Doenças Causadas Por Virus E Bacterias
Dissertações: Doenças Causadas Por Virus E Bacterias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kall.brezolin • 4/10/2014 • 2.935 Palavras (12 Páginas) • 484 Visualizações
5 doenças causadas por vírus:
1. Caxumba
A caxumba ou parotidite é uma doença contagiosa e aguda caracterizada pela inflamação aguda da parótida e também conhecida como trasorelho no Brasil e papeira no norte do Brasil. A parotidite é causada por um vírus, que foi isolado em 1937. Trata-se de uma doença contagiosa, com um grau de transmissão inferior ao do sarampo, por exemplo. Os vírus encontram-se nas secreções da boca e do nariz, na saliva e propagando-se pelo contato que uma pessoa sadia tiver com os objetos pessoais de um doente, tais como talheres, copos, pratos, toalhas, etc.
É muito raro que uma pessoa tenha dois ataques de caxumba durante a vida, embora já se conheçam casos em que a doença atacou três vezes uma mesma pessoa. Um ataque, geralmente, provoca imunidade permanente contra a doença já que induz à criação de anticorpos para combatê-la.
Devido às suas complicações, esta doença é mais perigosa nos adultos que nas crianças. As crianças são atacadas mais dos cinco aos quinze anos de idade e raramente antes do dez meses. As complicações mais freqüentes são as inflamações das glândulas sexuais, originando esterilidade nos homens e inflamações no cérebro. Pode, também, provocar surdez e doenças nos rins. Todavia, a doença é quase sempre benigna, a ponto de as pessoas que a contraem sequer tomarem consciência do contágio.
Os primeiros sintomas da doença ocorrem entre doze e vinte e seis dias, após o contágio, quando a pessoa sente uma dor abaixo da orelha, na região das parótidas, precedida por calafrios, febre, dor de cabeça e perda de apetite, provocando inchaços no rosto do doente, quase sempre de um único lado e dura poucos dias. Ao tentar se alimentar a dor aumenta e a temperatura do corpo pode chegar a 40º C, no segundo ou terceiro dia. A febre diminuirá em uma semana, aproximadamente.
O tratamento requer repouso e higiene bucal feita com gargarejos com substâncias anti-sépticas. A dieta, depois que a temperatura estiver mais baixa, deverá constar de alimentos líquidos ou suaves como sopa, caldos, etc. Poderão ser aplicadas compressas de água quente no local da dor. O paciente deve ser mantido isolado e as pessoas que tratarem dele não poderão entrar em contato com a sua saliva e nem se aproximar muito do seu nariz e da sua boca.
As doenças secundárias, associadas à parotidite desenvolvem-se, geralmente, quando a inflamação ultrapassa as parótidas, podendo resultar em inflamação nos testículos (no homem) ou nos ovários (na mulher). A parotidite raramente é mortal.
Para as crianças, não é recomendada a vacinação contra a doença, já que a infecção infantil é quase sempre benigna, a não ser que elas vivam em locais onde se registram muitos casos da doença. Nos adultos, por outro lado, a vacinação é muito importante. A vacina foi descoberta em 1945, obtida a partir da injeção do vírus em ovos.
2. Ebola
Em 1994 o Zaire teve de enfrentar um inimigo aterrorizante, responsável por centenas e centenas de mortes na região da cidade zairense de Kikwit: o Ebola.
O Ebola é um vírus emergente, nome dado a vírus até então desconhecidos que atacaram e mataram no mundo todo nos últimos anos - inclusive no Brasil.
A primeira aparição desse temível microorganismo foi em 1967, na cidade de Marburg, Alemanha. Cientistas que trabalhavam com macacos importados da África foram contaminados e morreram, com seus corpos sendo incinerados. O vírus apareceria mais tarde no Sudão e no vale do rio Ebola, no norte do Zaire; este último sendo a mais mortífera de todas as formas do vírus, matando em 90% dos casos. Até hoje, porém, não se sabe quem ou qual é o hospedeiro do vírus e por que as epidemias provocadas por ele aparecem, desaparecendo pouco depois. A origem do vírus também é desconhecida, embora alguns virólogos acreditem que ele tenha surgido no interior de uma caverna no Quênia. Até agora sabe-se que o vírus é transmitido por fluidos corpóreos infectados, como o sangue, a saliva, a urina e as secreções nasais.
A febre hemorrágica causada pelo Ebola provoca uma espécie de implosão dos tecidos internos do doente. Os primeiros sintomas são dor de cabeça, febre e cansaço. Pouco depois a pessoa infectada passa a expelir sangue por todas as cavidades do corpo, a vomitar um líquido negro e de odor nauseabundo, começando a perder a consciência nesse estágio da doença. A partir daí tem início a destruição: os órgãos internos são praticamente liquefeitos e o paciente vomita pedaços de tecidos vitais, como os pulmões, e defeca os intestinos. Cerca de nove dias após a infecção o paciente está morto.
3. Gripe
Doença altamente contagiosa, transmitida por vírus, que aparece em surtos repentinos e de pouca duração. É uma doença muito semelhante ao resfriado e é também conhecida como influenza.
No outono e na primavera, o contágio é mais freqüente. Os sintomas gripais são parecidos com os do resfriado comum, mas um pouco mais fortes. Após o contágio, a pessoa é acometida por dores de cabeça, nas costas, nos braços e nas pernas, acompanhados de calafrios, febre, tosse e dor de garganta. Existe uma grande produção de secreções nos brônquios e na região nasofaríngea. Como a enfermidade prejudica a resistência do aparelho respiratório, o paciente fica sujeito à ação de outros micróbios. Infecções secundárias não são raras em um paciente com gripe. Bronquite, tosse e expectoração são complicações típicas da gripe.
Uma pessoa gripada deve permanecer em repouso na cama para evitar complicações; deve ingerir bastante líquido, especialmente durante a febre; o contato com terceiros tem de ser evitado. A febre, por outro lado, pode ser controlada com antitérmicos ou compressas de água fria. Uma alimentação leve é a mais adequada neste caso. Na eventualidade de infecção bacteriana, o médico deverá administrar antibióticos ao paciente.
O organismo deverá produzir anticorpos para combater o vírus, o que garantiria imunidade depois que o paciente estivesse restabelecido; todavia, o vírus gripal tem uma taxa muito alta de mutação; assim, o paciente defrontar-se-á com um vírus diferenciado e contrairá gripe novamente, dependendo do surto, das suas condições físicas e exposição ao contágio.
Existe uma vacina contra a gripe que garante, na maioria dos casos, imunidade por um ano. As pessoas mais sujeitas a complicações devidas à doença, pessoas internadas, médicos, enfermeiros e trabalhadores de hospitais, clínicas e casas de saúde, bem como profissionais
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