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Auto Medicação

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Por:   •  16/12/2013  •  2.995 Palavras (12 Páginas)  •  621 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Automedicação é a seleção e o uso de medicamentos por pessoas para tratar doenças autodiagnosticadas ou sintomas, situação onde o individuo ingere, por conta própria, medicamentos que podem lhe causar danos(1). É um problema crônico no Brasil e já impregnado em nossa cultura, sendo algo que gera preocupação pelo fato que, de modo geral, o consumidor não tem experiência e nem conhecimentos necessários para distinguir distúrbios, avaliar a gravidade e escolher o medicamento mais adequado dentre os recursos terapêuticos disponíveis.

A prática da automedicação é influenciada por diversos fatores que acabam motivando o indivíduo ao consumo de medicamentos sem prescrição médica. Um exemplo é a publicidade, visto que a propaganda desenfreada de determinados medicamentos contrasta com as tímidas campanhas que tentam esclarecer sobre os perigos da automedicação. (2)

A automedicação pode levar a um diagnóstico incorreto do distúrbio (e, consequentemente, a uma escolha inadequada de terapia), a uma superdosagem da medicação, risco de dependência, a possíveis efeitos colaterais, a administração incorreta do medicamento, desconhecimento de possíveis interações medicamentosas, o que acarretará em danos à saúde. (3)

Exemplos de danos à saúde causados pela automedicação podem ser o de mascarar diagnósticos em fase inicial da doença como o diagnóstico de neoplasias gástricas e intestinais que podem ter diagnósticos mascarados ou retardados pela melhora de sintomas promovida pelo uso de antiácidos ou outros medicamentos que agem no tubo digestivo(4). Ainda, o uso exagerado de antibióticos, além de frequentemente ser desprovido de eficácia, pode facilitar o aparecimento de tipos de microrganismos resistentes, com óbvias repercussões clínicas e prognósticas. (5)

Os únicos profissionais habilitados para prescrever medicamentos são os médicos e os dentistas. A prescrição é o ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento. É a conhecida receita médica ou odontológica. Os medicamentos cuja venda exige a apresentação de receita médica são classificados como tarjados. De acordo com as normas de vigilância sanitária, tais medicamentos devem apresentar tarjas em seus rótulos:

• Tarja vermelha – indica os medicamentos que só podem ser vendidos sob prescrição médica. Além da tarja, devem conter os dizeres: Venda sob prescrição médica. Dependendo das substâncias que contiver, pode ser incluído dentre os medicamentos controlados.

• Tarja preta – indica os medicamentos que, além da necessidade de prescrição, contêm substância entorpecente ou que causa dependência física ou psíquica. Devem também apresentar os dizeres: Venda sob prescrição médica e pode causar dependência física ou psíquica. Todo medicamento de tarja preta é um medicamento controlado. (6)

Ainda, quanto ao uso de medicamentos fitoterápicos, é importante salientar que seu uso é crescente. Para a Associação Médica Brasileira, as plantas medicinais têm um lugar cativo na cultura brasileira, ocupando um lugar de destaque na chamada Medicina Alternativa, porém, sua manipulação por leigos desprovida de fundamentação cientifica, pode oferecer riscos e comprometer a qualidade do tratamento. (7)

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico – farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (SINITOX-FIOCRUZ) uso indevido de medicamentos tem aumentado as estatísticas de intoxicação no Brasil. (7.1)

O índice de intoxicação no país é de 28% e entre os casos, os medicamentos estão em primeiro lugar. Dentre os casos de morte por intoxicação a causada por medicamentos ocupa o segundo lugar. As classes de medicamentos mais comuns são os benzodiazepínicos, antigripais, antidepressivos e anti-inflamatórios. (7.2)

O profissional de enfermagem por estudar farmacologia possui conhecimento sobre as drogas e seus efeitos e muitas vezes isso pode favorecer para que o mesmo postergue uma avaliação médica preferindo assim a automedicação conforme sua necessidade. Porém, a automedicação sem o acompanhamento de outro profissional pode se tornar abusivo ou indiscriminado, além do risco de sofrer os efeitos indesejáveis e até irreversíveis provocados pela droga.

Nesse contexto, verifica-se a importância de uma maior fiscalização por parte dos órgãos competentes visando assim inibir a pratica da automedicação oferecendo com isso um valioso beneficio à saúde da população, sendo de grane importância a criação de campanhas educativas por parte dos órgãos responsáveis a fim de divulgar o perigo dessa prática.

Os profissionais de enfermagem têm um papel muito importante na prevenção da automedicação, pois são propagadores da boa saúde, dos hábitos saudáveis e precisam estar preparados para combater e informar sobre os perigos dessa pratica em nosso país. Além disso, podem identificar populações em risco de consumo crônico de medicamentos inadequados, colaborando na elaboração de políticas públicas para conter a venda de medicamentos desnecessários.

A prática da automedicação deve ser combatida e para isso os profissionais da área de saúde devem orientar os pacientes e os seus familiares no sentido de evitar os abusos dos medicamentos, visando sempre o bem-estar do paciente e o desenvolvimento de um tratamento correto e humanizado.

Pelo exposto fica clara a importância de se abordar o tema da automedicação na graduação de Enfermagem, tendo em vista que o curso abrange conhecimentos farmacológicos, este fato pode incentivar a automedicação por parte dos estudantes.

O propósito do estudo consiste em levantar a prevalência da automedicação nos graduandos de enfermagem da Universidade Paulista – UNIP.

2 HIPÓTESE

Os graduandos de Enfermagem por possuírem certo conhecimento farmacológico praticam a automedicação.

3 OBJETIVO

Identificar a frequência da automedicação e os principais fármacos consumidos sem prescrição pelos graduandos de enfermagem da Universidade Paulista – UNIP.

4 MÉTODOS

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