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História da bulimia

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Por:   •  26/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.821 Palavras (8 Páginas)  •  416 Visualizações

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Introdução

A Bulimia Nervosa é um transtorno alimentar psiquiátrico que tem preocupado a cada dia mais os profissionais de saúde, visto que pode levar especialmente mulheres jovens à morte. Trataremos a seguir a respeito do histórico da patologia, suas causas, epidemiologia, como é diagnosticada, sintomas, tratamento, o papel do enfermeiro no tratamento da BN e um estudo de caso.

Histórico da Bulimia

O termo boulimos já era usado séculos antes de Cristo. Hipócrates usava esse termo para designar uma fome doentia, diferente da fome fisiológica.

O termo bulimia nervosa foi dado por Russell (1979) e vem da união dos termos gregos boul (boi) ou bou (grande quantidade) com lemos (fome), ou seja, uma fome muito intensa ou suficiente para devorar um boi.

A descrição de bulimia nervosa, tal como conhecemos hoje, nasce com Gerald Russell (1979) em Londres, a partir da descrição de pacientes com peso normal, pavor de engordar, que tinham episódios bulímicos e vômitos auto-induzidos. Como algumas dessas pacientes haviam apresentado anorexia nervosa no passado, considerou, em um primeiro momento, que a bulimia seria uma seqüela desta.

A bulimia nervosa caracteriza-se por grande ingestão de alimentos com sensação de perda de controle, os chamados episódios bulímicos. A preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal levam o paciente a métodos compensatórios inadequados para o controle de peso como vômitos auto-induzidos, uso de medicamentos (diuréticos, inibidores de apetite, laxantes), dietas e exercícios físicos.

A bulimia nervosa é um transtorno alimentar psiquiátrico cujo tratamento deve ter a participação de uma equipe multiprofissional da área de saúde, composta por médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de enfermagem entre outros, que dentro de suas áreas de atuação irão prestar atendimento e fornecer orientações aos pacientes e seus familiares.

Causas:

Possui causa multifatorial, determinada por fatores psicológicos, sociais, familiares entre outros que interagem entre si de modo complexo, para produzir e, muitas vezes, perpetuar a doença.

Psicológicos: pacientes com bulimia nervosa apresentam uma série de pensamentos a respeito de seus hábitos alimentares e seu peso corporal. De modo geral, possuem auto-estima flutuante, e acreditam que uma das maneiras de resolver os problemas de insegurança pessoal, é possuindo um corpo bonito e bem delineado, e para alcançar seus objetivos, desenvolvem dietas impossíveis de serem seguidas. Eles acreditam que ter o controle sobre o peso corporal, fará ter uma segurança emocional. O problema é que essas dietas restritivas são muito difíceis de serem seguidas, então o paciente após passar por um longo período de restrição ou de jejum, acaba perdendo o controle e comendo compulsivamente, assim acabam usando métodos inadequados para compensar o excesso alimentar, como laxantes, vômitos e diuréticos.

Sociais: O paciente com bulimia é geralmente desorganizado, tanto na vida pessoal, quanto na vida social. Eles estão sempre em busca da perfeição, e por vezes não estão satisfeitos com a profissão, ou com os relacionamentos interpessoais. Os especialistas acreditam que a tentativa de regulação e controle da alimentação seja uma tentativa de organização e estabilidade. Os bulímicos têm uma idéia de que “ser magra, é ser feliz e bem-sucedida”.

Familiares: As famílias de pacientes com bulimia são descritas muitas vezes como perturbadas, mal organizadas, com dificuldade de expressar afeto e cuidado. O fato do paciente com bulimia já ter baixa auto-estima, e ter um ambiente familiar não favorável, colabora para o surgimento do transtorno.

Epidemiologia

Levantar dados epidemiológicos da Bulimia não é tarefa fácil, uma vez que quem sofre desse transtorno quer escondê-lo, e só busca ajuda depois de muitos anos, quando estão sofrendo as consequências. Porém, estudos demonstram que a incidência da bulimia é de 1 a 4% em mulheres entre a adolescência e início da fase adulta, sendo que esse número pode ser maior.

É um transtorno mais prevalente em mulheres, com profissões que exigem exposição corporal como bailarinas e modelos. Sua incidência também é maior em países industrializados, onde há grande oferta de alimentos, grande disponibilidade de fast food, e ainda grande veiculação na mídia do padrão de beleza e exaltação da magreza.

Diagnóstico

A respeito do diagnóstico realizado pela equipe de enfermagem são necessários: realização de exames biológicos, psicológicos, socioculturais e físicos, dentre os quais se destacam a observação de desvios de comportamento (uso de laxantes, diuréticos, inibidores de apetite e vômitos) e a avaliação familiar.

No diagnóstico da Bulimia Nervosa de acordo com o DSM IV, deve ser observada a presença de:

Compulsão alimentar, onde o paciente não tem controle sobre o alimento, come desnecessariamente, fazendo maior número de refeições do que necessita;

Prevenção do ganho de peso, onde o paciente tem medo excessivo de engordar;

Auto-avaliação do biótipo, onde o paciente se avalia diferente do que realmente é. Muitas vezes o paciente não está acima do peso ou está apenas alguns quilos acima do peso, mas sempre se avalia como uma pessoa gorda, que precisa emagrecer, ter um corpo perfeito;

Hiperfagia, quando há ingestão de grande quantidade de alimento, e o paciente come de uma vez o que poderia comer durante todo um dia.

Sintomas

Bradicardia, Hipotensão e Hipotermia:

Esses sintomas estão relacionados ao estado nutricional do paciente, uma vez que a ingesta insuficiente de nutrientes ou o uso de laxantes, diuréticos e indução do vômito geram um efeito cascata com diminuição do volume sanguíneo devido à desidratação, diminuição de eletrólitos, ocasionado pelos diuréticos, diminuição da termoregulação do organismo e perfusão ineficaz, devido ao volume sanguíneo e também porque o organismo estará desregulado de forma geral.

Arritmia, Insuficiência e hipotrofia cardíaca:

São ocasionados tanto pela perda de peso excessiva, o que pode ocasionar

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