Anatomia - Aparelho Reprodutor Masculino
Por: denizecardoso • 23/10/2018 • Trabalho acadêmico • 4.556 Palavras (19 Páginas) • 854 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS UEA 2012 [pic 2] [pic 3] Professora Orientadora: Dra. Ieda Batista Graduandos de Ciências Biológicas - IV Período - Matutino Denize Cardoso Karla Câmara Kelvin Lee Lyvia Camello Fonseca Rosa Amanda Sumário Introdução e Objetivos Gerais -------------------------------------------------- 03 1. Sistema Genital Masculino --------------------------------------------------- 04 1.1. Os Testículos ----------------------------------------------------------------- 05 1.2. Sistema de Ductos ----------------------------------------------------------- 06 1.2.1. Epidídimos ----------------------------------------------------------------- 06 1.2.2. Ducto Deferente ----------------------------------------------------------- 07 1.2.3. Ductos Ejaculatórios ------------------------------------------------------ 09 1.2.4. Uretra ----------------------------------------------------------------------- 09 1.3. Glândulas Sexuais Acessórias --------------------------------------------- 10 1.3.1. Próstata --------------------------------------------------------------------- 10 1.3.2. Glândula Bulbouretral ---------------------------------------------------- 11 1.3.3. Vesícula Seminal ---------------------------------------------------------- 11 1.4. O Escroto --------------------------------------------------------------------- 12 1.5. O Pênis ----------------------------------------------------------------------- 13 2. Curiosidades -------------------------------------------------------------------- 15 2.1. Descenso testicular ---------------------------------------------------------- 15 2.2. Pancada nos testículos: Por quê dói tanto? ---------------------------- 162.3. Outras curiosidades --------------------------------------------------------- 17 Conclusão -------------------------------------------------------------------------- 19 Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------ 20 |
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Introdução e Objetivos Gerais |
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O trabalho desenvolvido a seguir trata do ponto de vista anatômico do sistema reprodutor masculino. Porém, é impossível falar sobre os sistemas reprodutores sem falar da sexualidade. Biológicamente falando, o sistema reprodutor masculino possui como principais funções a produção de espermatozóides, e o seu transporte, de maneira segura até o sistema reprodutor feminino. Nos homens, a produção de espermatozóide é contínua, desde a puberdade até a velhice. Diariamente um homem produz cerca de 250 milhões de espermatozóides, e essa produção é realizada nos testículos. O pênis é considerado o principal órgão externo do aparelho sexual masculino por participar da cópula e levar até o interior do corpo masculino o esperma. Tanto o pênis como o escroto começam a crescer na puberdade sob a influência da testosterona, o principal hormônio sexual masculino. A testosterona determina também o aumento do tamanho da próstata e o amadurecimento dos túbulos seminíferos, além de promover o estabelecimento dos caracteres sexuais secundários, como o crescimento de pêlos no rosto, no peito, nas axilas e ao redor dos órgãos genitais, e um súbito aumento no tamanha da cartilagem da laringe, incrementando o crescimento das cordas vocais em espessura. Por volta dos cinquenta anos, a produção da testosterona cai pela metade, e por esse motivo a excitação sexual costuma demorar mais nos homens de idade avançada. Como dito anteriormente, neste trabalho, em seu desenvolvimento, trataremos do ponto de vista anatômico do sistema genital masculino, com o objetivo principal de descrever a localização, ilustrar e diferenciar cada estrutura que o compõe. 1. Sistema Genital Masculino Os órgãos que compõem o sistema genital masculino são:
Imagem 1: vista de um corte sagital dos órgãos do sistema genital masculino, com os órgãos externos e internos. [pic 4] [pic 5] Imagem 2: Sistema Genital Masculino - Vista lateral 1.1. Os Testículos Os testículos são um par de glândulas de forma oval, com cerca de 4 a 5 cm de diâmetro no adulto e pesa cerca de 10 a 15 gramas cada, localizados simetricamente na parte inferior do tronco, no interior do escroto. O escroto é uma bolsa que suporta os testículos; consiste em pele frouxa, fáscia superficial e musculatura lisa. Internamente ele está dividido por um septo, em dois sacos, cada um contendo um único testículo. Apesar de no feto se desenvolverem na cavidade abdominal, próximo dos rins, ao longo do desenvolvimento fetal, geralmente por volta do sétimo mês do desenvolvimento, vão descendo pelo canal inguinal até alcançarem a sua localização anatômica normal, no exterior da cavidade abdominal. Cada testículo é coberto por uma membrana fibrosa denominada túnica albugínea (cápsula fibrosa branca), que se estende para o interior, dividindo cada testículo em compartimentos internos denominados lóbulos dos testículos. Os ápices desses lóbulos em forma de cunha convergem e formam o mediastino do testículo, que é uma massa de tecido fibroso contínuo com a túnica albugínea. Cada um dos 200 a 300 lóbulos, formam um grupo de canais ocos serpenteantes muito finos, o parêquima dos testículos, que contém de 1 a 3 túbulos seminíferos, e são os responsáveis pela produção dos espermatozóides através de um processo chamado espermatogênese, que se inicia durante a puberdade e continua ao longo da vida. À medida que estes túbulos se aproximam do ápice dos lóbulos, tornam-se retilíneos e passam a ser denominados túbulos seminíferos retos. Estes, por sua vez, vão se anastomosar, formando a rede testicular, que atravessa o mediastino do testículo. Desta rede formam-se de 15 a 20 canais, os ductos eferentes do testículo, que penetram no epidídimo. Os túbulos seminíferos são revestidos com células espermatogênicas, que são as formadoras de espermatozóides. Posicionadas contra a membrana basal, em direção ao exterior dos túbulos, estão as espermatogônias, precursoras das células-tronco. Em direção ao lúmen dos túbulos, estão camadas de células em ordem crescente de maturidade: os espermatócitos primários, os espermatócitos secundários, as espermátides e os espermatozóides, que quando maduros são liberados no lúmen do túbulo. As células que protegem e nutrem os espermatozóides em desenvolvimento nos túbulos são as chamadas células de Sertoli. Elas fagocitam as células espermatogênicas em degeneração, secretam fluído para o transporte dos espermatozóides e liberam o hormônio inibina, que ajuda a regular a produção de espermatozóides. No interior dos testículos, entre os túbulos seminíferos, existem as células intersticiais (de Leydig) que se encarregam da produção de testosterona, a principal hormônio sexual masculino.
[pic 6] Imagem 3: Corte de um Testículo e Epidídimo. [pic 7] Imagem 4: Esquema contendo as células de espermatogênicas em ordem crescente 1.2. Sistema de Ductos 1.2.1. Epidídimos Os epidídimos ( epi = acima ou movimento para; - didymus = testículos ) são dois pequenos órgãos tubulares compridos em forma de C, localizados cada um deles sobre a parte superior e posterior do correspondente testículo, onde pode ser sentido pela palpação. Cada epidídimo consiste principalmente de um tubo fortemente espiralado, chamado ducto do epidídimo. É o local onde os espermatozóides amadurecem (durante um período de 10 a 14 dias eles adquirem motilidade e capacidade de fertilizar o ovócito secundário) antes de prosseguirem o seu trajeto até ao exterior, através da ejaculação (por contração peristáltica do seu músculo liso, para o ducto deferente). Os espermatozóides podem permanecer armazenados no ducto do epidídimo durante um mês ou mais. Cada epidídimo, composto por uma membrana constituída por um sistema de canais, encontra-se dividido em três partes: a cabeça, o corpo e o colo. A cabeça, situada no pólo superior do testículo, é constituída por uma série de canais que representam a continuação dos canais eferentes, cuja união proporciona a formação de um único canal dobrado sobre si mesmo que atravessa o corpo do epidídimo, de modo a evidenciar-se no colo, situado no pólo inferior do testículo, para finalmente desaguar no canal deferente correspondente. [pic 8] Imagem 5: Testículo, Epidídimo (cabeça, corpo e colo/cauda) e Ducto Deferente. 1.2.2. Ducto Deferente Os ductos deferentes são dois tubos ocos com septos revestidos por uma pesada túnica com três camadas de tecido muscular. É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozóides até o ducto ejaculatório. Considerando-se que os testículos estão localizados externamente à parede da pelve e que o ducto ejaculador encontra-se dentro da cavidade pélvica, torna-se necessária a existência de um túnel através da parede do abdome para permitir a passagem do ducto deferente. A esta passagem dá-se o nome de canal inguinal, situado na porção mais inferior da parede abdominal, de trajeto oblíquo e com 3 a 5 cm de comprimento. Cada canal deferente nasce no pólo inferior do correspondente testículo e atravessa o canal inguinal, de modo a fazer parte do cordão espermático. Pelo canal inguinal passam também as demais estruturas relacionadas com os testículos, como artérias, veias, vasos linfáticos e nervos. Ao conjunto destas estruturas que passam pelo canal inguinal, incluindo-se o ducto deferente, dá-se o nome de funículo espermático. O funículo espermático: estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao ânulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes. O funículo espermático esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. As artérias são em número de três: [pic 9] Artéria testicular. [pic 10] Artéria do ducto deferente. [pic 11] Artéria cremastérica. As veias formam dois plexos um anterior e outro posterior em relação ao ducto deferente. O plexo venoso anterior é o mais volumoso. A artéria testicular caminha entre as malha do plexo anterior. O ducto deferente tem cerca de 30 cm de comprimento e pode ser palpado como um cordão duro, antes de penetrar no canal inguinal. Ao chegar à cavidade abdominal, descreve um arco por cima da bexiga e dirige-se para a próstata. A última porção, denominada ampola, é mais dilatada e desagua, juntamente com a vesícula seminal desse lado, num canal ejaculador. Funcionalmente, o ducto deferente armazena os espermatozóides, que podem permanecer viáveis por muitos meses, e propele-os em direção à uretra, por contrações peristálticas de suas túnicas musculares. Ele ainda é responsável por reabsorver aqueles espermatozóides que não foram expelidos. [pic 12] Imagem 6: Ductos deferentes e Funículo Espermático 1.2.3. Ductos Ejaculatórios É formado pela junção da ampola do ducto deferente com o ducto excretor da vesícula seminal. Das vias condutoras dos espermatozóides, é a porção de menor dimensão e de calibre mais reduzido, medindo aproximadamente 2 cm de comprimento. Estruturalmente o ducto ejaculatório assim como a vesícula seminal, tem a mesma constituição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa. Em quase todo seu trajeto está situado na próstata e vai desembocar na parte prostática da uretra, junto de uma saliência denominada colículo seminal. Os ductos ejaculatórios ejetam os espermatozóides no interior da uretra. [pic 13] Imagem 7: Ducto ejaculatório, Próstata e Vesícula Seminal. 1.2.4. Uretra A uretra é um canal comum para micção e para a ejaculação, com cerca de 20 centímetros de comprimento. Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga, e atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da pelve e o pênis, terminando na extremidade desse órgão pelo óstio externo da uretra. A uretra masculina é formada por três porções, que são:
[pic 14] Imagem 8: Uretra prostática, uretra membranosa e uretra cavernosa, Próstata e Glândula bulbouretral. 1.3. Glândulas Sexuais Acessórias 1.3.1. Próstata
Consiste principalmente de musculatura lisa e tecido fibroso, mas contém também glândulas, constituído por inúmeras estruturas tubulares ocas interiormente revestidas por células que se encarregam da produção de uma secreção pertencente à constituição do sêmen, com elementos nutritivos para os espermatozóides. A união dos vários túbulos entre si proporciona a formação de cerca de vinte canais, que desaguam através de estreitas aberturas na uretra, à qual chegam, no momento da ejaculação, a secreção da próstata juntamente com o líquido proveniente das vesículas seminais e os espermatozóides provenientes dos testículos. A secreção destas junta-se à secreção das vesículas seminais para constituir o volume do líquido seminal. . É através da próstata que é secretado um líquido leitoso que possui aproximadamente 25% de sêmen e contribui para a motilidade e a viabilidade do espermatozóide. É um líquido levemente ácido (pH em torno de 6,5) que contém ácido cítrico, que pode ser usado pelo espermatozóide para a produção de ATP via ciclo de Krebs, fosfatase ácida, e diversas enzimas para a digestão de proteínas, como o antígeno específico da próstata. A secreção das glândulas prostáticas é lançadas diretamente na porção prostática da uretra através de inúmeros dúctulos prostáticos (não visíveis macroscopicamente) e confere odor característico ao sêmen. 1.3.2. Glândula Bulbouretral As glândulas bulbouretrais ou de Cowper são duas formações pequenas, arredondadas e algo lobuladas, de coloração amarela e tamanho de uma ervilha. Estão próximas do bulbo e envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral. Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções (Mucosa) para a parte esponjosa da uretra. Sua secreção é semelhante ao muco, entra na uretra durante a excitação sexual. Constituem 5% do líquido seminal. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que protege os espermatozóides e também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozóides danificados durante a ejaculação. 1.3.3. Vesícula Seminal As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata, Tem cerca de 7,5 centímetros de comprimento. A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se do ureter à base da próstata. As vesículas seminais são responsáveis pela produção de um líquido viscoso alcalino que tem a função de neutralizar a acidez da uretra masculina e da vagina, para que, desta forma, os espermatozóides não sejam neutralizados, e que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, que entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina e prostaglandinas. O líquido secretado constitui cerca de 60% do volume do sêmen; Cada vesícula seminal termina num tubo de drenagem, cuja união com a extremidade da ampola do canal deferente desse lado proporciona a formação de uma estrutura tubular comum, denominada canal ejaculador. Os dois canais ejaculadores atravessam a próstata e desaguam na uretra, para onde transportam os espermatozóides e o líquido seminal no momento da ejaculação. [pic 15] Imagem 9: Glândulas sexuais acessórias: Próstata, Vesícula Seminal e Glândula de Cowper/Bulbouretral 1.4. O Escroto O escroto é uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa compartimento completamente separados, uma vez que o escroto é subdividido em duas lojas por um tabique sagital mediano denominado septo do escroto. Superficialmente esse septo corresponde a uma rafe cutânea (linha rugosa mediana), bem evidente. O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes.
O aspecto do escroto varia com o estado de contração ou relaxamento da musculatura lisa da túnica dartos, aparecendo curto e enrugado quando contraído, como acontece no frio. O escroto, através da sua arquitetura de termorregulação, aproximam ou afastam os testículos do corpo, mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal o que propicia uma temperatura favorável à espermatogênese, e a túnica dartos atua como um termostato, visando manter a constância desta temperatura. A temperatura do testículo deve estar entre 2,5 e 4 graus Celsius abaixo da temperatura do corpo para que a espermatogênese ocorra. A termorregulação testicular ocorre por meio de: [pic 16] Imagem 10: Camadas dos tecido que formam o escroto 1.5. O Pênis O pênis é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, é um órgão cilíndrico situado na parte inferior do tronco, cujo interior é atravessado pela uretra, com a especial capacidade para alterar significativamente as suas dimensões e consistência, condição indispensável para a cópula - o pênis é normalmente flácido, mas quando seus tecidos lacunares se enchem de sangue, apresenta-se túrgido, com sensível aumento de volume e torna-se rígido, ao que se dá a denominação de ereção. É possível distinguir três porções no órgão: a raiz, através da qual se encontra fixo ao tronco; o corpo, que corresponde à sua parte central; e uma extremidade de forma arredondada denominada glande, em cuja ponta se encontra a abertura da uretra para o exterior. O interior do pênis encontra-se essencialmente ocupado por três corpos cilíndricos constituídos por um tecido erétil específico, composto por inúmeros septos de fibras conjuntivas e musculares que separam a maioria das reduzidas cavidades unidas entre si e que, em determinadas condições (por exemplo, em resposta a um estímulo sexual), se enchem de sangue, proporcionando o aumento do seu tamanho e consistência - o fenômeno da ereção tem precisamente este mecanismo como base. Duas destas estruturas são os corpos cavernosos, que são simétricos e se encontram paralelos um ao outro, na parte superior do corpo do pênis. Os corpos cavernosos do pênis iniciam-se posteriormente, por extremidades afiladas que se acolam medialmente, aos ramos inferiores da pube, recebendo o nome de ramos dos corpos cavernosos. Cada ramo do corpo cavernoso é envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo isquiocavernoso do mesmo lado, que o fixa ao respectivo ramo inferior da pube, constituindo a raiz do pênis. Dirigindo-se para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis. Se examinarmos os dois corpos cavernosos por baixo verificaremos que na linha antero-posterior de união, forma-se um ângulo diedro, que para diante, gradativamente vai se transformando em goteira, onde se aloja o corpo esponjoso. O corpo esponjoso, situado numa posição central por baixo das anteriores e atravessado longitudinalmente pela uretra, cuja extremidade se dilata para ocupar todo o interior da glande. O corpo esponjoso inicia-se posteriormente por uma expansão mediana situada logo a baixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de bulbo do pênis. O exterior do pênis encontra-se revestido por pele, embora com certas peculiaridades. Tanto a raiz como o corpo do pênis encontram-se revestidos por pele, ligada de um lado à do tronco e, do outro lado, à do escroto. A superfície da glande (extremidade distal do corpo esponjoso) encontra-se revestida por uma delicada mucosa, cujas células, ao contrário das cutâneas, não produzem queratina. Para além disso, o limite entre o corpo do pênis e a glande evidencia um manto de pele, que reveste toda a extremidade do pênis e pode retrair-se, quer seja através de uma oportuna manobra manual ou de forma espontânea no momento da ereção. Como a parte esponjosa da uretra percorre o corpo esponjoso, encontra-se na extremidade da glande uma fenda mediana - é o óstio externo da uretra. A glande está recoberta, em extensão variável, por uma dupla camada de pele - o prepúcio. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana inferior que passa de sua camada profunda para as adjacências do óstio externo da uretra. Estruturalmente, profundamente a cútis, situa-se a tela subcutânea, que recebe o nome especial de fáscia superficial do pênis e onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartos do escroto. Num plano mais profundo, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis. Entre o prepúcio e a glande existe uma pequena fenda, o sulco balanoprepucial, onde existem abundantes glândulas secretoras que elaboram uma substância esbranquiçada denominada esmegma. Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada, respectivamente, de túnica albugínea do corpo cavernoso e do corpo esponjoso. O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam desordenadamente. Entre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil. As artérias e veias do pênis penetram ou saem ao nível do bulbo e ramos do pênis, ocorrem longitudinalmente em seu dorso fornecendo ramos colaterais em todo o percurso. Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. A fimose é uma condição em que ocorre um estreitamento em graus variáveis do prepúcio. Quando o estreitamento é acentuado, a glande fica permanentemente recoberta, condição esta que dificulta os cuidados higiênicos e pode causar desconforto durante as relações sexuais. A fimose é facilmente corrigida através de intervenção cirúrgica com anestesia local. [pic 17] Imagem 11: Corte transversal do pênis [pic 18] Imagem 12: Vistas do pênis com destaque para a glande, o prepúscio, o frênulo do prepúscio e óstio externo da uretra 2. Curiosidades 2.1. Descenso testicular No embrião, os testículos se desenvolvem a partir de gônadas indiferenciadas situadas no teto da cavidade abdoinal e migram para o escroto. Esse acontecimento permite aos testículos que eles sejam mantidos em uma temperatura inferior à do corpo, fator de grande importância para a produção dos espermatozoides. Antes do descenso: • O testículo está unido à região sublombar por uma prega de peritônio, o mesórquio; • Essa prega contém os vasos e os nervos que suprem o testículo; • Em sua borda medial (ruminantes) ou dorsal (demais espécies) está localizado o epidídimo, constituído de cabeça, corpo e cauda. Essa migração ocorre mais cedo em bovinos e ovinos (próximo do fim da gestação) e mais tarde nos carnívoros, suínos e equinos (após o nascimento). Nessa última espécie, os testículos apresentam a capacidade de se deslocarem entre o escroto e a cavidade abdominal, até se fixarem definitivamente no escroto. O descenso é definitivo para essas espécies, pois a bainha vaginal sofre um estrangulamento na sua parte dorsal, impedindo o retorno do órgão para a cavidade abdominal. Fatores envolvidos no descenso testicular: 1. Crescimento corporal. 2. Degeneração do mesonefro caudal do testículo. 3. Crescimento do metanefro e da glândula adrenal cranial ao testículo. 4. Aumento da pressão abdominal. 5. Gubernáculo que não cresce acompanhando o crescimento corporal geral. Criptorquidismo Casos em que os testículos ficam retidos na cavidade abdominal e não descem para o escroto. Pode ocorrer com ambos os testículos (criptorquidismo bilateral) ou com apenas um (criptorquidismo unilateral). [pic 19] Imagem 13: Descenso dos testículos 2.2. Pancada nos testículos: Por quê dói tanto?O saco, ou escroto, é uma região rica em terminações nervosas. Para piorar a situação, os testículos não são protegidos por uma grossa camada de derme, como ocorre com outras áreas de grande sensibilidade no corpo, como a ponta dos dedos. É por isso que, apesar de ambos serem muito sensíveis, um impacto nos testículos dói muito mais do que, por exemplo, bater os dedos na mesa.
Apesar de ser muito sensível à dor, o escroto consegue se preservar de danos maiores por estar suspenso, e pode se retrair tão depressa, que nervos e artérias que seguram as “bolas se enroscam”, impedindo o fluxo de sangue, isso pode causar gangrena… Mas com uma pancada muito forte, a cápsula que protege os testículos pode se romper e vazar, o que amortece o trauma. Mas, uma pancada nessa região pode provocar um sangramento interno causando inchaço, dor e hematomas. Sem falar no músculo que envolve os testículos (conteúdo interno). Por isso, somente cirurgia pode resolver o problema.
Conclusão: parte final, apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. |
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