História Da Radiologia
Pesquisas Acadêmicas: História Da Radiologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sarahtolentino • 19/5/2014 • 1.273 Palavras (6 Páginas) • 581 Visualizações
História da Radiologia
13 de agosto
2013
A descoberta do raio X foi fenomenal, repercutindo imediatamente no meio social e científico. Com informações básicas e condições de materiais, muitos repetiram a experiência e ate mesmo inovaram. A seguir: Um relato pioneiro pelo mundo com ênfase no Brasil, com destaque as primeiras radiografias realizadas na América do Sul.
As primeiras radiografias
Por mais de três semanas de pesquisa Roentgen materializar a sua descoberta e compartilhar 1895 e tanta dedicação e isolamento já começavam a incomodar a sra. Roentgen. Levada ao laboratório pelo marido, colocou a sua mão sobre uma placa fotográfica, manteve-se imóvel por 15 minutos como havia sido recomendado, enquanto observava aquela luz que, a cerca de 20 cm de sua mão, proporcionava uma luminosidade peculiar à sala. Após alguns minutos, seu marido voltava com aquela mesma placa fotográfica, já revelada, na qual se distinguiam os ossos de uma mão e aquela sombra que lhe lembrava - o anel de casamento. Foi como se estivesse vendo o retrato de sua própria morte. Sim, este foi o sentimento mais forte relatado pela sra. Roentgen, os mesmos sentimentos experimentados por aqueles que tiveram a oportunidade de ver, pela primeira vez, as imagens obtidas daquela luz estranha.
Roentgen realizou, assim, a primeira radiografia de uma pessoa. Era preciso, no entanto, estudar e documentar a ação daquela luz em outros elementos.
Que estranhos raios eram estes? Tal como a luz, produzem sombras. Invisíveis, não sofrem reflexão, refração ou mesmo a ação do campo magnético, mas, certamente, se originam dos raios catódicos quando estes colidem na parede de vidrodo túbuo a vácuo.
Perdido o anonimato, Roentgen em 14 de janeiro de 1896, foi convidado para uma homenagem e demonstração de sua descoberta. Em 23 de janeiro de 1896, fez a leitura de seu trabalho para a comunidade acadêmica na Universidade de Würzburg e demonstrou a ação dos raios X ao radiografar a mão do famoso anatomista Von Kölliker.
Seu colega Franz Exner dos tempos da Escola Politécnica em Zurich, nessa época professor do Departamento de Físico química do Instituto de Viena, reuniu um grupo de colegas para discutir e reproduzir as experiências de seu amigo. Foi a partir deste encontro que a descoberta virou notícia na imprensa e ganhou o mundo. O grupo de Viena entusiasmou-se com os estudos e, no final de janeiro, os doutores Eduard Haschek e Otto Lindenthal, usando a mão de um cadáver, injetaram uma mistura de cal, mercúrio e petró-leo pelo sistema vascular, realizando o primeiro estudo angiográfico.
A descoberta rapidamente se espalhou pelo mundo, e onde existiam tubos de raios catódicos logo se repetiram as experiências e inicialmente ficou conhecido como “Roentgen Photography”, foi objeto de atenção, espanto, curiosidade, pesquisas e comercialização em todo o mundo.
Em 13 de janeiro, na Grã-Bretanha, Campbell Swinton, um engenheiro escocês, realizava a primeira radiografia. Os norte-americanos, mesmo reconhecendo o caráter inadvertido e inexplicável, gostam de mencionar que a primeira radiografia na América foi realizada por Arthur Goodspeed, da Universidade de Pensilvânia, em 1890. No dia 27 de janeiro de 1896, Arthur W. Wright realiza o primeiro estudo intencional l, ao radiografar diferentes artefatos metálicos de densidades diferentes e alguns objetos, publicado em 1º de fevereiro. o New York Journal publicava um artigo em que John Trowbridge radiografava pela primeira vez os ossos de uma mão. Em 3 de fevereiro, o astrônomo Edwing Frost radiografou o punho de um paciente que mostrava fratura distal do rádio e ulna. Mérito teve Michael Pupin, da Universidade de Columbia, que em fevereiro de 1896 realizou a primeira radiografia utilizando um écran fluoroscópio, presente de seu amigo Thomas Edison. O uso de tela fluorescente para diminuir o tempo de exposição aos raios X e melhorar a qualidade de imagem. Radiografias de um paciente ferido por arma de fogo, realizadas por Michael Pupin, usada à técnica convencional, sendo necessários vários minutos, com resultado insatisfatório. Pupin, então, resolveu utilizar a tela intensificadora e o resultado foi surpreendente e com apenas poucos segundos de exposição. Estava consagrada a técnica, utilizada então, até os dias de hoje.
A radiografia tornou-se rapidamente objeto de consumo. O mesmo procedimento de radiografar objetos, mãos e pés foram realizados em outros países.
O cientista polonês Karol Olszewski (também o primeiro a conseguir liquefazer o oxigênio), no início de fevereiro, realizava a primeira aplicação clínica, radiografando um cotovelo, com 30 minutos de exposição aos raios X, em que se notava uma luxação.
Assim, fazendo radiografias de objetos e de extremidades, repetindo o trabalho de Roentgen ou algumas vezes inovando, foi surgindo esta nova arte que trouxe mudanças radicais na medicina e no mundo científico.
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