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Biologia fácil

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Por:   •  12/8/2014  •  2.825 Palavras (12 Páginas)  •  413 Visualizações

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Resumo: Jogos didáticos são ferramentas úteis para os processos de ensino-aprendizagem, pois se apresentam como alternativas que auxiliam a construção de conhecimento pelos alunos. A proposta deste trabalho consistiu na elaboração, confecção, aplicação e avaliação de um jogo didático que auxiliasse o aprendizado da disciplina de Biologia por alunos do terceiro ano do Ensino Médio. O jogo “Biologia Fácil” foi baseado nos conteúdos dos três anos do Ensino Médio e na literatura referente aos jogos didáticos.  

BIOLOGIA FÁCIL: UM JOGO INTERATIVO PARA ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÈDIO DA ESCOLA CEMTI-FRANKLIN DORIA BOM JESUS-PI.

Introdução

Segundo Kamii & Devries (1991), as escolas vêm passando por modificações no sentido de possibilitar formas diferentes de aprendizagem. Essas novas formas são apresentadas de modo que o professor seja um facilitador, permitindo o aparecimento de novas metodologias, pelas quais o aluno possa também construir o conhecimento no processo interativo.

Nessa perspectiva inovações tecnológicas têm sido implantadas na educação através de aulas de informática, acesso à internet e a outros recursos de multimídias. A utilização desses recursos tem possibilitado novos meios de comunicação entre a educação e o seu público alvo, o alunado. Todavia, o professor ainda se depara com muitos obstáculos em sala de aula, principalmente no quesito relações de ensino-aprendizagem. A utilização de jogos didáticos como atividade lúdica, pode facilitar o processo educativo, tornando-o prazeroso e desafiante. Quando recebem a proposta de aprender de uma forma mais interativa e divertida, os alunos tornam-se mais entusiasmados, resultando em um aprendizado significativo (GUEDES et al, 2009).

Dessa forma a importância da utilização do jogo nas escolas, como instrumento facilitador da aprendizagem, uma vez que o mesmo é um fenômeno cultural com múltiplas manifestações e significados que variam conforme a época, a cultura e o contexto. Esses são necessários para que ocorra a socialização, uma vez que essa é realizada por meio de regras que representam o limite entre as relações presente entre as pessoas, alem de desenvolver o trabalho em equipe entre os participantes do jogo, nesse caso os alunos. Pois o que caracteriza uma situação de jogo é a iniciativa da criança ou do adolescente, sua intenção e curiosidade.

O adolescente, em geral, possui uma forte e notável tendência de se envolver em jogos de grupo, pois estes constituem atividade humana espontânea e satisfatória, além de desenvolver a lógica e o raciocínio. Assim é devido ao seu caráter lúdico o jogo didático é uma boa alternativa para se despertar esse interesse através do entusiasmo e motivação. Uma vez que se desperta o interesse dos alunos as possibilidades de trabalho são muito grandes assim como tende a ser a produtividade já que a mediação dos conteúdos pelo professor acaba sendo facilitada.

Ao jogar, a criança ou o adolescente cria e passa a lidar com normas que norteiam as suas brincadeiras individuais e coletivas; o jogo proporciona o aprendizado de regras e de conteúdo, além de envolver o lazer.

O jogo pode ser usado, nas escolas tradicionais e modernas, como veículos propícios para o educador trabalhar de forma conjunta, a formação de hábitos e atitudes positivas.

Os jogos didáticos também acabam contribuindo para o desenvolvimento de outros aspectos como sugerido por Miranda (2001):

(...) mediante o jogo didático, vários objetivos podem ser atingidos, relacionados à cognição (desenvolvimento da inteligência e da personalidade, fundamentais para a construção de conhecimentos); afeição (desenvolvimento da sensibilidade e da estima e atuação no sentido de estreitar laços de amizade e afetividade); socialização (simulação de vida em grupo); motivação (envolvimento da ação, do desfio e mobilização da curiosidade) e a criatividade.

Assim o jogo didático não se restringe apenas a um instrumento facilitador da transmissão do conteúdo, mas acaba por auxiliar em outros fatores de grande importância no ensino. Para ampliar nossa leitura recorremos a Rego (2001) que ressalta que:

...as interações sociais (entre os alunos e o professor e entre as crianças) no contexto escolar passam a ser entendidas como condição necessária para a produção de conhecimento por parte dos alunos, particularmente aquelas que permitam o diálogo, a cooperação e troca de informações mútuas, o confronto de pontos de vistas diferentes e que implicam na divisão de tarefas onde cada um tem uma responsabilidade que, somadas, resultarão no alcance de um objetivo em comum.

Mas apesar das vantagens na utilização dos jogos didáticos como ferramenta de ensino e aprendizagem, ela depende de esforços e comprometimento tanto do professor quanto dos alunos. Em especial do professor que, assim como deveria ser com todas as outras atividades, precisa ter planejado a aplicação desse método assim como ter bem definido os objetivos que se deseja alcançar com essa atividade para que se consiga avaliar os resultados obtidos e conseqüentemente ter sucesso na sua prática.

Para Teixeira; Rocha; Silva (2005), nas brincadeiras realizadas na escola, a criança tem oportunidade de, aos poucos, se sentir segura. Ao exercer sua individualidade, ela estará aumentando sua auto-estima, fazendo com que se integre mais facilmente ao grupo. Os alunos envolvidos por uma atividade lúdica sentem-se mais livres para criticar e argumentar, enquanto que, quando estão expostos somente aos métodos tradicionais de educação, nada mais são do que consumidores de informações prontas.

A respeito das vantagens da utilização de jogos didáticos em sala de aula, é preciso atentar-se para o fato de que o ato de jogar possui de certa forma, um caráter competitivo. Sendo assim, é muito importante salientar que esses jogos não têm a finalidade de gerar competições exacerbadas entre os alunos, e sim de acrescentar à educação um reforço enriquecedor, proporcionando aos alunos momentos de interação, diversão, lazer e de convivência saudável. O ato de competir é intrínseco ao ser humano, porém cabe ao docente demonstrar, com clareza, o objetivo dos jogos didáticos. Segundo Almeida (2003), "o bom êxito de toda atividade lúdico-pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do professor".

O ensino de Biologia é, em geral, tradicional e centralizado em conteúdos extensos e muitas vezes complexos, onde há a necessidade expressiva da memorização de conceitos e nomes. A Biologia, nessa situação, torna-se uma matéria

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