Timo
Exames: Timo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: multi • 17/3/2015 • 1.121 Palavras (5 Páginas) • 401 Visualizações
Introdução
A presente monografia resulta de um artigo de revisão (“The many important facets of T-cell repertoire diversity”- Janko Nikolich-Žugich, Mark K. Slifka e Ilhem Messaoudi), em que são abordados os aspectos mais relevantes da diversidade do reportório dos linfócitos T.
Para além de um breve resumo de todos os assuntos referidos ao longo do artigo, nesta monografia referem-se ainda, brevemente, os aspectos que caracterizam cada uma das estruturas e dos processos referidos, no já citado artigo. Tal, mostra-se de bastante interesse na medida em que, uma melhor compreensão dos mecanismos que contribuem para a elevada diversidade do reportório dos linfócitos T isoladamente, possibilita uma melhor compreensão desses mecanismos, no contexto do artigo.
O Sistema Imunitário
O nosso organismo possui mecanismos de defesa que podem ser diferenciados quanto à sua especificidade, ou seja, existem os específicos contra o antigénio (“o corpo estranho”) e os inespecíficos que protegem o organismo de qualquer material ou microorganismo estranho, sem que este seja específico (Goldsby et al., 2003 e 4).
O organismo possui barreiras naturais que são obviamente inespecíficas, como a pele (queratina, lípidos e ácidos gordos), a saliva e o muco presente nas mucosas e no tracto respiratório, entre outras (Goldsby et al., 2003 e 4).
Para além das barreiras naturais, existem respostas imunitárias inespecíficas e específicas para combater invasores que penetrem as barreiras naturais e infectem o organismo (Abbas & Lichtman, 2003). As respostas imunitárias inespecíficas são aquelas em que não há um combate contra um epitopo, mas sim contra um antigénio que se encontra no local, não sendo ele específico, mas qualquer substância estranha que esteja em contacto com ele (como uma célula envolvida por uma imunoglobulina ou célula tumoral). Neste tipo de resposta estão presentes certos tipos de células como, macrófagos (fig. 1), neutrófilos, eosinófilos, células NK e o complemento (Goldsby et al., 2003, 3 e 4).
Figura 1: Fotografia ao microscópio electrónico de um macrófago em actividade.
Pelo contrário, as respostas imunitárias específicas são aquelas que envolvem a acção de epitopos específicos, formando populações monoclonais específicas para atacar o antigénio em questão. Neste tipo de respostas estão envolvidos os linfócitos B e/ou T que, para além da elevada eficiência no combate aos microorganismos invasores são, também, os responsáveis pela “limpeza” do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, a rejeição de enxertos e a memória imunológica (Goldsby et al., 2003 e 4).
Diversos locais no organismo apresentam tecidos linfóides. O tecido linfóide pode estar acumulado formando os nódulos linfáticos, que se interpõem entre os vasos linfáticos do organismo, ou fazer parte do parênquima de órgãos como o baço, o timo ou as amígdalas, sendo estas últimas formadas puramente por tecido linfóide. Alguns órgãos, como os pulmões, o fígado, o cérebro e a pele, não possuem tecido linfóide, mas têm uma grande população de macrófagos preparados para actuar e fazer a “limpeza” do local (Goldsby et al., 2003 e 4).
As células do sistema imunitário são altamente organizadas, e, cada tipo de célula age de acordo com a sua função. Deste modo, algumas estão responsáveis por receber ou enviar mensagens de ataque ou de supressão, outras apresentam o “inimigo” às células do sistema imunitário, outras apenas atacam com o intuito de matar e, outras produzem substâncias que neutralizam esses “inimigos” ou neutralizam substâncias libertadas por esses organismos (Goldsby et al., 2003 e 4).
Tecidos e Órgãos Linfóides
No corpo humano existem diversos locais onde há produção de células linfóides maduras que vão agir no combate a agentes agressivos externos (Roitt et al., 2001 e 3).
Alguns órgãos linfóides encontram-se interpostos entre vasos sanguíneos e vão originar glóbulos brancos na corrente sanguínea. Outros estão entre vasos linfáticos, e vão “filtrar” a linfa e combater antigénios que chegam até eles por essa via. Outros, ainda, podem ser encontrados fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados pela sua mucosa (Roitt et al., 2001).
Os tecidos linfóides são classificados em primários e secundários. Os primários representam o local onde ocorre a formação e a maturação dos linfócitos. O timo e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local onde amadurecem os linfócitos T e B (hematopoiese),
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