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Intoxicações

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Por:   •  20/11/2013  •  Trabalho acadêmico  •  2.759 Palavras (12 Páginas)  •  249 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Uma substância tóxica é qualquer substância que, quando ingerida, inalada, absorvida, aplicada na pele ou produzida dentro do corpo em quantidades relativamente pequenas, lesiona o organismo por sua ação química. A intoxicação por inalação e ingestão de materiais tóxicos, tanto emocional quanto acidental, constitui um perigo importante para a saúde e uma situação de emergência. O tratamento de emergência é iniciado com os seguintes objetivos:

• Remover ou inativar a substância tóxica antes de ser absorvida;

• Fornecer o cuidado de suporte para manter a função dos órgãos vitais;

• Administrar um antídoto específico para neutralizar uma substância tóxica específica;

• Implementar o tratamento que acelera a eliminação da substância tóxica absorvida. (Brunner & Suddarth – 2011).

2. SUBSTÂNCIAS TÓXICAS INGERIDAS

As substâncias tóxicas deglutidas podem ser corrosivas. As substâncias tóxicas corrosivas incluem agentes alcalinos e ácidos que podem provocar destruição tecidual depois de entrar em contato com as mucosas. Os produtos alcalinos incluem soda caustica, produtos para limpeza de esgotos, produtos para limpeza de vasos sanitários, alvejantes, detergentes não fosforados, produtos para limpeza de forno e pilhas redondas (baterias usadas para acionar relógios, calculadoras ou câmeras). Os produtos ácidos incluem os produtos para limpeza de vasos sanitários, produtos para limpeza de piscinas, limpadores de metais, removedores de ferrugem e ácidos de baterias. (Brunner & Suddarth, 2011).

O controle da via respiratória, ventilação e oxigenação é essencial. Na ausência de lesão cerebral ou renal, o prognóstico do paciente depende, em grande parte, do tratamento bem sucedido da respiração e circulação. São instituídas medidas para estabilizar a função cardiovascular e outras funções orgânicas. O ECG, os sinas vitais e o estado neurológico são rigorosamente monitorados para alterações. Um cateter urinário de demora é inserido para monitorar a função renal. As amostras sanguíneas são obtidas para determinar a concentração da droga ou substância tóxica. São feitos esforços para determinar qual substância foi ingerida; a quantidade; o intervalo de tempo desde a ingestão; os sinais e sintomas, como as sensações de dor ou queimação, qualquer evidência de rubor ou queimadura na boca ou garganta, dor a deglutição ou incapacidade de deglutir, vômitos ou salivação; idade e peso do paciente; e a história de saúde pertinente. (Brunner & Suddarth – 2011).

As medidas são instituídas para remover a toxina ou diminuir sua absorção. O paciente que ingeriu uma substância tóxica corrosiva, que pode ser uma substância ácida ou alcalina forte, recebe água ou leite para ingerir para diluição. No entanto, a diluição não é tentada quando o paciente apresenta obstrução ou edema agudo das vias respiratórias, ou quando há evidência clínica de perfuração ou queimadura esofágica, gástrica ou intestinal. Os procedimentos de esvaziamento gástrico a seguir podem ser utilizados de acordo com a prescrição:

• Xarope de ipeca para induzir o vomito no paciente alerta (nunca usar em substâncias tóxicas corrosivas).

• Lavagem gástrica para o paciente obnubilado, o aspirado gástrico é preservado e enviado para o laboratório para testes (triagem toxicológica).

• Administração de carvão ativado quando a substância tóxica é do tipo que pode ser absorvido pelo carvão;

• Catártico (atuam facilitando a peristalse, promovendo rápida evacuação), por exemplo o sulfato de magnésio.

• Antagonista fisiológico ou químico específico (antídoto);

• Diálise ou hemoperfusão que envolve a desintoxicação do sangue ao processá-lo através de um circuito extracorpóreo e um cartucho absorvente contendo carvão ou resina (Brunner & Suddarth, 2011).

2.1 CUIDADOS GERAIS

O centro de controle de intoxicações local deve ser acionado quando um agente tóxico desconhecido foi ingerido ou quando é necessário identificar um antídoto para um agente tóxico conhecido.

O vomito nunca é induzido depois da ingestão de substâncias cáusticas (ácidas ou alcalinas) ou destilados de petróleo.

Durante toda desintoxicação, os sinais vitais, PVC e equilíbrio hidroeletrolítico do paciente são rigorosamente monitorados. A hipotensão e as arritmias cardíacas são possíveis. As convulsões também são possíveis por causa da estimulação do SNC a partir da substância tóxica ou a partir da privação de oxigênio (Brunner & Suddarth, 2011).

3. INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO

A intoxicação por monóxido de carbono pode acontecer de tentativa de suicídio ou de acidentes industriais ou domiciliares. Está implicada em mais mortes que qualquer outra substância tóxica, exceto o álcool. O monóxido de carbono exerce seus efeitos tóxicos ao se ligar à hemoglobina circulante, reduzindo assim a capacidade de transporte de oxigênio do sangue. A hemoglobina absorve o monóxido 200 vezes mais rápido do que absorve o oxigênio. A hemoglobina ligada ao monóxido de carbono, chamada de carboxi-hemoglobina, não transporta oxigênio (Brunner & Suddarth, 2011).

3.1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Cefaléia;

• Fraqueza muscular;

• Palpitação;

• Tontura;

• Confusão;

• Coma;

• A coloração da pele pode variar de rósea ou vermelho cereja até cianótica e pálida;

• A saturação não é confiável devido a hemoglobina estar saturada de monóxido de carbono

3.2 CUIDADOS

• Transportar o paciente para o ar livre imediatamente; abrir todas as portas e janelas;

• Afrouxar todas as roupas apertadas;

• Iniciar a reanimação cardiopulmonar quando necessário, administrar oxigênio a 100%;

• Evitar o calafrio, cobrindo o paciente com cobertores;

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