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Tabagismo

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Por:   •  24/5/2013  •  Resenha  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  577 Visualizações

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O tabagismo é considerado uma doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mesmo assim, sabendo que o fumo faz mal à saúde, as pessoas continuam fumando. Isso acontece porque o cigarro possui várias substâncias tóxicas, entre elas a nicotina, responsável pela dependência, que é caracterizada pela relação de necessidade com alguma substância química¹.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que, a cada dia, 100 mil crianças tornam-se fumantes em todo o planeta. Cerca de cinco milhões de pessoas morrem, por ano, vítimas do uso do tabaco. Caso as estimativas de aumento do consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos se confirmem, esse número aumentará para 10 milhões de mortes anuais por volta de 2030².

O fumo é uma das principais causas de morte evitável, hoje, no planeta. Um terço da população mundial adulta – cerca de 1,3 bilhão de pessoas – fuma: aproximadamente 47% da população masculina e 12% da população feminina fazem uso de produtos derivados do tabaco. Nos países em desenvolvimento, os fumantes somam 48% dos homens e 7% das mulheres, enquanto nos desenvolvidos, a participação do sexo feminino mais do que triplica, num total de 42% de homens e 24% de mulheres fumantes².

No Brasil, uma pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer, indica que, 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres) números, políticas públicas foram necessárias para reduzir o consumo do tabaco e ganharam magnitude a partir de 1989, através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, A pedra fundamental deste programa foi à legislação ampla que entrou em vigor em 1996, restringindo o uso do tabaco em teatros, escolas, escritórios de governo e no sistema de transporte público, advertências em maços de cigarros e extensas campanhas nos meios de comunicação em massa3.

Do início do programa até o ano de 2005, o consumo per capita de cigarros no país foi reduzido em cerca de 32%. Já a prevalência de fumantes na população acima de 18 anos caiu de 34% em 1989 para 16% em 20064.

As consequências do tabagismo não aparecem tão rapidamente, mas ao longo da vida o indivíduo tabagista pode desenvolver câncer de pulmão, boca, garganta, esôfago, laringe, bexiga e maior risco nos rins, pâncreas e estômago, angina, infarto do miocárdio, isquemias ou hemorragias cerebrais, doença pulmonar obstrutiva crônica, tosse típica por mudança no seu tecido respiratório, maior probabilidade de desenvolver bronquite crônica, enfisema pulmonar e impotência sexual4.

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes. Possui duas fases: a particulada e a gasosa. A primeira é composta por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína e outras; a segunda contém nicotina e alcatrão. Aproximadamente 43 dessas substâncias possuem efeitos carcinógenos5.

Salienta-se que destas, três substâncias foram destacadas como as principais responsáveis pelo desenvolvimento

de patologias. São elas: a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão. Essas substâncias tóxicas estão presentes em doses suficientes para oferecer riscos ao ser humano, sendo imediatamente absorvidas pelos tecidos e líquidos do corpo quando em contato com o organismo6.

O uso do fumo durante a gravidez traz conseqüências ainda mais terríveis, pois afeta também a criança. A nicotina diminui a quantidade de oxigênio e de nutrientes para o feto, levando a uma probabilidade de abortos, partos prematuros e mortalidade fetal. Maior risco de morte súbita do bebê, problemas pulmonares e anomalias fetais. Quanto maior o número de cigarros fumados, menor o peso do recém-nascido. Pode haver intoxicação pela nicotina durante a amamentação, causando agitação, diarréia, irritabilidade e taquicardia no bebê. Aumenta a probabilidade do recém nascido contrair pneumonia e bronquite. Desenvolvimento físico e mental em geral inferior aos filhos de mães não-fumantes. Pode-se acrescentar ainda o perigo de incêndios, já que o fumo é a principal causa de incêndios em residências, hotéis e hospitais7.

Há também, evidências que comprovam que os não-fumantes expostos durante a vida inteira à fumaça têm maior risco de desenvolverem câncer de pulmão. Estudos identificaram muitos efeitos danosos do fumo passivo sobre a função respiratória, doenças cardíacas e desenvolvimento infantil. As conclusões sobre os efeitos negativos do fumo passivo acrescentaram uma nova dimensão aos argumentos em defesa de políticas legais direcionadas à restrição do fumo em locais privados e públicos, além de locais de trabalho.

Essas restrições protegem os não-fumantes, reduzem o consumo de cigarros entre os fumantes e estimulam a cessação8.

Preocupado com a qualidade de vida desta parcela da população, o governo do Estado de São Paulo sancionou a lei nº13. 541 no qual foi vigorada no dia 07 de agosto do ano de dois mil e nove, determinando assim a proibição do uso do tabaco em ambientes fechados de uso coletivo como bares, restaurantes, casas noturnas e outros estabelecimentos comerciais. Mesmo os “fumódromos” em ambientes de trabalho e as áreas reservadas para fumantes em restaurantes ficam proibidas. A nova legislação estabelece ambientes 100% livres do tabaco, preservando assim a saúde do indivíduo frequentador do estabelecimento9.

A medida acompanha uma tendência internacional de restrição ao fumo, já adotada em cidades como Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires. Inúmeros estudos realizados comprovaram os males do cigarro não apenas para quem fuma, mas também para aqueles que se vêem expostos à fumaça do cigarro. É principalmente a saúde do fumante passivo que a nova lei busca resguardar. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o fumo passivo é a terceira maior causa de mortes evitáveis no mundo10.

A escolha deste tema foi importante, considerando que o tabagismo é uma doença crônica bastante presente em nossa realidade. Esse estudo serve para elucidar e esclarecer algumas dúvidas a respeito dessa doença e tem grande valia para o benefício de profissionais da enfermagem, tendo em vista que a mesma acomete muitos deles.

Considerando que a Enfermagem é uma profissão que está presente

na abordagem individual e coletiva do cuidar humano, surgiu o interesse em produzir esse trabalho, pois podemos promover ações educativas, sendo o tabagismo um grave problema de saúde pública.

O Tabagismo é definido como o consumo compulsivo e constante do tabaco, por qualquer via que seja (inalatória, digestiva ou transdérmica),

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