Células de tronco, clonagem e bioética
Tese: Células de tronco, clonagem e bioética. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: samandaziani • 5/11/2014 • Tese • 2.758 Palavras (12 Páginas) • 495 Visualizações
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA –UNOESC- CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE
ARTIGO SOBRE CÉLULAS TRONCO, CLONAGEM E A BIOÉTICA
SÃO MIGUEL DO OESTE
2012
Samanda Cristina Ziani
Artigo sobre Células tronco, clonagem e bioética.
Artigo apresentado ao componente curricular de Metodologia Científica da Universidade do Oeste de Santa Catarina, como requisito parcial á obtenção de nota A1, neste 1º semestre letivo/2012, curso de Biomedicina/SMO.
Professor do Componente Curricular: Carlos
SÃO MIGUEL DO OESTE
2012
RESUMO
O presente artigo discute sobre o que acontece nos laboratórios e quais os problemas existentes quanto a novas pesquisas, também define o significado do termo células-troncos totipotentes e pluripotentes e adultas, para os não profissionais sobre a origem delas em cada estágio de desenvolvimento, do embrionário à fase adulta, e trata com a técnica da clonagem in vitro das células-troncos e de suas aplicações com fins terapêuticos e os problemas em relação a ética sobre o uso dessa nova tecnologia.
O padre na televisão
Diz que é contra a legalização do aborto
E a favor da pena de morte
Eu disse: não! Que pensamento torto!
Caetano Veloso
1. INTRODUÇÃO
As pesquisas com células troncos não é certamente uma novidade para os profissionais, desde 1981 elas já tinham sido retiradas de embriões de ratos e outros animais, estudaram suas propriedades e obtiveram importantíssimos resultados, mas somente em 1998 um grupo de pesquisadores conseguiram cultivar in vitro células tronco retiradas de um embrião humano.
O fato de terem sido usados embriões humanos e nos futuros benefícios terapêuticos, fizeram a pesquisa com células tronco sair dos laboratórios e ganhar as paginas dos jornais. Pois se trata de pesquisascom um grande impacto na luta contra doenças que até hoje não existem tratamentos definitivos, o numero de pessoas que poderão se beneficiar desses novos tratamentos é muito grande.
Este artigo quer oferecer alguns elementos essenciais para que o leitor tenha uma ideia do que esta acontecendo e porque razão podemos esperar tais benefícios, seus debates e polemicas geradas.
2.CÉLULAS TRONCOS E CLONAGEM
Todos nós já fomos uma célula única, resultante da fusão de um óvulo e um espermatozoide. Esta primeira célula já tem no seu núcleo o DNA com toda a informação genética para gerar um novo ser, logo após a fecundação, ela começa a se dividir, uma célula em duas, duas em quatro, quatro em oito e assim por diante. Pelo menos até a fase de oito células, cada uma delas é capaz de se desenvolver em um ser humano completo. São chamadas de totipotentes. Na fase de oito a dezesseis células, as células do embrião se diferenciam em dois grupos sendo um grupo de células externas que vão originar a placenta e os anexos embrionários, e uma massa de células internas que vai originar o embrião propriamente dito.
Após 72 horas, este embrião, agora com cerca de cem células, é chamado de blastocisto. É nesta fase que ocorre a implantação do embrião no útero, essas células do blastocisto é que vão originar todos os tecidos do corpo humano e são chamadas de células troncos embrionárias pluripotentes, que a partir daí elas começam seu processo de especialização que vão originar outros tecidos como o fígado, cérebro, ossos e etc.Nesse período é necessário desmanchar o embrião a fim de retirar as células. Também pode se retirar células tronco adultas são chamadas de hematopoiéticas, são células neurais e da medula óssea, são células pluripotentes geram células de outros tecidos e também abrem possibilidades de transplantes de órgão do próprio paciente, mas essas células são muito difíceis de encontrar em um individuo adulto, em contraste com as células troncos embrionárias.
Porém em outubro de 2004, foi aprovado o projeto de biossegurança que permite, apenas para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células troncos obtidas de embriões produzidos por fertilização in vitro e não retiradas do útero, pois a retirada dessas células troncos implica a destruição de embriões.
As técnicas de clonagem avançaram muito nos últimos anos, mas a clonagem de seres humanos ainda está muito longe de acontecer, por alguns motivos já conhecidos que é a questão ética e religiosa, que se colocam contra qualquer experiência neste sentido, por outro lado, governos de vários países proibiram esses estudos por acharem ser um desrespeito com a ética do ser humano. Mas que interesse pode haver em fazer artificialmente uma coisa que já ocorre naturalmente com gêmeos monozigóticos, o objetivo não é simplesmente obter dois indivíduos com a mesma bagagem genética e talvez, com feições físicas muito semelhantes, mas nunca iguais, porque cada um de nós como individuo com seu caráter e qualidades físicas e intelectuais, não é simplesmente produto de seus genes, mas sim de uma grande interação entre o desenvolvimento entre os genes e o ambiente. Os objetivos que nos propomos com a clonagem estariam, de qualquer modo, fora de nosso alcance, até porque ela é um método muito complexo e muito difícil, Dolly o primeiro mamífero a ser clonado surgiu depois de quase 300 tentativas, sendo que na clonagem humana são usados embriões humanos para a experimentação, método proibido na maioria dos países, e de difícil acesso.
3.CÉLULAS TRONCO TOTIPOTENTES, PLURIPOTENTES.
No estágio de oito células,o óvulo fecundado possui uma extraordinária propriedade, a totipotência, que define o zigoto e as suas primeiras segmentações como células tronco totipotentes,
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