Laishmaniose
Relatório de pesquisa: Laishmaniose. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edgarsouza27 • 14/5/2014 • Relatório de pesquisa • 2.474 Palavras (10 Páginas) • 335 Visualizações
INTRODUÇÃO
A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada
Por parasitas (protozoário Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada.
Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”.
A visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de um ano
AGENTE VETOR: FLEBOTOMÍNEOS
Os flebotomíneos são pequenos insetos responsáveis pela transmissão de algumas doenças aos humanos e animais, como a bartonelose, que é restrita aos altiplanos andinos, e várias arboviroses com ocorrência inclusive no Brasil.
Porém, de maior importância, pela distribuição geográfica e número e casos, são as leishmanioses. Estes insetos pertencem à ordem Diptera, mesmo grupo das moscas, mosquitos, borrachudos e maruins.
Apresentam um par de asas e um par de pequenas estruturas, chamados de halteres ou balancins, responsáveis pela estabilidade do vôo e zumbido característico dos dípteros.
Os flebotomíneos apresentam um vôo curto. Na realidade eles saltitam na superfície de pouso e mantém as asas eretas, ou seja, levantadas para cima.
No Brasil, são conhecidos por diferentes nomes de acordo com sua ocorrência geográfica, como tatuquira, mosquito palha, asa dura, asa branca, cangalhinha, birigui, anjinho, entre outros.
Os flebotomíneos têm preferência por viver em locais com muita umidade e são vistos geralmente nas horas sem luminosidade e pouca movimentação de ar. Devido ao seu pequeno tamanho e sua fina cutícula, normalmente são encontrados em ambientes protegidos como fendas de pedra, buracos no solo, grutas de animais, ocos de ár vore; e também em ambientes modificados pela ação humana, tais como: abrigos de animais domésticos (galinheiros, chiqueiros e currais).
Sua atividade se dá em geral no crepúsculo noturno (final da tarde), mas em algumas situações específicas podem ocorrer durante as horas claras do dia, principalmente em locais associados à extensa cobertura florestal, como na Floresta Amazônica, ou restritas áreas da Mata Atlântica.
PARASITA: LEISHMANIA
As leishmania são protozoários parasitas de células fagocitárias de mamíferos, especialmente de macrófagos. São capazes de resistir à destruição após a fagocitose. As formas promastigotas (infecciosas) são alongadas e possuem um flagelo locomotor anterior, que utilizam nas fases extracelulares do seu ciclo de vida. O amastigota (intra-celular) não tem flagelo. Há cerca de 30 espécies patogênicas para o ser humano (CDC). As mais importantes são:
As espécies L. donovani, L. infantum infantum, e L. infantum chagasi que podem produzir a leishmaniose visceral, mas, em casos leves, apenas manifestações cutâneas.
As espécies L. major, L. tropica, L. aethiopica, L. mexicana,L.braziliensis, L. amazonensis e L.peruviana que produzem a leishmaniose cutânea ou a mais grave, mucocutânea.
TRANSMISSÃO
Os machos de flebotomíneos se alimentam exclusivamente de alimentos açucarados, especialmente seiva das plantas; por outro lado, as fêmeas também realizam o repasto açucarado nas plantas ou na secreção de afídeos, que se constitui numa importante fonte de energia, porém, elas necessitam do sangue dos animais vertebrados para que ocorra a maturação dos seus ovos. Por essa razão, só elas são hematófagas, e consequentemente, estão envolvidas na transmissão de oenças aos humanos e animais.
As fêmeas após realizarem o primeiro repasto sanguíneo em um reservatório natural do parasita (Leishmania), podem se infectar, ou seja, adquirir os protozoários. Estes irão sofrer processos de diferenciação e multiplicação no trato digestivo da fêmea. A digestão do sangue dura em torno de 72 horas em média, dependendo da espécie, porém após o sangue ser digerido e os ovos estarem amadurecidos, a grande maioria das fêmeas morrem após a postura dos ovos, já que há um desgaste energético extremo. As poucas fêmeas sobreviventes necessitam realizar uma segunda alimentação sanguínea, para da mesma forma maturarem seus ovos: é neste momento que elas transmitem a leishmaniose, pois no ato da picada injetam as formas flageladas (os protozoários) na corrente sanguínea de sua vítima.
Vale ressaltar que a robabilidade de transmissão da doença vai depender das condições de exposição dos humanos aos flebotomíneos, assim como ao contexto eco-epidemiológico do ambiente.
SINTOMATOLOGIA
Os sintomas das leishmanioses variam de acordo com a espécie de protozoário. De modo geral, as tegumentares causam lesões na pele (mais frequentemente ulcerações) e, em casos mais graves, atacam as mucosas do rosto, como nariz e lábios (leishmaniose mucosa).
As leishmanioses viscerais causam febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço e imunodeficiência (diminuição da capacidade de defesa do organismo contra outros micróbios). Doenças causadas por bactérias (principalmente pneumonias) são a causa mai frequente de morte nos casos de leishmaniose visceral, especialmente em crianças.
PROFILAXIA
Devido ao tamanho minúsculo, encontrar na natureza larvas e pupas de flebotomíneos e tarefa extremamente difícil, por essa razão não há nenhuma medida de controle que contemple as fases imaturas, ao contrário dos mosquitos que colocam seus ovos nos meios aquáticos, possibilitando seu controle através das formas não aladas.
As medidas de proteção preconizadas consistem basicamente em diminuir o contato direto entre humanos e os flebotomíneos.
Nessas situações as orientações são o uso de repelentes, evitar os horários e ambientes onde esses vetores possam frequentar, a utilização de mosquiteiros de tela fina, dentrodo possível, a colocação de telas de proteção nas janelas, evitar o acúmulo de lixo orgânico, mantendo sempre limpas as áreas próximas às residências e os abrigos de animais domésticos, fazer poda
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