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Insuficiência Cardíaca Esquerda

Artigo: Insuficiência Cardíaca Esquerda. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/9/2013  •  3.840 Palavras (16 Páginas)  •  1.001 Visualizações

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INSUFICIÊNCIA

CARDÍACA CONGESTIVA ESQUERDA

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA

Insuficiência cardíaca congestiva (ICC), também conhecida como insuficiência ventricular esquerda ou somente insuficiência cardíaca, é uma condição fisiopatológica na qual o coração encontra-se incapacitado de bombear sangue a uma taxa ideal para atender às necessidades dos tecidos metabolizadores.

Quando esta condição ocorre, há uma diminuição na taxa de envio de sangue para o organismo, com consequente redução da oxigenação dos tecidos, causando falhas em diversos processos do organismo, como deficiente remoção de água, sal e impurezas da corrente sanguínea.

A sobrecarga do coração faz com que o mesmo acelere seus batimentos na tentativa de compensar a falta de oxigênio tecidual. Como resultado, ocorre emaciação dos vasos sanguíneos, ocorrendo alteração do equilíbrio entre os líquidos intra e extravascular, com consequente migração do líquido intravascular para os tecidos circunjacentes. Este último, juntamente com a diminuição do fluxo sanguíneo contínuo e o fluxo reverso de sangue são os principais fatores causadores do edema pulmonar e da emaciação dos membros inferiores e região abdominal que comumente acompanham da ICC.

Como já foi dito anteriormente, a causa mais comum de ICC é o insuficiente bombeamento de sangue para o corpo pelo coração. A etiologia mais comumente observada é a doença arterial coronariana grave, responsável por reduzir o fluxo sanguíneo à musculatura cardíaca. Caso o indivíduo sofra um infarto, o tecido fibroso resultante do processo de cicatrização se contrai e diminui a capacidade de bombeamento de sangue. Outra causa é a estenose valvular, que pode ser causada por um defeito congênito ou pela febre reumática, por exemplo. Um aneurisma cardíaco de grandes dimensões também pode levar à redução da capacidade de bombeamento sanguíneo pelo coração.

Menos frequentemente, a origem do problema pode residir em moléstias que acometem a musculatura cardíaca, que pode ser causada por consumo excessivo de bebidas alcoólicas, infecções virais, depósito de ferro ou de proteína amiloide no tecido cardíaco. Arritmias cardíacas também podem resultar em ICC, bem como disfunção diastólica (comum em pacientes idosos e com hipertensão).

As manifestações clínicas desta patologia englobam, inicialmente, taquicardia sem causa aparente, falta de ar e fadiga incomum após esforço físico e intolerância ao frio. É comum a pessoa acordar com falta de ar e precisar sentar para poder respirar.

Esta sintomatologia surge em resposta à alta pressão de líquido na circulação pulmonar (congestão pulmonar). O alívio alcançado ao sentar-se é consequência de uma mudança do volume sanguíneo para a metade inferior do corpo, reduzindo a carga cardíaca. Nos casos de ICC avançada, é comum estar presente severa falta de ar e tosse grave com saliva avermelhada ou escura. Também pode haver inchaço dos membros inferiores e aumento de volume do abdômen pescoço.

O diagnóstico é obtido por meio de exame clínico, no qual o médico observa a presença de sopros, na ausculta cardíaca, e chiado, na ausculta pulmonar. Exames complementares podem ser necessários, como:

• Radiografia torácica, na qual é visualizada hipertrofia cardíaca;

• Ecocardiográfica, que evidencia o funcionamento do coração.

Deve-se tratar a doença base responsável por desencadear a ICC, além de tratar o coração insuficiente, por meio da restrição da ingestão de sal, uso de fármacos diuréticos e outros que atuam diretamente na musculatura do coração ou que corrigem a arritmia presente. O transplante cardíaco é feito somente em último caso.

Os efeitos clínicos morfológicos da insuficiência cardíaca esquerda (ICE) resultam primeiramente de um represamento progressivo ao sangue dentro da circulação pulmonar e das consequências da redução do fluxo e da pressão sanguínea periférica.

Aspectos clínicos:

Dispneia (falta de ar) geralmente é a primeira e mais significativa queixa de pacientes com insuficiência cardíaca esquerda; a tosse também costuma acompanhar a insuficiência cardíaca esquerda devido ao transudado de líquido para dentro dos espaços aéreos. Com o avanço do impedimento cardíaco, os pacientes desenvolvem despeia quando deitados (a chamada ortopedia); isto ocorre devido ao aumento do retorno venoso a partir das extremidades inferiores e pela elevação do diafragma durante a posição supina. A ortopedia tipicamente melhora com o ato de sentar ou de ficarem em pé, por isso, tais pacientes geralmente dormem sentados com tronco na posição vertical. A dispneia paroxística noturna é uma forma particularmente expressiva de falta de ar que acorda os pacientes praticamente sufocando.

Outras manifestações de insuficiência ventricular esquerda incluem coração aumentado (cardiomegalia), taquicardia, terceira bulha cardíaca e estertores finos nas bases pulmonares, produzidos pelas respirações através dos edemas pulmonares alveolares. Com a dilatação ventricular progressiva, os músculos papilares são deslocados em sentido lateral, causando regurgitação mitral e murmúrio sistólico. A dilatação crônica subsequente do átrio esquerdo frequentemente é acompanhada por fibrilação atrial, que se manifesta por um ritmo cardíaco “irregularmente irregular". ••.

ICC Esquerda: a Tosse dos Velhinhos nos cães!

A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) esquerda é um problema que acomete principalmente os cães maduros ou idosos de pequeno porte. Ele ocorre por conta de uma falha na valva mitral (uma "portinha", que separa o átrio do ventrículo esquerdo), que permite que o sangue volte de um compartimento para outro do coração. A causa dessa falha pode variar bastante: pode ser um problema genético, pode ser uma doença degenerativa, ou até mesmo uma infecção (comumente causada por bactérias que se deslocam dos dentes com doença periodontal para o coração).

Os cães que têm essa falha apresentam o chamado "sopro cardíaco", que é um ruído diferente que o veterinário ouve enquanto examina o coração, e que ocorre por conta do barulho que sangue faz quando volta de uma câmara para outra. Em condições normais, o sangue flui apenas dos átrios para os ventrículos (ver esquema abaixo);

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