Biologia

Lisossomos

Os lisossomos (do grego ‘lise’ que significa quebrar, destruir) são bolsas membranosas que contem enzimas capazes de digerir diversas substancias orgânicas. Existem mais de cinquenta tipos de enzimas hidroliticas (atuam por hidrolise) alojadas no interior das pequenas bolsas lisossômicas. Os lisossomos estão presentes em praticamente todas as células eucariontes, sua origem é o aparelho de golgi. São corpos minúsculos normalmente redondos cujo interior apresenta uma grande quantidade de enzimas que degradam (quebram em pequenos pedaços, ou seja, digerem ou destroem) moléculas grandes ou envelhecidas. Possuem uma grande variedade de hidrolases ácidas, capazes de degradar quase todos os conteúdos celulares. Essas hidrolases tem um pH entre 3 e 6, e, portanto o interior dos lisossomos é ácido. Algumas enzimas encontradas dentro dos lisossomos são: proteases (degradam proteínas), nucleases (degradam ácidos nucleicos: DNA e RNA), glicosidases (degradam açucares) e lípases (degradam lipídeos). Os lisossomos estão envolvidos em processos de autofagia e heterofagia. A formação dos autolisossomos inicia-se quando uma porção de RE envolve uma organela que deve ser destruída, formando uma vesícula em seu redor. Esta vesícula é posteriormente acidificada e funde-se depois com um lisossomo primário, que inicia a degradação. Na heterofagia, os lisossomos fundem-se com endossomas (provenientes da endocitose) ou fagossomas (provenientes da fagocitose). Quando a célula realiza a fagocitose, a partícula solida é englobada por emissão de pseudopodes, e formam-se vesículas (os fagossomos), a estes se fundem vários lisossomos, misturando-se assim o material a ser digerido com as enzimas lisossômicas. Formando-se, desta forma, o vacúolo digestivo onde ocorrera a digestão. No interior destes, essas substâncias serão digeridas pelas enzimas lisossômicas. À medida que a digestão vai ocorrendo, as partículas, vão sendo quebradas em partículas menores que partem do vacúolo com destino ao hialoplasma, para serem usados na fabricação de novas substâncias e no fornecimento de energia á célula. O resto do material que não foi digerido permanece dentro do vacúolo que deixa de ser um vacúolo alimentar, e passa a ser um vacúolo residual e através da clasmocitose é eliminado; o lisossomo primário é o lisossomo propriamente dito, isto é, apenas a bolsa contendo as enzimas. Ao terminar a digestão, o lisossomo secundário pode acumular moléculas que não foram digeridas, estas bolsas cheias de resíduos da digestão são denominadas corpos residuais. Os corpos residuais são, geralmente, eliminados da célula por clasmocitose (também chamado de defecação celular). Quando as partículas a serem englobadas forme liquidas o processo denomina-se pinocitose. Portanto haverá a formação do pinossomo. Algumas células são capazes de exteriozar lisossomos para destruir componentes extracelulares, por exemplo, na formação de tecido ósseo, em que é necessário eliminar primeiro as células ósseas antigas. São, portanto originados no Complexo de Golgi e estão presentes em todas as células eucariontes.

Tipos de lisossomos

1 – Lisossomos primários – é o lisossomo propriamente dito, ou seja, a vesícula possuindo no seu interior as enzimas digestivas.

2- Lisossomos secundários – denominam-se também de vacúolo digestivo da fusão do lisossomo primário com a partícula englobada.

3 – Corpúsculo Residual – é a vesícula lisossômica que por exocitose elimina na periferia celular o material não assimilado.

4 – Vacúolo Autofágico – forma-se quando a vesícula lisossômica digere uma partícula pertencente à própria célula. A autofagia é uma atividade indispensável á sobrevivência da célula.

Função dos lisossomos

Digestão intracelular: A digestão ocorrerá no interior dos vacúolos digestivos, que são bolsas originadas pela fusão do lisossomo com o fagossomo ou pinossomo e contêm partículas capturadas do meio externo. A digestão intracelular pode ser classificada em:

Autofagia que é quando os lisossomos digerem uma partícula pertencente á própria célula. No casa, da cauda do girino, o gatilho para o “suicídio”, um caso de apoptose, é o aumento da concentração do hormônio tiroxina, liberado por certas células da rã. Células expostas em laboratórios a alta concentrações de tiroxina morrem mesmo que o animal não tenha chegado na fase adulta. No entanto, se as concentrações de tiroxina são mantidas abaixo dos níveis normais a cauda persiste, mesmo na rã adulta. A apoptose também pode participar de remodelações somáticas, como, por exemplo, a reabsorção da membrana interdigital em embriões humanos. Quando a alteração do metabolismo celular, principalmente devido a hipóxia, diminui-se a produção de ATP, o qual é vital para a manutenção da integridade das membranas. Assim, diante da baixa quantidade de energia, a membrana do lisossomo se pela rompe, liberando enzimas hidrolíticas. O efeito da destruição dessas enzimas sobre a célula denomina-se de autólise que é semelhante ao processo de autofagia, só que agora não há isolamento da organela a serem destruídas, as enzimas se difundem pelo citoplasma, destruindo este. A digestão intracelular autofágica ocorre quando a degradação do material digerido não vem de fora por meio de fagocitose, isto é quando ela digere material da própria célula e os vacúolos são chamados vacúolos autofágicos. Uma vez que o material ingerido estiver em seu interior, a célula de defesa se autodestruíra (processo chamado de autólise). Estas células de defesa tem a importante função de eliminar agentes agressores ao nosso organismo, e a morte programada é essencial para o desenvolvimento e funcionamento de vários tecidos, protegendo o organismo contra a invasão de agentes causadores de doenças.

Heterofagia que é quando a partícula digerida pelos lisossomos é proveniente do meio extracelular. Na fagocitose as células englobam partículas sólidas que irão lhe servir como alimento. As expansões da membrana plasmática (pseudópodes) que envolvem as partículas e as englobam. Esta partícula fica em uma bolsa que recebe o nome de fagossomo, depois essa bolsa se une ao lisossomo (que contem as enzimas digestivas) para que a digestão aconteça e os materiais úteis sejam aproveitados pela célula. Essa segunda bolsa tem o nome de vacúolo digestivo e o processo todo é chamado de digestão intracelular heterofágica.

Transcitose nada mais é do que o transporte de materiais por meio de uma célula. Esta também atrelado a captação