Síndrome De Edwars
Artigo: Síndrome De Edwars. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Peeta • 4/6/2014 • 608 Palavras (3 Páginas) • 416 Visualizações
HISTÓRICO
A trissomia do 18 foi originalmente descrita, em 1960, pelo professor John Edwards e
seus colegas em um relato de caso de uma menina de nove semanas de vida que
apresentava atraso de desenvolvimento e crescimento, occipício proeminente, orelhas
displásicas e de baixa implantação, micrognatia, pescoço alado, esterno curto, cardiopatia
congênita, mãos fletidas com sobreposição dos dedos, calcâneo proeminente e hálux
dorsifletidos3. Pouco depois, no mesmo ano, Smith e colaboradores na Universidade de
Wiscousin descreveram o primeiro caso na América do Norte, estabelecendo assim o
padrão da síndrome. Na verdade, esses grupos ajudaram a descrever tanto a trissomia do 18
quanto a trissomia do cromossomo 13 (síndrome de Patau)1. Desde então, a síndrome de
Edwards desperta o interesse da comunidade científica, sendo o foco de inúmeros trabalhos
e publicações em todo o mundo.
EPIDEMIOLOGIA
As trissomias são as alterações cromossômicas mais comuns, estando presentes em
até 20% dos abortos espontâneos que tiveram cariótipos analisados. Entretanto, menos de
1% dos nascidos vivos são portadores de trissomias, dentre as quais as mais importantes
são as que envolvem os cromossomos 21, 18 e 131.
A trissomia do 18 compreende a segunda trissomia mais freqüente nos seres
humanos. Um estudo realizado para analisar diagnóstico pré-natal de trissomias detectou
27 fetos portadores de trissomias, sendo 12 portadores de trissomia do 21 (síndrome de
Down), 11 portadores de trissomia do 18 e 4 portadores de trissomia do 13 (síndrome de
Patau)4. Já outro grande trabalho que analisou diagnóstico pré-natal por amniocentese, em
11.000 casos, identificou 96 fetos com trissomia do 21, 33 fetos com trissomia do 18 e 6
com trissomia do 135.
Em estudos citogenéticos de abortos espontâneos, a trissomia do 18 é menos comum
que a trissomia do 21. Entretanto, se considerarmos apenas os fetos cariotipados, após
diagnóstico por ultrassom, de malformações e/ou crescimento retardado, a trissomia do 18 é
a alteração citogenética mais comum, ocorrendo cerca de 50% mais freqüentemente que a
trissomia do 211.
A trissomia do 18, assim como as demais trissomias, está associada a uma elevada
taxa de mortalidade intra-uterina. Estima-se que apenas 2,5% dos conceptos afetados
sobrevivam até o nascimento e que cerca de 30% daqueles vivos até o 2° trimestre de
gestação cheguem a termo1.
A mortalidade pós-natal associada com essa síndrome é elevada. Na literatura, 55 a
65%
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