Eritroblastose
Resenha: Eritroblastose. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Miria34 • 8/5/2013 • Resenha • 393 Palavras (2 Páginas) • 722 Visualizações
A eritroblastose fetal, também denominada doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido, surge quando uma mãe Rh- que já tenha gestado um filho Rh+ (ou que já tenha entrado em contato com sangue Rh+, durante uma transfusão sanguínea inadequada) dá à luz uma criança com sangue Rh+.
Após o primeiro parto, ou da acidental transfusão, o sangue da mãe entra em contato com o sangue do concepto e produz anticorpos contra os antígenos existentes nas hemácias caracterizadas pelo Rh+. Posteriormente a segunda gestação, esses anticorpos podem transpor a placenta e causar hemólise do sangue do segundo filho. Esta reação nem sempre acontece e é menos comum quando o feto apresentar antígenos A ou B e a mãe não os possuir.
Normalmente, não são encontrados na corrente sanguínea os anticorpos anti-Rh, sendo produzidos apenas em situações específicas, como as descritas acima, por indivíduos Rh-. Pessoas Rh+ nunca produzirão anticorpos anti-Rh, pois caso isso ocorresse, provocariam a destruição de suas próprias células.
Após o nascimento, ocorrer no organismo do recém-nascido uma intensa destruição de hemácias, o que resultará em uma anemia profunda, além de uma icterícia adquirida, em resposta ao acúmulo de bilirrubina, sintetizada no fígado a partir de hemoglobina das hemácias destruídas. Como conseqüência da anemia, são produzidas e liberadas na corrente sanguínea hemácias imaturas, denominadas eritroblastos, sendo oriundo daí o nome da afecção.
Essa condição de incompatibilidade pode levar à morte da mãe ou do concepto, além de também representar uma importante causa de incapacidade prolongada, como danos cerebrais e insuficiência hepática.
Quando o grau de sensibilização da mãe é pequeno, os problemas manifestam-se apenas após o nascimento da criança. Nesses casos, substitui-se todo o sangue do recém-nascido por sangue Rh-. Deste modo, os anticorpos presentes no organismo da criança não terão hemácias para aglutinar. Uma vez que estas células apresentam uma meia-vida de três meses, as hemácias transferidas são gradualmente substituídas por outras geradas pela própria criança. Quando completa-se a substituição total, já não estarão mais presentes anticorpos maternos anti-Rh na circulação do filho.
Existe a possibilidade da realização de exames intra-uterinos para elucidação do tipo sanguíneo do concepto, porém estes são contra-indicados, para evitar a possibilidade de troca sanguínea entre mãe e feto.
A prevenção pode ser feita com o uso de antisoros anti-Rh (+). Neste caso, sempre que a mãe apresentar sangue Rh-, é importante conhecer o tipo sanguíneo do pai.
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