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Artigos Científicos: Sistemas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessicapachecco • 21/3/2015 • 359 Palavras (2 Páginas) • 214 Visualizações
Parto normal com analgesia
As anestesia regionais, entre as quais se destacam os bloqueios neuroaxiais (peridural, raquianestesia e combinada raqui-peridural) são as mais utilizadas.Aplicadas adequadamente, são capazes de abolir completamente a dor de qualquer fase evolutiva do trabalho de parto, inclusive no parto normal.
O parto normal, com a utilização de técnicas adequadas de analgesia espinhal, apresenta inúmeras vantagens para o binômio materno-fetal.
A anestesia diminui a sobrecarga cardiorrespiratória materna, que pode se tornar bastante intensa na progressão do trabalho de parto.
Ao aplicar a anestesia, reduzimos a liberação de catecolaminas e outros hormônios e substâncias ligadas ao estresse e à dor, o que repercute de forma positiva sobre o concepto contribuindo para a manutenção de adequado fluxo sanguíneo útero-placentário.
Os avanços da anestesia
Um recente marco na anestesiologia foram os diversos estudos favoráveis e consequente proliferação do uso de opióides espinhais na década de 90, permitindo a redução significativa da concentração e da dose de anestésicos.
Estes fármacos possibilitam a abolição da dor, porém mantêm o tônus motor e o equilíbrio necessários para um bom andamento do parto.
Mitos e verdades
Um equívoco bastante comum é achar que a anestesia pode prejudicar a dilatação do colo do útero durante o trabalho de parto.
Se realizada de forma adequada, com fármacos em quantidades e concentrações ideais, a anestesia regional interfere de forma mínima e, às vezes, até mesmo benéfica na evolução da dilatação do colo uterino. Assim, causamos diminuição insignificante da força motora, mantendo a capacidade da parturiente de atuar de forma ativa para o nascimento do concepto através dos esforços expulsivos.
Prevenção de riscos
Apesar dos benefícios da peridural, há algumas contra-indicações. Mulheres que apresentem distúrbios adquiridos ou congênitos de coagulação, ou portadoras de algumas cardiopatias e doenças neurológicas, não devem se submeter a esse procedimento anestésico. Nestes casos, é necessário disponibilizar métodos alternativos de analgesia, como técnicas sistêmicas, para que não se privem do alívio da dor.
Complicações ocasionadas pela anestesia, embora raras, podem acontecer. Por isso, a anestesia deve ser realizada por médico anestesiologista, que é o profissional adequadamente treinado para o procedimento. Além disso, ter os equipamentos necessários para a analgesia e monitoramento da parturiente e do feto é imprescindível para identificar e tratar precocemente eventual intercorrência.
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