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Relatório células Tronco

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Por:   •  6/11/2014  •  1.608 Palavras (7 Páginas)  •  615 Visualizações

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RESUMO (1500 CARACTERES)

PALAVRAS-CHAVE

INTRODUÇÃO

O uso de células-tronco embrionárias tem sido mostrado como a próxima fase na luta contra as doenças degenerativas e debilitantes, tais como diabetes, doenças cardíacas ou doença de Parkinson. Freqüentemente temos na mídia, nos websites notícias novas e promocionais sempre transmitindo de alguma maneira que essa terapia é segura e já disponível para uso imediato.

As pesquisas com células-tronco adultas (não embrionárias), extraídas principalmente do sangue do cordão umbilical e da medula óssea, iniciaram-se há mais de uma década, quando se descobriu que o caráter indiferenciado destas potencializava uma grande margem de “manipulação” por parte do cientista, que poderia, com meios técnicos adequados, transformá-las ou diferenciá-las em células específicas, possibilitando assim a regeneração de tecidos e mesmo órgãos. As experiências terapêuticas com células-tronco adultas em seres humanos começaram a ser realizadas mais recentemente e, nos últimos anos, têm se divulgado resultados alentadores em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, particularmente na regeneração de tecidos do coração, lesados por infarto.

As propriedades regenerativas dos seres vivos são conhecidas há muito tempo. No século XVIII, Réaumur estudou a regeneração das patas no caranguejo, Spallanzani mostrou que o caracol regenera mesmo sua cabeça, Trembley descobriu que os pólipos de água doce podem ser enxertados como as plantas (um pedaço de pólipo restitui um pólipo inteiro). No século XIX, Claude Bernard e depois Paul Bert anteciparam a possibilidade de colocar tecidos em cultura, o que será realizado em 1910. Desde o início do século XX sabe-se que existem, nos tecidos dos organismos adultos, células-tronco que são as precursoras das células diferenciadas, desta forma, o sangue regenera-se continuamente pela diferenciação das células-tronco hematopoiéticas contidas na medula óssea. A particularidade das células-tronco é que elas podem, ao mesmo tempo, multiplicar-se de forma idêntica, para restituir células-tronco, e diferenciar-se para engendrar células especializadas. Elas podem também, ao que parece, desdiferenciarem-se para rediferenciarem-se em outra via, o que foi demonstrado em laboratório onde células hematopoiéticas de ratos que normalmente engendram células sanguíneas, podem, sob certas condições, produzir células de fígado, de músculo ou de pulmão (LARGEAULT, 2004).

Ainda no século XX mais precisamente na sua segunda metade, houve um fantástico progresso na área médica, particularmente com relação a novos métodos diagnósticos e novas modalidades terapêuticas. Dentre os inúmeros avanços terapêuticos testemunhados, um dos mais notáveis foi o progresso na área de transplante de órgãos e, em particular, o emprego de células-tronco para a regeneração do sistema hematopoético e para o tratamento de inúmeras doenças degenerativas (MOTA et al., 2005).

Na virada do século XXI, um desdobramento da terapia de transplante de órgãos e células ganhou uma nova dimensão. Diferentemente dos conceitos existentes até então, órgãos inteiros sendo substituídos no caso dos transplantesde órgãos, ou células utilizadas para recompor a medula óssea após mieloablação com altas doses de quimioterapia, no caso do transplante de medula óssea, a terapiacelular ou terapia regenerativa traz consigo um novo conceito de alterar o curso de lesões orgânicas.

O presente trabalho tem como objetivo relatar alguns conceitos básicos a respeito das células-tronco no que diz respeito a sua classificação, origem e finalidades terapêuticas para o tratamento de doenças degenerativas.

REVISAO DE LITERATURA

A discussão ética quanto à utilização de células-tronco de pré-embriões produzidos mediante reprodução assistida, seja pela fertilização in vitro, ou com as técnicas emergentes de clonagem (clonagem terapêutica), passa inevitavelmente pela delimitação do instante no qual quisermos atribuir a um conjunto de células o respeito devido à vida. A polêmica passa também pela preocupação de que a utilização dessas novas técnicas possa levar, progressivamente, a uma “desumanização”, com dano irreparável ao respeito à vida, vigente em nossa cultura (SEGRE, 2004).

Nossas “leis de bioética” não nos protegem contra a necessidade de uma reflexão sobre estes problemas. De um lado, elas mantêm firmemente o princípio da gratuidade da doação (lei nº 94-653, artigo 16-6). De outro, estava previsto que elas fossem revisadas ao termo de cinco anos, ou seja, em 1999, e, após vários adiamentos, o exame definitivo pela Assembléia Nacional do projeto adotado pelo Senado no início de 2003 acaba de ser mais uma vez postergado para maio de 2004.

Os conhecimentos que permitem pensar que as células embrionárias seriam um bom recurso são relativamente recentes. Sabe-se há apenas mais de um século que um organismo vivo pluricelular como o nosso provém de uma única célula, que resulta da fusão de um ovócito e de um espermatozóide. Durante o desenvolvimento embrionário, esta célula inicial divide-se em duas, quatro, oito etc., até formar uma pequena bola de células das quais cada uma, separada das outras, pode restituir um embrião inteiro, estas primeiras células embrionárias são ditas totipotentes. Em seguida, há separação entre aquilo que irá formar o embrião propriamente dito e o que irá formar os anexos (como a placenta). As células do embrião no estádio blastocisto (entre o quinto e o sétimo dia após a fecundação, logo antes da nidação, no ser humano) não têm mais o potencial de restituir um embrião completo, mas cada uma delas tem o potencial de formar todos os tipos de célula do organismo (mais de duzentos tipos celulares), elas são ditas pluripotentes e chamadas de “células-tronco embrionárias” (LARGEAULT, 2004).

Basicamente existem três linhagens de células-tronco, são elas: células- tronco embrionárias - são obtidas da massa celular interna do embrião e possuem a capacidade de se diferenciar em tipos celulares dos três folhetos embrionários (endoderma, mesoderma e ectoderma) tanto in vitro quanto in vivo, no que demonstra a sua pluripotencialidade. Apesar de serem consideradas as mais promissoras das células-tronco em função da sua pluripotencialidade, o conhecimento atual ainda não permite a produção de derivados de células-tronco embrionárias suficientemente puras e funcionais

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