoas que estão a sua volta. Os profissionais da área de saúde, principalmente os fisioterapeutas, devem estar envolvidos no processo de reabilitação junto aos familiares do paciente e acompanhá-lo nesta nova etapa da vida. O tratamento fisioterápico do paciente que sofre uma amputação deve ser de considerá-lo como parte indispensável ao desenvolvimento comunitário e pessoal.

Nesse processo, a equipe clínica, os familiares e sua comunidade são indispensáveis na reintegração do paciente à vida cotidiana. A mídia nos informa a cada dia novos exemplos de pessoas que sofreram acidentes e conseguiram retornar as suas atividades de forma exemplar.

Os cuidados com a saúde física e mental são fundamentais para o trabalho preventivo, onde a informação e a educação para a saúde serão sempre o foco principal .

Baseado no pressuposto acima formulado, as questões pertinentes a essa pesquisa são:

Quais são as causas que levam os médicos a optar pela amputação do membro inferior de um paciente?

Quais são os aspectos clínicos e psicológicos do paciente amputado?

Que tipo de técnicas são empregadas para a reabilitação do paciente amputado?

1.2 OBJETIVOS

O presente estudo tem como objetivo específico definir a atuação do fisioterapeuta na reabilitação de pacientes amputados e a habilitação desses pacientes ao uso da prótese mecânica. Entre os objetivos gerais estão:

a) Investigar as causas que levam o médico a optar pela amputação do membro inferior de um paciente e como prevenir essas causas.

b) Expor os aspectos clínicos e psicológicos dos pacientes amputados e o auxílio necessário à recuperação dos mesmos.

c) Exemplificar e conceituar as técnicas fisioterápicas empregadas na reabilitação de pacientes amputados.

1.3 RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A relevância do trabalho se expressa pelo fato de ser um estudo que tem como principal objetivo fornecer informações aos profissionais da saúde, de forma a orienta-los durante todas as fases da reabilitação do paciente amputado. A reabilitação desse tipo de paciente não se resume a colocá-lo de pé e fazê-lo deambular; significa também reintegrá-lo ao convívio social, à carreira profissional e ás praticas esportivas e recreativas.

Levando em consideração todos estes aspectos, o tratamento de pessoas amputadas exige por parte do fisioterapeuta considerações de todos os seus problemas físicos, emocionais e educacionais. O profissional da reabilitação tem o papel muito importante no tratamento, não só pela proximidade paciente-profissional, mas que, neste tratamento, ele é o instrumento de reabilitação e devolução da funcionalidade e deve estar preparado para auxiliar o paciente a superar os aspectos traumatológicos que envolvem a amputação.

O fisioterapeuta atua no sentido de reabilitar o paciente para o uso de próteses, inserindo um maior grau de função nas suas atividades de vida diária e profissional, tendo como conseqüência uma significativa melhora na qualidade de vida do paciente.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 AMPUTAÇÕES

Segundo Carvalho (1999):

“A amputação é a ablação de um membro, na continuidade de um ou mais ossos. Quando esta ablação é realizada sobre uma articulação, isto é, sem seção óssea, diz-se que realizou-se uma desarticulação. Em ambos os casos, a parte que resta do membro é chamada de coto de amputação. O ponto em que o osso é seccionado é o nível de amputação.” (p. 12)

Cabe ao cirurgião que amputa conduzir sua operação de modo que a que ela possibilite a recuperação funcional do membro mutilado. Para obter boa função pós-operatória a cirurgia deve ser cuidadosamente planejada e as estruturas adequadamente ratadas para que o coto se transforme num elemento útil. O cirurgião deve ter conhecimento da evolução das doenças que acarretam as amputações, das conquistas recentes para preservação dos membros, dos níveis ótimos de secção considerando a capacidade de cicatrização e condições de uso de prótese e dos princípios técnicos do tratamento das estruturas para conseguir este objetivo.

Segundo Schwartz (1991), “o coto presta-se à substituição do membro amputado, diretamente ou às custas de uma prótese” (p. 910). Em relação ao coto: deve ser o mais longo possível; deve ter uma boa mobilidade; deve ter uma boa circulação sangüínea;

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