Sistema Complemento
Dissertações: Sistema Complemento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Kadea • 10/11/2014 • 1.385 Palavras (6 Páginas) • 544 Visualizações
Sistema Complemento
É composto por proteínas de membrana plasmática e solúveis no sangue e participam das defesas inatas (natural) e adquiridas (memória). Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do complemento são proteases que se auto- ativam por clivagem proteolítica.
Denomina-se complemento um complexo sistema multiprotéico com mais de 30 componentes, na sua maioria proteínas plasmáticas, cujas funções principais são a defesa frente às infecções por microrganismos, a eliminação da circulação dos complexos antigênico-anticorpo e alguns dos seus fragmentos atuam como mediadores inflamatórios. O complemento é um dos mecanismos efetores mais importantes da resposta imune inata. Quando um microrganismo penetra no organismo, normalmente provoca a ativação do complemento. Como resultado da sua ativação e amplificação, alguns componentes do complemento depositam-se sobre a superfície do patogénico responsável pela ativação, o que determina a sua destruição (lise) e/ou a sua eliminação por células do sistema fagocítico.
Para que o sistema complemento expresse a sua atividade é necessária a sua ativação prévia. As atividades mais importantes de defesa do hospedeiro são efetuadas por C3 e C5, estruturalmente semelhantes. A clivagem de tais proteínas é feita por proteases altamente específicas. Existem três C3 convertasse (C4b2a, C3(H20) Bb, C3bBb) e duas C5 convertasse (C4b2a3b, C3bBb3b), organizadas durante a ativação das três vias do complemento, denominadas vias: clássica, alternativa, e da lectina.
Via Clássica
A fase de ligação é iniciada quando o C1q do complexo C1 se liga à porção Fc de um anticorpo do tipo IgG ou IgM. Este complexo é composto de uma sub unidade de C1q, associada a duas moléculas de C1r e duas de C1s por ligações dependentes de cálcio. As esterases C1r e C1s são necessárias para a fase de ativação. O C1s cliva (quebra) C4 e C2. As moléculas ativadas de C4 e C2 se agrupam próximo ao sítio em que o anticorpo está ligado. Os fragmentos maiores do C4 (C4b) e do C2 (C2a) formam o complexo chamado C3 converta-se (C4b2a). Cada molécula de C1 ativada gera muitos fragmentos de C4b e C2a. A maioria dos fragmentos do C4b serve como opsoninas e o restante para a formação da C3 converta-se. Cada C3 converta-se gera muitas moléculas de C3 ativadas (C3b), fase de amplificação, que quando depositadas no alvo servem como opsoninas, enquanto outras irão formar a C5 converta-se (C4b2a3b). Esta cliva C5 levando a formação do complexo de ataque à membrana, composto de C5b, 6,7,8 e 9. A formação do MAC determina lise osmótica da célula e consiste em uma interação proteína-proteína, não requerendo clivagens proteolíticas. A ativação de C5 também libera uma potente anafilatoxina, o C5a.
Via Alternativa
É a via mais antiga da imunidade inata, que precede a imunidade adaptativa, não necessitando de um contato prévio com microrganismo para sua ativação. Funciona como um sistema imune primitivo, capaz de reconhecer e eliminar agentes infectantes. A ativação dessa via ocorre quando uma pequena quantidade de C3 plasmático é hidrolisada espontaneamente, originando o fragmento C3b. Este, após alteração estrutural, liga-se a uma serina protease, denominada fator B. A clivagem do fator B pelo fator D origina o fragmento Bb, que juntamente com o C3b origina a C3 convertesse da via alternativa, a qual é estabilizada pela properdina (C3bBbP). Esse complexo promove mais clivagem de C3, alça de amplificação, resultando em deposição de grandes quantidades de C3b no alvo. Parte do C3b formado irá agrupar-se ao complexo C3bBb, originando a C5 convertesse (C3bBbC3bP). O restante do processo de ativação é similar ao da via clássica.
Via da Lectina
Essa via é iniciada por proteínas plasmáticas denominadas lectinas ligadoras de manose (LLM), que são membros da família das lectinas dependentes de cálcio, as colectinas, com similaridades estrutural e funcional com C1q. Essas proteínas reconhecem porções específicas de carboidrato (manose) presentes na superfície de alguns patógenos. A LLM pertence à mesma família de proteínas do C1q, entretanto, enquanto o C1q tem um domínio que se liga ao Fc das imunoglobulinas, a lectina reconhece carboidratos. Essa ligação leva à ativação de serinas proteases associadas à manose, que correspondem a C1r e C1s, com subsequente clivagem de C4 e C2. O restante do processo de ativação é similar ao da via clássica.
Processo de duplicação gênica
A duplicação gênica é caracterizada como um processo que pode envolver parte de um gene parte de um cromossomo ou um genoma inteiro, os quais poderão ser duplicados por Crossing over desigual, retro transposição, Aneuploidia e Poliploidia. Uma vez duplicado, um gene pode estar sujeito a três destinos: O primeiro consiste na situação em que uma das duas cópias do gene degenera em um Pseudogene, o qual pode ser subsequentemente perdido do genoma. O segundo ocorre quando o gene duplicado mantém a sua função original, possibilitando ao organismo produzir uma maior quantidade de RNAs. O Terceiro ocorre quando a cópia duplicada assume uma nova função; nesse caso, o gene duplicata acumula mudanças moleculares ao longo do tempo, e o original mantém a sua função.
Processo de polimorfismo genético aliado ao sistema complemento.
A mutação é à base da evolução. A fonte primária de toda a variabilidade genética. Ao contrário da recombinação, que reorganiza a variação previamente existente, a mutação cria os novos elementos (alelos) que irão (ou não) fazer parte do pool genético de uma população. Quando uma variante genética alcança uma frequência de 1%, passamos a denominá-la POLIMORFISMO.
Em geral, quando alelos novos estão associados a características indesejáveis, sua frequência tende a manter-se em níveis
...