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Doenças Peroxissomais

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Por:   •  5/4/2013  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  1.927 Visualizações

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Doenças peroxissomais:

As doenças peroxissomais são um grupo de doenças metabólicas geneticamente heterogêneas que compartilham disfunções peroxissomais. Estas disfunções estão associadas a mudanças fundamentais e até mesmo fatais no desenvolvimento neurológico humano. À exceção da adrenoleucodistrofia, doença ligada ao cromossomo X, as outras doenças peroxissomais são autossômicas recessivas. São elas:

• Síndrome de Zellweger:

Em células do fígado, rins e cérebro, dos pacientes com essa síndrome, são encontradas peroxissomos fantasmas (vazios), os quais contêm as proteínas de membrana, mas não possuem a maioria das proteínas da matriz. Isto ocorre, porque as proteínas não são importadas para os peroxissomos. Em alguns pacientes portadores da SZ, verifica-se a incapacidade de importação para a matriz peroxissomal de proteínas que contém o sinal carboxiterminal SKL, mas ocorre a importação de proteína hidroxilase que contém a pré-sequência amino-terminal. Dessa forma há acumulo de ácidos graxos de cadeia muito longa, falta de plasmalogênio nas membranas e outras falhas nas funções peroxissomais.

Os pacientes com essa síndrome apresentam distúrbios severos em diversos órgãos, salientando-se as má-formações ósseas e o retardamento mental, raramente sobrevivendo ao primeiro ano de vida.

• Adrenoleucodistrofia:

Esta doença caracteriza-se por uma alteração do metabolismo dos peroxissomos, resultando em um acúmulo de ácidos graxos de cadeia altamente longa (AGCML) formados por 24 a 26 átomos de carbono no organismo, especialmente no cérebro e nas glândulas adrenais (também chamada de suprarrenais). Este acúmulo está relacionado ao processo de desmielinização dos axônios acometendo as transmissões dos impulsos nervosos e a insuficiência adrenal.

Existem diferentes formas da doença, que são:

-Neonatal: este tipo manifesta-se nos primeiros meses de vida. Os genes afetados responsáveis pela forma neonatal da ALD, não se localizam no cromossomo Y, ou seja, afeta tanto indivíduos do sexo masculino quanto do feminino. Neste caso, os portadores apresentam um tempo de sobrevida de 5 anos. O quadro caracteriza-se por retardo, disfunção adrenal, deterioração neurológica, degeneração da retina, convulsões, hipertrofia hepática, anomalias faciais e musculatura fraca.

-Clássica ou infantil: esta é a forma mais grave da ALD, sendo apresentada por aproximadamente 35% dos portadores da doença. Manifesta-se entre os 4 a 10 anos de idade, sendo que o tempo de sobrevida gira ao redor dos 10 anos. A sintomatologia apresentada por esses pacientes são: problemas de percepção; disfunção adrenal; perda de memória, da visão, da audição, da fala; problemas nos movimentos de marcha; demência severa.

-Adulta: esta forma é mais leva do que a clássica, manifestando-se no início da adolescência ou no início da idade adulta. Este tipo apresenta sobrevida de décadas. O quadro clínica caracteriza-se por dificuldade de ambulação, disfunção adrenal, impotência, incontinência urinária e deterioração neurológica.

-ALD em mulheres: embora esta doença manifeste-se especialmente nos homens, mulheres portadoras também podem apresentar uma forma leve

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