Síndrome de Вurnout no enfermeiro em suas atividades ocupacionais
Pesquisas Acadêmicas: Síndrome de Вurnout no enfermeiro em suas atividades ocupacionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ANDREFASE • 15/9/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 4.798 Palavras (20 Páginas) • 432 Visualizações
SÍNDROME DE BURNOUT NO ENFERMEIRO EM SUAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS
Mariane Gomes da Cruz Maia1
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RESUMO
O artigo tem como fito analisar se a síndrome de bournet está associada as atividades desempenhada pelos profissional de enfermagem. Sendo conhecido como um tipo de estresse ocupacional de trabalho que acomete na sua maioria das vezes os profissionais da enfermagem. O burnout engloba todo o universo em volta deste trabalhador por ser a enfermagem uma profissão de alto nível de estresse mediante todas as adversidades enfrentadas por este profissional. Assim, destaca-se que existe diferença entre Estresse e Burnout, onde o estresse é considerado como algo que pode ter sobre o trabalhador efeitos bons e ruins enquanto Burnout tem efeito negativo sempre. Considera-se ainda que o estresse pode se desinstalar após descanso e repouso por um adequado período por outro lado, Burnout não desaparece mesmo após tempos ausentes do trabalho. Para o desenvolvimento do estudo foi utilizada a revisão de literatura, onde foram analisados artigos publicados entre os anos 1991 a 2009. Onde se constatou que de fato a síndrome de bournet está associada a fatores relacionados com o trabalho, tais como sobrecarga laboral, baixo nível de suporte, conflitos interpessoais, contacto com a morte e preparação inadequada. Nesse sentido o estuda busca alertar aos profissionais sobre os riscos a saúde que a dupla jornada de trabalho oferece, e consciência das autoridades competentes quanto aos cuidados para manter o ambiente livre de riscos e que proporcione qualidade de vida. Através de programas voltados a saúde daqueles que cuida da dos outros .
Palavras-Chave: Síndrome de burnout, saúde, enfermagem; estresse ocupacional.
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico, sociocultural e as implicações da globalização provocam benefícios ao mundo moderno e, em compensação, ocasionam intensas mudanças no comportamento bio-psico-social do ser humano intervindo abertamente na qualidade de vida da população. Analisando que o ser humano é uma dualidade funcionando numa unidade, o corpo causa mudanças na mente e esta age sobre o corpo.
Os profissionais da saúde, e de um modo particular a enfermagem, tem no exercício da profissão um laço estreito com fatores estressantes de um modo geral, estando expostos sob vários pontos de vista: o etiológico e os fatores de risco de natureza física, química, biológica e psicossocial; que se fazem sentir com grande intensidade e justificando assim a inserção do profissional de enfermagem no grupo das profissões desgastantes.
Entretanto observa-se que essa definição pode “mascarar” em alguns casos outros diagnósticos patológicos inerentes ao homem a depender do contexto social em que o mesmo está inserido.
Uma das características principais e peculiares do exercício da enfermagem é o trabalho em horários integrais uma vez que a necessidade da assistência se faz presente durante todas as horas do dia, nos 7dias da semana e sem interrupções, fato este que condiciona assistência em todos os turnos. A intensidade do trabalho da enfermagem faz com que estes profissionais experimentem em seu cotidiano uma contínua e profunda mobilização de energia adaptativa que, por vários motivos, pode não estar disponível ou pode não ser suficiente.
A dupla jornada de trabalho enfrentada pelos profissionais da enfermagem tem como características gerais, a situação econômica e os baixos salários, o que os leva a procurar novas maneiras de aumentar a renda familiar. E a consequência direta dessa dupla jornada é prejuízo na qualidade de vida do trabalhador, abrindo uma ressalva as mulheres que assumem diversos papeis no seu cotidiano, estas podem ser remetidas a situações de desgaste com mais frequência considerando que sua inserção no mercado de trabalho não as desvinculou dos afazeres domésticos e da educação dos filhos resultando num acúmulo de atribuições.
Nesse contexto, surge a importância em se averiguar a existência de uma correlação entre jornadas duplas de trabalho e o aparecimento da síndrome de Burnout, que pode ser definido como uma grande exaustão energética que acomete geralmente profissionais que exercem atividades diretamente ligada com pessoas.
Gil-Monte e Peiró (1997) distinguem os estudos sobre Burnout segundo duas linhas de conceituação e abrangência deste fenômeno: a clínica e a psicossocial. A primeira, seguindo a perspectiva de compreensão iniciada por Freudenberg, define a síndrome de burnout como um estado relacionado com experiências de esgotamento, decepção e perda do interesse pela atividade de trabalho que surge em profissionais que trabalham em contato direto com pessoas na prestação de serviços como uma conseqüência deste contato diário no trabalho. Tal estado de esgotamento resultaria da insistência de uma série projeções inatingíveis. Assim sendo, a etiologia da síndrome teria como causas principais aspectos individuais.
A segunda linha entende burnout como um processo que se desenvolve na interação de características do ambiente de trabalho somado a características pessoais de cada indivíduo. Este conceito tem como referência , a abordagem de Maslach e Jackson (Maslach, 1994), segundo os quais essa temática atinge profissionais que tem suas atividades de serviço voltadas para o cuidado com o outro, no qual a oferta do cuidado ou serviço freqüentemente ocorre em situações de mudanças emocionais.
Auxiliar o próximo sempre foi visto como objetivo nobre, mas apenas recentemente tem se notado os custos emocionais que demandam desta atitude. O exercício destas profissões, que tem o outro como prioridade e foco, como é o caso da enfermagem, implica uma relação com o cliente permeada de ambigüidades, como conviver com a tênue distinção entre envolver-se profissional e não pessoalmente na ajuda ao similar, fato que pode ser potencializado mediante horas duplicadas de realização destes mesmos serviços ainda que em ambientes distintos.
Estudos realizados nos Estados Unidos da América comprovam que a síndrome de Burnout representa um dos grandes problemas psicossociais da atualidade, aguça o interesse por parte da comunidade científica internacional, bem como das entidades governamentais, empresariais e sindicais norte-americanas e européias, devido aos transtornos em torno de suas consequências, em todos os níveis,
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