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O Resenha Filme Sick O

Por:   •  1/6/2020  •  Resenha  •  1.036 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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Resenha SiCKO

        O documentário SiCKO trata de uma crítica ao Sistema de Saúde dos Estados Unidos da América (EUA) feita através da comparação com Sistemas de outros países. Ironicamente, os países escolhidos são geralmente menos valorizados pela cultura norte-americana. Durante o decorrer do filme, esse ponto é resgatado diversas vezes. Isso ocorre devido à situação de saúde encontrada nesses países, com sistemas nascidos de valores sociais dificilmente compreendidos e aceitos por um cidadão americano. O presente trabalho analisa o documentário envolvendo os Sistemas de Saúde canadense, inglês, francês, cubano e, obviamente, as mazelas do sistema americano.

        Inicialmente, problemas do sistema americano são apresentados. Nos EUA, 50 milhões de pessoas não conseguem ter plano de saúde privado por diferentes razões como, por exemplo, a pessoa ser muita magra ou gorda ou ter doenças pré-existentes. Inclusive há setores especializados em encontrar motivos para negar as contratações de novos planos com listas imensas de doenças que as inviabilizam. No entanto, as pessoas que adquirem um plano também passam por inúmeras dificuldades quando precisam usá-lo, além de frequentemente pagarem taxas extras por tratamentos que aparentemente estariam cobertos. Exemplos dessas dificuldades são os altos preços dos remédios, serviços de transporte não inclusos no plano sem que o paciente saiba, procedimentos constantemente negados e cirurgias desumanamente proibidas ou impossíveis de serem pagas pelos pacientes.

        A indústria americana de planos de saúde usa artifícios sórdidos para aumentar seu lucro. Uma médica, ex-funcionária de uma empresa desse ramo, falou sobre a meta de 10% de procedimentos que precisaria negar para receber bônus salarial. Também há o relato de setores especializados em investigar o histórico de saúde da pessoa buscando por brechas que justifiquem, mesmo que fracamente, negar um tratamento ou até cancelar um plano. Tudo para gastar menos. Segundo o documentário, essa lógica dos planos de saúde surgiu em 1971 com Nixon e Kaiser. Durante a presidência de Bill Clinton, sua esposa Hillary tomou a frente na luta por uma reforma no Sistema de Saúde que levasse à um sistema universal. A influência política das empresas foi mais forte e conseguiu comprar diversos políticos, além do apoio da sociedade partindo do pressuposto de que seria uma ameça às liberdades individuais tão prezadas nesse país.

Depois de apresentar o sistema americano, o documentário seguiu para o Canadá, onde uma situação bastante diferente foi encontrada. Tratamentos que custariam 24 mil dólares são realizados sem cobrança. Um homem que sofreu um acidente com uma serra teve seus 5 dedos reimplantados, opondo-se ao caso do americano que precisou pagar 12 mil dólares para reimplantar o anelar e ficar sem outro dedo. Sem custo algum, qualquer pessoa pode ser tratada em qualquer hospital, mesmo não possuindo plano de saúde e ainda com a possibilidade de escolher o médico, além de haver tratamento para todo tipo de doença. Um senhor, partidariamente conservador, é entrevistado e diz não ver problema em pagar impostos para que outra tenha acesso à esse serviço pois outros também pagam por ele. E complementa afirmando a importância desse sistema para pessoas que não têm condições de pagar.

Na Inglaterra, o Sistema Nacional de Saúde (SNS) parece ainda mais promissor. Em uma farmácia, todos os medicamentos custavam 6,65 euros, independente da quantidade e do tipo, inclusive remédios para o tratamento de HIV/Aids. Não satisfeitos, os remédios para os menores de 16 anos e os maiores de 60 são de graça! Outro ponto interessante do sistema inglês é o fato dos hospitais darem dinheiro de transporte e reembolsarem quem não tem condições de pagar. Todo o sistema é público e mantido através de impostos. Os médicos ganham bem e recebem gratificações salariais, por exemplo, quando seus pacientes param de fumar ou têm redução nos níveis de colesterol. Portanto o SNS preza pela saúde da população em primeiro lugar, diferente da realidade lucrativa dos EUA que articula o medo e a desmoralização para controlar as pessoas.

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