Osteomielíte
Projeto de pesquisa: Osteomielíte. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jorgecespu • 30/11/2014 • Projeto de pesquisa • 1.405 Palavras (6 Páginas) • 743 Visualizações
Índice
Introdução……………………………………………………….………… 2
Revisão teórica…………………………………………….……….……. 3
Apresentação clínica……………………………………………………. 5
Bibliografia………………………………………….……………………. 10
INTRODUÇÃO
As lesões osteomielíticas são encontradas em múmias egípicias que datam de 4.000 a. C. Nelaton, em 1844, cunhou pela primeira vez o termo osteomielitis para descrever essa enfermidade na obra de Corpus Hipócrates.
Embora todos os patógenos possam infectar o osso, o Staphylococus aureus provoca a grande maioria das infecções. Em menor escala tem-se o estreptococus, e em casos raros, pneumococus, gonococus colibacilos e H. influenzae. Outras causas de osteomielite são o Bacilo de Koch, em portadores de tuberculose, projéteis de arma de fogo, úlceras nos pés de diabéticos ou portadores de varizes graves e até perfurações acidentais por espinhos ou farpas na planta dos pés que ponham o Staphylococus aureus em contato com o osso
A osteomielite pode ser um processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial de envolvimento (usualmente uma infecção bacteriana
Revisão teórica
Osteomielite é uma infecção óssea caracterizada pela destruição progressiva do osso cortical e cavidade medular.
O termo osteomielite não especifica o organismo causador que pode ser bactéria, micobactéria ou fungos nem a origem da doença: piogênica ou granulomatosa. Essa infecção óssea pode ser aguda, subaguda ou crônica.
Os ossos longos como o fêmur, tíbia e úmero são acometidos em 92% dos casos e 85% dos pacientes são menores de 16 anos.
O diagnóstico precoce é essencial, tendo em vista a possibilidade de cronificação do processo e suas graves seqüelas. Entretanto, há dificuldade diagnóstica na fase inicial em decorrência da gama de diagnósticos diferenciais, da diversidade dos sintomas e da ausência de exames complementares facilmente disponíveis e realmente conclusivos.
A osteomielite é um processo agudo ou crônico do tecido ósseo, produzido por bactérias piogênicas. No caso de contaminação por trauma cirúrgico ou não cirúrgico, ocorre principalmente nas raízes de fraturas e em implantes de dispositivos de fixação metálicos, dependem da virulência e quantidade de tecido orgânico destruído, da penetração de partículas estranhas, idade, estado das defesas do paciente, entre outras causas. Por sua anatomia, topografia e projeção no terço inferior da face, a mandíbula encontra-se sujeita a traumas que podem resultar em fraturas e como conseqüência pós-cirúrgica pode haver a osteomielite, a qual, segundo vários artigos, está, na grande maioria das vezes associada à imobilização com miniplacas e parafusos, semelhante ao que foi relatado no presente trabalho. O tratamento da osteomielite é baseado em três pilares essenciais, que são: cuidados gerais, antibioticoterapia e tratamento ortopédico.
Conclui-se com o presente trabalho que as fraturas de um modo geral devem ter o seu tratamento bem direcionado de forma que venham a alcançar a resolução e não evoluam para um processo infeccioso. Porém em caso de evolução para osteomielite, o diagnóstico deve ser feito com base em indícios clínicos, laboratoriais e radiográficos, incluindo o exame cintilográfico através do radioisótopo Tecnécio99. Salienta-se a importância do isolamento do agente causador para um tratamento bem direcionado. No nosso esquema de tratamento, para a resolução da osteomielite mais agressiva, utilizou-se um esquema tríplice de antibióticos com Clindamicina, Amicacina e a Ciprofloxacina, juntamente com a abordagem cirúrgica agressiva. A prescrição para casa é realizada após alguns dias de internamento hospitalar. Desta forma, é possível presenciar o sucesso clínico radiográfico e laboratorial da patologia, além da satisfação psicológica da paciente.
Apresentação Clínica
A paciente E.B.L., 28 anos de idade, leucoderma, vítima de acidente de trânsito (moto) em julho de 2004, no qual foi operada por outro serviço. Procurou o nosso ambulatório de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFPE em novembro do mesmo ano, apresentando clinicamente, aumento de volume na região retromolar esquerda, com dificuldade na abertura e no fechamento, lateralidade, protrusão e retrusão da mandíbula, dificuldade de deglutição, aumento de volume na região cervical, alargamento posterior e protrusão lingual, restrição dos movimentos cervicais, disfagia, disfonia, disartria, sialorréia, taquicardia, febril, as glândulas submandibulares palpáveis, fixas e doloridas, bem como o assoalho lingual. Ao exame intrabucal, apresentava aumento de volume dos ductos de Wharton e Rivinus direito e esquerdo, ferida com fístula e secreção purulenta na
região de ângulo de mandíbula esquerda (figura 1). Ao exame de imaginologia, apresentava imagens compatíveis com fratura de côndilo mandibular direito (sem tratamento) (figura 2); fratura cominutiva na região de ângulo esquerdo com três (3) placas e parafusos (figura 3), fratura sinfisária com duas (2) placas e parafusos (figura 4), lesões líticas difusas e presença de sequestros ósseos. Foi solicitado o exame cintilográfico através do radioisótopo Tecnécio99 e constatou-se a hipercaptação do processo crônico da região de côndilo esquerdo até a região de ângulo direito, demonstrando a complexidade do processo infeccioso. A cultura foi realizada e constatou-se a presença de Staphylococcus aureus . A
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