Questionario Diretriz Gorduras
Artigos Científicos: Questionario Diretriz Gorduras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Anamalves • 22/6/2014 • 1.116 Palavras (5 Páginas) • 674 Visualizações
Em relação à I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular, escreva sobre:
1) Consumo de ovo
O ovo é um alimento com baixo custo e uma excelente fonte de vários nutrientes, tais como folato, riboflavina, selênio, colina e vitaminas A, D, E, K e B12, além de sais minerais (ferro, fósforo, cálcio, magnésio, sódio, potássio, cloro, iodo, manganês, enxofre, cobre e zinco), proteína de alta qualidade e lipídeos. Vale lembrar que os lipídios (gordura), minerais e vitaminas estão presentes quase que totalmente na gema, sendo a clara constituída especialmente pelas proteínas. As recomendações atuais restringem o consumo de ovo e limitam o consumo de colesterol em até 300 mg ao dia. No entanto, essa recomendação sobre ovo tem sido revista e novas pesquisas indicam que a ingestão de um ovo ao dia pode ser aceitável, se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na dieta. Lembrando que o modo de preparo mais adequado é o cozido, pois ovo frito ou mexido ainda contam com adição de mais gordura do óleo.
2) Efeitos e recomendações do consumo dos ácidos graxos saturados sobre mecanismos fisiopatológicos do processo aterosclerótico.
O colesterol alimentar é um composto vital para o organismo, ele é essencial na formação da membrana de nossas células e também pela produção de hormônios sexuais, vitamina D e sucos digestórios, além de alimentar o tecido nervoso e participar de parte importante da produção de sais biliares. Em razão da controvérsia sobre efeito do colesterol alimentar, diversas diretrizes internacionais recomendam a restrição de gorduras totais e do colesterol da dieta, com objetivo de redução e controle do colesterol e LDL-c plasmáticos. Durante as últimas décadas, as recomendações médicas e nutricionais promoveram a mensagem de diminuição do consumo de ácidos graxos saturados. As recomendações foram indicadas tanto pela ação dos ácidos graxos saturados no aumento do LDL-c quanto no aumento do risco de doença cardiovascular, evidenciado pelos diversos estudos Epidemiológicos.
Discussões atuais questionam essas recomendações, pois, com a indicação de redução de gordura saturada, houve um aumento de consumo de outros nutrientes, tais como carboidratos (CH) refinados. Evidências colhidas recentemente mostram que a substituição de gordura saturada por carboidratos simples pode ter grande impacto no aumento do risco de doença cardiovascular e diabetes.
3) Gordura ou óleo de coco
O óleo de coco é uma importante fonte natural de gorduras saturadas, especialmente de ácido láurico. No Brasil, um estudo clínico mostrou aumento do HDL (colesterol bom) e redução da circunferência abdominal no grupo que utilizou óleo de coco. Apesar dos potenciais benefícios do óleo de coco no HDL, os estudos experimentais comprovam o efeito de aumento de colesterol do coco e seus subprodutos, como o recente estudo com cobaias que comparou óleo de coco com azeite de oliva e óleo de girassol. O grupo tratado com óleo de coco apresentou aumento significativo dos triglicérides.
4) Chocolate
O consumo regular de manteiga de cacau e chocolate rico em cacau não se relaciona ao aumento de níveis de colesterol. As quantidades de ácido graxo são responsáveis pelo efeito neutro sobre o metabolismo do colesterol. Deve-se ter cuidado, no entanto, com chocolate confeccionado com leite, pois pode conter grande quantidade de ácidos graxos que podem aumentar o colesterol.
5) Manteiga
Em estudos com indivíduos com colesterol alto, que compararam diferentes tipos de margarina e manteiga, o valor de LDL (colesterol ruim) manteve-se inalterado ou pouco aumentado após consumo de manteiga. No entanto, os estudos oferecem variadas quantidades de produto e o tempo de seguimento é variado, mantendo a controvérsia na literatura sobre a ação da manteiga nos lipídeos.
6) Efeitos e recomendações do consumo dos ácidos graxos monoinsaturados sobre mecanismos fisiopatológicos do processo aterosclerótico.
Quando comparamos a dieta hipogordurosa ou a dietas pobres em gorduras, mas ricas em carboidratos, a dieta rica em MUFA(insaturados) proporciona efeitos mais favoráveis sobre os níveis de triglicérides e HDL-c, para o mesmo grau de redução da colesterolemia.
Há evidências fisiopatológicas de efeito positivo dos MUFA(insaturados) sobre diversos mecanismos envolvidos na etiopatogenia do diabetes tipo 2. Estudos feitos em humanos demonstram que intervenções de curto prazo, com substituição de PUFA (ômega 3) por MUFA (insaturados), ou o simples aumento do consumo de MUFA, pode acarretar melhoras na
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