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Chagas

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Por:   •  24/9/2013  •  Tese  •  2.384 Palavras (10 Páginas)  •  608 Visualizações

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RESUMO

Foram revistas evidências experimentais e de casos notificados da transmissão

do Trypanossoma cruzi ao homem e a outros mamíferos por via oral. Esta forma de

transmissão, em especial, decorrente do ciclo enzoótico do parasita.

Além disso, se pesquisou a etiologia do vetor bem como sua epidemiologia, e

distribuição no Brasil e outros países. Revisaram-se medidas profiláticas orientadas

pelo Ministério da Saúde como também medidas que devem ser tomadas quando o

paciente já estiver infectado pelo triatomíneo correspondente à Doença de Chagas na

forma aguda.

INTRODUÇÃO

A Doença de Chagas (DCA) é uma infecção causada pelo protozoário

Trypanossoma cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas seguintes vias: vetorial

(clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e

hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios),

oral (com alimentos contaminados) e transplantes (ANVISA, 2008).

A principal forma de transmissão da doença no Brasil é a vetorial na qual o

barbeiro, após picar a pessoa, deposita sobre a pele as fezes infectadas com o T. cruzi,

que pode penetrar na corrente sanguínea no Brasil (ANVISA, 2008).

A transmissão oral, que ocorria raramente ou em ocasiões especificas nos

humanos, passou a ser mais freqüentemente diagnosticada na região amazônica e está

relacionada à ocorrência de surtos recentes em diversos estados brasileiros,

principalmente na Região Norte. Essa é uma via natural de disseminação de T. cruzi

entre os animais no ciclo silvestre, já que os mamíferos se infectam ao se alimentarem

de insetos (ANVISA, 2008).

No presente trabalho, pesquisou-se um meio de gerar conhecimentos servindo

de estímulo aos pesquisadores a fim de buscar medidas de prevenção e controle da

transmissão oral que constitui de alta morbidade e mortalidade.

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OBJETIVOS

O presente trabalho teve como objetivo revisar e demonstrar a importância da

transmissão oral na epidemiologia da Doença de Chagas e as medidas preventivas

associadas a essa forma de transmissão.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Etiologia

O agente etiológico é o Trypanossoma cruzi, protozoário flagelar que possui

como reservatórios além do homem, mamíferos silvestres e domiciliados que coabitam

ou estão próximos do homem (CVE, 2005).

Transmissão

As formas mais comuns de transmissão da doença de Chagas são aquelas

ligadas diretamente ao vetor, à transfusão de sangue, à via congênita, e mais

recentemente, as que ocorrem via oral, pela ingestão de alimentos contaminados.

Existem outras possibilidades, menos freqüentes, que envolvem acidentes de

laboratório, manejo de animais infectados, transplante de órgãos, através do leite

materno e ainda, mais raramente, a transmissão sexual (FIOCRUZ).

Transmissão Vetorial

A transmissão vetorial da doença se dá através da picada do inseto que, no

momento do repasto, defeca no local e a partir de então se inicia a infecção do

organismo através da introdução das formas infectantes do parasita no local da picada

ou até mesmo pela mucosa íntegra (INFORME TÉCNICO, CVE, 2005).

Transmissão por leite materno

A transmissão pelo leite materno, apesar de relatada por Mazza e cols., em

1936, e por Dias, 2006, há poucos relatados na literatura, o que talvez não justifique a

interrupção do aleitamento pela mãe infectada.

Transmissão por via oral

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Esse tipo de transmissão se caracteriza através do ciclo enzoótico primitivo

deste parasita, quando mamíferos se alimentam de vetores e reservatórios infectados.

No caso do homem, a transmissão via oral se dá através de alimentos contaminados

com o parasita, principalmente a partir de triatomíneos ou de suas dejeções (DIAS,

2006).

Também, pode ocorrer através da ingestão de carne crua ou mal cozida, ou de

alimentos contaminados por urina ou secreção anal de marsupiais infectados, por

acidentes em laboratório ou, mesmo, por meio de hábitos primitivos de ingestão de

triatomíneos (DIAS, 2006).

Geralmente essa transmissão ocorre em locais definidos, em um determinado

tempo, por diferentes tipos de alimentos e ainda com a presença de vetores ou

reservatórios infectados próximos à área de produção, manuseio ou utilização dos

alimentos contaminados com fezes e urina de triatomíneos, ou mesmo por ingestão de

triatomíneos por hábitos alimentares regionais (PANAFTOSA, 2006).

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