TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

EVTANAZIA

Projeto de pesquisa: EVTANAZIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  195 Visualizações

Página 1 de 6

EUTANÁSIA

1. Conceito

Eutanásia é uma palavra grega que significa ‘’boa morte’’. Tema cercado de discussões éticas e religiosas. Na concepção religiosa, em especial o Judaísmo e Cristianismo, não é admitida, por se considerar a vida uma dádiva dada por Deus e que somente ele a pode retirar.

Para o doutrinador Paulo Daher Rodrigues: “A eutanásia, no vocábulo científico, significa a morte do paciente que sofre de moléstia incurável e aflitiva, através da aplicação ou interrupção de medicamentos.”

Por se tratar de uma forma de apressar a morte de alguém com uma doença incurável, sem que o mesmo sinta dor ou sofrimento, somente é praticada por um médico com o consentimento do doente, ou da sua família.

Existem espécies de eutanásia que são classificadas quanto ao tipo de ação e quanto ao efeito que ela causa, dependendo da doença ou da forma que acontece a morte.

2. Eutanásia no Brasil

No Brasil, o código penal condena a prática da eutanásia. Dessa forma, o médico que encerra a vida de um paciente por compaixão comete o homicídio simples indicado no art. 121, sujeito a pena de 6 a 20 anos de reclusão.

Por se tratar de vida, que é um direito considerado inviolável pela Constituição Federal, em hipótese nenhuma é aceitável no ordenamento Brasileiro. Apesar disso, este é um tema de bastante controvérsias, que tem sido abordado pela comissão de juristas que trabalha em um novo Código Penal.

Se no Brasil, a eutanásia é considerada homicídio, na Holanda é permitida por lei, única forma que a legislação atual brasileira não pune, é quando o doente, absolutamente sozinho se mata, por iniciativa e vontade própria, neste caso, nem mesmo a tentativa pode ser punida, uma vez que se o agente quer se dar a pana máxima, de nada adiantaria lhe atribuir uma punição para que não reitere nessa conduta.

A comissão de reforma do Código Penal brasileiro expõe essa questão e traz uma alternativa, o projeto que diz: § 3.º. Se o autor do crime é cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão ou pessoa ligada por estreitos laços de afeição à vítima, e agiu por compaixão, a pedido desta, imputável e maior de dezoito anos, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave e em estado terminal, devidamente diagnosticados: Pena – reclusão, de dois a cinco anos.

O seguinte parágrafo diz: § 4.º. Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente ou, em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão.

Isso quer dizer que estes dispositivos revelam que a tendência da comissão é manter criminalizada a eutanásia, excetuando quando o agente deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, ou seja, ligado a aparelhos, desde que previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente ou de parentes.

3. Posicionamentos favoráveis

Por ser tratar de um assunto polêmico e conflituoso há diferentes opiniões, aos que veem essa como melhor alternativa a legalização, teria a vantagem da clareza, pois ela poria fim á hipocrisia da situação atual de tolerância, permitindo assim que esse ato tão condenado pelos insensíveis abandonasse o seu caráter clandestino, com o fim de garantir um controle mais eficaz da mesma e de prevenir seus abusos. Feito isso o paciente desenganado teria o direito de morrer com dignidade.

Rebatem o argumento de que somente Deus pode tirar a vida, pois é algo muito incerto que nem todos acreditam e não há comprovações, até porque a vida não tem uma definição muito clara, pois se assim fosse como explicar o suicídio, onde o próprio autor é quem decide sobre sua vida.

Fazendo um paralelo com o aborto, que deve sempre ser admitido em casos excepcionais, a mulher pobre resulta muito mais protegida quando ele é regrado claramente pelas leis do Estado racional e não pelos obscurantistas argumentos religiosos.

Pacientes, alguns deles, pedem para seus médicos que ‘’amenizem’’ sua dor, pois não suportam viver com tamanho sofrimento, as defensores ressaltam que a eutanásia longe de aparentar-se com homicídio, perfila-se como uma ajuda prestada para quem a vida perdeu toda a dignidade. Assim, a legalização da eutanásia supõe o primeiro passo de um processo lógico inevitável. O que os defensores da não legalização não conseguem admitir é que a eutanásia somente seria aplicada nos casos extremos.

O pedido de eutanásia corresponde a uma escolha puramente privada, que só cabe ao interessado e não prejudica de modo algum ao próximo, diz alguns médicos.

É sempre ressaltado que inevitavelmente, vidas são diariamente abreviadas nos hospitais brasileiros pelas mais diversas razões e com os métodos mais variados. Prolongar artificialmente a vida tem um custo muito alto. Os custos cobrados pelos tratamentos intensivos e de doenças prolongadas, aumentando ainda mais o sofrimento do paciente, não é uma questão de custos mas de alivio para com aquele que sente dor, sem qualquer perspectiva ou esperança de melhora, isso

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.4 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com