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Tecido Conjuntivo

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Por:   •  8/9/2014  •  2.620 Palavras (11 Páginas)  •  609 Visualizações

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1. Introdução

Como seu nome indica, o tecido conjuntivo constitui um elemento de continuidade com os tecidos epiteliais, musculares e nervosos, assim como com outros componentes dos tecidos conjuntivos especializados, a fim de manter um corpo funcionalmente integrado. A maioria dos tecidos conjuntivos origina-se do mesoderma, o folhetos germinativo intermediário dos tecidos embrionários . Deste folheto, originam-se as células multipotentes do embrião, as chamadas células mesenquimais, as quais formam um tecido conjuntivo embrionário, o mesênquima; além disso, em algumas áreas da cabeça e do pescoço , o mesênquima origina-se também a partir de células das cristas neurais do embrião em desenvolvimento. As células mesenquimais migram por todo corpo, dando origem aos diferentes tipos de tecidos conjuntivos e suas células, incluindo as células do tecido ósseo, cartilagem, tendões, capsulas, células sanguíneas e hematopoiética, e células linfoides.

Os tecidos conjuntivos maduros são classificados como tecido conjuntivo propriamente dito e como tecidos conjuntivos especializados.

Os tecidos conjuntivos são compostos por células e matriz extra celular, a qual consiste de substâncias fundamental e fibras. As células são os componentes predominantes em alguns tecidos conjuntivos, enquanto as fibras são os componentes predominantes de outros tipos de tecidos conjuntivos. Por exemplo os fibroblastos são o tipo celular predominante do tecido conjuntivo frouxo, pois estas células fabricam e mantem as fibras e a substancia fundamental, que constituem a matriz extracelular. Já as fibras são o componente predominante dos tendões e ligamentos. Além disso, em outros tecidos conjuntivos, a substância fundamental é o mais abundante componente, pois é o local onde células especializadas do tecido conjuntivo exercem suas funções. Assim, todos os três componentes são críticos para as funções desempenhadas pelos tecidos conjuntivos no corpo.

2. Funções gerais dos Tecidos Conjuntivos

Apesar de muitas funções serem atribuídas aos tecidos conjuntivos, suas funções básicas incluem:

• Fornecer suporte estrutural

• Servir de meio para trocas

• Ajudar na defesa e na proteção do corpo

• Funcionar como local para armazenamento de gordura

Ossos, cartilagens e ligamentos, que mantêm os ossos unidos, assim como os tendões, que prendem os músculos aos ossos, atuam como elementos de suporte. Do mesmo modo, o tecido conjuntivo que formam as capsulas que envolvem órgãos e o estroma, formando o arcabouço estrutural dentro dos órgãos, tem a função de suporte e sustentação. O tecido conjuntivo também funciona como um meio para trocas de resíduos metabólicos, nutrientes e oxigênio entre o sangue e muitas células do corpo.

As funções de defesa e proteção são desempenhadas (1) pelas células fagocitárias do corpo, as quais englobam e destroem restos celulares, partículas estranhas e microrganismos; (2) pelas células imunocompetentes do corpo, as quais produzem anticorpos contra antígenos; e (3) por certas células produtoras de substancias farmacológicas que auxiliam a controlar a inflação. Os tecidos conjuntivos também ajudam a proteger o corpo, formando uma barreira física contra a invasão e disseminação de microrganismos.

Figura 1 – A origem das células do tecido conjuntivo (não desenhada em escala)

3. Matriz Extracelular

A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos organismos multicelulares. Os tecidos, os órgãos e sistemas são resultados de associações de diferentes tipos de células e matrizes extracelulares. Nos tecidos conjuntivos, as células se encontram dispersas em meio abundante matriz extracelular. Nos epitélios, as células podem estar aderidas sem matriz extracelular que as separe, já nos epitélios de revestimento existe uma delgada matriz extracelular, chamada lamina basal.

A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos organismos multicelulares. Os tecidos, os órgãos e sistemas são resultados de associações de diferentes tipos de células e matrizes extracelulares.

Nos tecidos conjuntivos, as células se encontram dispersas em meio abundante matriz extracelular. Nos epitélios, as células podem estar aderidas sem matriz extracelular que as separe, já nos epitélios de revestimento existe uma delgada matriz extracelular, chamada lamina basal, interposta entre as células e o tecido conjuntivo sobre o qual se apóiam.

As funções mais importantes da matriz extracelular:

• Preencher os espaços não ocupados pelas células;

• Resistência aos tecidos;

• Meio por onde chegam os nutrientes e sejam eliminados os dejetos celulares;

• Ancoragem para as células;

• Veiculo de migração das células;

• Meio para transporte de sinais intercelulares.

A matriz extracelular é formada por elementos fluidos e fibrosos. Os fluidos são as glicosaminoglicanas (polissacarídeos) e proteoglicanas (complexos glicoprotéicos). Os fibrosos são proteínas estruturais (colágeno ou fibras colágenas) e proteínas adesivas (fibronectina e laminina – ambas glicoproteínas fibrosas-).

As células de alguns tecidos conjuntivos unem-se com componentes da matriz extracelular através de contatos focais. Cada contato focal consiste em uma proteína integrina unida a proteínas ligadoras. O componente focal conecta-se com a fibra colágena da matriz, esta conexão ocorre devido à fibronectina.

As células da camada basal dos epitélios ligam- se a lamina basal. A conexão entre a célula e a lamina ocorre através das hemidesmossomas (estruturas de proteínas integrinas que formam junção de adesão).

Substancia fundamental:

A substância fundamental é um material hidratado, amorfo, composto por glicosaminoglicanos, longos polímeros não-ramificados de dissacarídeos que se repetem; proteoglicanos, complexos formados por eixos protéicos aos quais vários glicosaminoglicanos estão ligados covalentemente; e glicoproteínas de

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