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Força

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Por:   •  15/3/2015  •  1.100 Palavras (5 Páginas)  •  402 Visualizações

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Força

Força é energia que permite deslocar objetos e vencer resistências extremas, ou mesmo as do nosso próprio corpo,independentemente do fator tempo. Permite, assim, superar ou contrair as resistências ao movimento, com base em forças internas(produzidas por contração muscular, ações dos tendões e ligamentos) e forças externas (gravidade, atrito, oposição).

Para além de ser necessária para o movimento, a força aplica-se também:

♦ Na ‘‘ resistência muscular ”. que mais não é do que o uso prolongado desta capacidade:

♦ Na ‘‘resistência á fadiga’’, que depende fundamentalmente da quantidade de sangue bombeado pelo coração em cada contração sistólica.

♦ Na “velocidade”, que não seria possível sem níveis de força adequados

A força tem como variantes:

 A força máxima

 A força rápida ou potência

 A força resistente

Pode ainda ser:

♦ geral, quando é visada a potenciação de todos os grupos musculares;

♦especifica, se pretendemos desenvolver um ou vários grupos musculares característicos dos gestos desportivos de uma determinada modalidade.

Treino da força

Para que esta capacidade seja corretamente treinada é preciso saber que a fibra muscular se contrai de acordo com a ‘‘lei do tudo ou nada”, isto é, ou não se contrai, ou, quando o faz, é sempre no limite máximo das suas possibilidades. Por isso o treino desta faculdade neuromuscular tem de visar a estimação dos grupos musculares perto dos seus limites máximos e tendo em consideração os seguintes princípios:

♦ esforços de curta duração com cargas elevadas;

♦ intervalos prolongados (recuperação total);

♦número pequeno de repetições.

Este é o método que permite estimular o maior número de unidades motoras ( sendo cada uma destas o conjunto que integra um determinado número de fibras musculares e o neurônio sobre o qual este atua) e, consequentemente, um maior desenvolvimento da força.

No treino da força utilizam-se três tipos se cargas:

♦ carga máxima – onde só se consegue uma ou duas repetições e todas as fibras musculares são solicitadas, sendo o fator preponderante a resistência máxima a vencer;

♦ carga submáxima com muitas repetições – procura-se o nível de resistência de força ( quando as fibras utilizadas se fatigam são substituídas por outras, até que todas estejam cansadas), sendo os fatores predominantes o volume e a duração;

♦ carga submáxima com velocidade máxima – a velocidade vai solicitar o trabalho de todas as fibras, sendo o fator preponderantes a velocidade de execução do movimento.

O trabalho muscular pode revestir essencialmente duas formas:

♦ trabalho isométrico (ou contração estática) – trabalho muscular sem produção de movimento: o músculo não altera o comprimento e o trabalho produzido é nulo, a resistência e a contração são iguais, portanto não há movimento:

♦ trabalho isotônico (ou contração dinâmica) – existe movimento durante a produção de energia muscular. É o mais vulgar e pode apresentar dois tipos distintos de contração:

♦ concêntrica – quando o esforço muscular vence a resistência. Por exemplo, quando, em suspensão numa barra, se faz flexão de braços;

♦ excêntrica – quando a resistência vence a força muscular empregue. Por exemplo, quando em suspensão numa barra, somos puxados para baixo por uma força que não conseguimos vencer, e baixamos lentamente.

Assim, sendo o objetivo o aumento da força física do atleta, é indispensável utilizar todos os movimentos capazes de aumentar o número de fibras em regime de esforço, provocando uma múltipla contração, e também aumentar a frequência das transmissões de impulsos ás fibras, com a finalidade de as manter em constante tensão. É para alcançar estes objetivos que se utiliza o sistema de repetições e rapidez no exercício.

Os testes de condição física

Os testes de condição física que podem ser usados nas aulas são:

1. Força rápida de pernas – sem corrida de balanço, salto horizontal a pés juntos, com a extensão do corpo e a ajuda do movimento dos braços;

2. Força rápida de braços – lançamento de uma bola á distancia máxima, em pé, em posição fixa;

3. Força resistente de braços (1) – deitado de costas no solo e agarrando com as mãos uma barra colocada alcance dos braços estendidos, executar o maior número possível de flexões de braços em 30 segundos;

4. Força resistente de braços(2) – deitado facilmente no solo, executar o maior número de flexões de braços em 30 segundos, tendo as mãos apoiadas no banco sueco ou no plinto;

5. Força resistente abdominal – deitado de costas no solo e de pernas fletidas e unidas, fazer o maior numero possível de flexões de tronco em 30 segundos;

6. Força resistente dorsal – deitado de frente ou facilmente no solo, com os pés presos no espaldar, realizar o maior número possível de elevações do tronco em 30 segundos;

7. Força resistente de pernas - em 30 segundos, dar o maior número possível de saltos a pés juntos, de frente, saltitando entre cada salto sobre um banco sueco

Como pode ser avaliada a força?

A escala funcional de Lysholm que faz a avaliação da força muscular baseada na tabela de eficiência muscular:

0 – ausência de ação muscular palpável;

1 – contração muscular palpável, mas sem produção de movimento do membro;

2 – move o membro, mas com amplitude de movimento incompleta contra a gravidade;

3 – move o membro com amplitude completa de movimentação contra a gravidade;

4 – amplitude completa e força muscular contra alguma resistência;

5 – amplitude completa e força muscular contra resistência total.

A avaliação da força muscular também pode ser efetuada por:

a) técnica manual, que no sistema de Lovett utiliza como critérios objetivos a força da gravidade e a resistência. A classificação é baseada_

- na amplitude do movimento

- no efeito da gravidade

- na quantidade de resistência gerada pelo atleta.

Como facilmente se conclui, trata-se de uma técnica bastante subo jectiva, que dificilmente poderá ser útil na comparação entre os atletas e que enferma de algumas causas de erro, como sejam a experiência, a posição, etc.

b) técnicas mecânicas.

Vejamos alguns dos aparelhos/sistemas desenvolvidos:

b) 1 – Dinamômetro isocinético da Cybex, no qual há controlo da velocidade do movimento e durante o qual se pode medir a força de con¬tracção muscular desenvolvida sobre a articulação.

b) 11 – Verificador muscular manual de Nicholas-Ismat (ISMAT – Institut of Sports Medicine and Athletic Trauma)

Trata-se de um aparelho portátil que é interposto entre a mão do exa¬minador e o membro a testar e objetivamente registra a força necessária para eliminar o movimento. É um aparelho de muito fácil utilização.

b) 111. – Electromiografia (EMG). A força muscularoé determina¬da a partir da soma dos potenciais de ação, pois os autores têm verifi¬cado que existe um aumento paralelo entre a amplitude na EMG e o aumento da força muscular.

b) 1111. – Através da colocação sucessiva de pesos nas máquinas de musculação, em que os atletas terão de ir vencendo a resistência pro¬porcionada pelas cargas adicionadas. Trata-se de um método de fácil execução e sem dúvida o mais disponível.

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