Xilema E Floema
Trabalho Escolar: Xilema E Floema. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 5/9/2013 • 1.058 Palavras (5 Páginas) • 1.100 Visualizações
XILEMA E FLOEMA
GRAZIELE G. DA ROSA
XILEMA
O xilema é o tecido de transporte de água e sais minerais através do corpo das plantas. Trata-se de um tecido complexo, com origem no procâmbio ou no câmbio vascular, conforme se trate de xilema primário ou secundário. Nas traqueófitas não angiospérmicas, o xilema apenas apresenta um tipo de célula transportadora (traqueídos), sendo um tecido menos eficiente. O surgimento do xilema com elementos dos vasos foi um dos passos fundamentais para a explosão das angiospérmicas.
Xilema primário
O xilema primário, isto é, o xilema que aparece no corpo primário de uma planta contém os seguintes tipos de células: elementos traqueais (traqueídes e elementos de vaso), fibras primárias e células de parênquima. Nos caules, folhas e flores, o xilema primário e o floema primário estão associados, formando os feixes vasculares.
O xilema primário usualmente consiste de uma parte que se forma primeiro, o protoxilema e uma parte que se forma posteriormente, o metaxilema. Embora os dois tipos apresentem algumas peculiaridades, eles são tão integrados que a delimitação entre ambos pode ser feita apenas aproximadamente. De um modo geral, elementos anelados e helicoidais pertencem ao protoxilema e elementos escalariformes, reticulados e com pontoações areoladas, ao metaxilema. O protoxilema diferencia-se em partes da planta que ainda não completaram seu crescimento e a sua diferenciação, de modo que essas estão sujeitas a pressões e tensões contínuas. Seus elementos traqueais são distendidos e muitas vezes, rompidos (nas raízes eles persistem mais tempo porque só se tornam adultos acima da região de distensão). O metaxilema comumente atinge a sua maturidade depois que a distensão já se completou, por isso, é menos afetado pelos tecidos a sua volta. Quando os elementos de protoxilema são formados, os tecidos ao seu redor ainda estão em crescimento.
Conseqüentemente, os elementos do protoxilema são distendidos, e podem tornar-se completamente obliterados pelas células do parênquima a sua volta. Em muitas monocotiledôneas, o elemento não mais funcional é pressionado e torna-se parcialmente colapsado, mas não obliterado. Em vez disso, aparecem canais, que são chamados de lacunas do protoxilema, as quais estão rodeadas por células de parênquima. As paredes secundárias do elemento não funcional, geralmente em forma de anéis podem ser observadas ao longo da margem da lacuna. O metaxilema é um pouco mais complexo que o protoxilema, pois além dos elementos traqueais, pode conter fibras primárias e células do parênquima. Em plantas que não apresentam crescimento secundário, o metaxilema permanece funcional durante todo o tempo. Em dicotiledôneas e gimnospermas, o metaxilema é logo substituído pelo xilema secundário. No entanto, nas monocotiledôneas, o metaxilema é o tecido condutor da planta durante toda a sua vida. É comum em monocotiledôneas o metaxilema definitivo, aquele formado pelo periciclo, ser diferente do metaxilema formado pelo procâmbio. Esse metaxilema derivado do periciclo é denominado por alguns autores como metaxilema tardio. As diferenças ocorrem não só no tipo de pontoação de parede, mas também no formato dos elementos traqueais.
Xilema secundario
Muitas eudicotiledôneas, magnoliideas, paleoervas egimnospermas apresentam crescimento secundário e, por conseguinte, formam xilema secundário. As monocotiledôneas, de modo geral, não apresentam crescimento secundário. Quando este ocorre, não segue o mesmo padrão das dicotiledôneas e gimnospermas, mas também é xilema secundário. Com a instalação do câmbio, começa a ser produzido o xilema secundário a partir de células derivadas do câmbio que ficam situadas internamente a este. São basicamente três tipos de células encontradas no xilema secundário: elementos traqueais, fibras e parênquima. Distinguem-se dois sistemas de orientação dessas células: o axial (longitudinal ou vertical) e o radial (transversal ou horizontal). O sistema axial é derivado das iniciais fusiformes do câmbio. É formado por células com o seu eixo maior orientado paralelamente ao eixo do órgão (caule ou raiz). São eles: elementos traqueais, fibras e parênquima axial.
O sistema radial é composto de fileiras de células orientadas horizontalmente, perpendiculares ao eixo do órgão portanto, sendo constituído basicamente de células parenquimáticas e, eventualmente, por traqueídes radiais, também chamadas de traqueídes deitadas. Todo o sistema radial deriva das iniciais radiais do câmbio. A delimitação entre xilema primário e xilema secundário é determinada pela presença dos raios parenquimáticos (melhor observados em corte transversal), ou seja, onde eles se iniciam, também será o início do xilema secundário
FLOEMA
O floema é o tecido responsável pela translocação de nutrientes orgânicos produzidos pela fotossíntese para todas as partes do vegetal. O aparecimento do floema teve consequências importantes, pois além de transportar as substâncias da parte autotrófica para a heterotrófica, passou a controlar qual parte da planta deveria crescer mais rapidamente, não só em função da época do ano, mas também do tipo de estrutura a receber nutrientes: meristema, primórdio foliar, tecido de reserva, etc
Floema primário
O floema primário é constituído pelo proto e metafloema. O protofloema ocorre nas regiões que ainda estão em crescimento por alongamento e, assim, seus elementos crivados sofrem estiramento e logo param de funcionar (1 ou 2 dias); eventualmente podem até ficar obliterados. O protofloema é constituído por elementos crivados geralmente estreitos e não conspícuos, podendo ou não ter células companheiras. Podem estar agrupados ou isolados entre as células parenquimáticas. O metafloema diferencia-se mais tarde e, nas plantas desprovidas de crescimento secundário, constitui o único floema funcional nas partes adultas da planta. As células condutoras do metafloema são em geral mais largas e numerosas quando comparadas às do protofloema. As fibras estão, em geral, ausentes.
Floema secundário
O floema secundário é proveniente do câmbio. A quantidade de floema produzida pelo câmbio é em geral menor que a de xilema. No caso das coníferas, o sistema axial (longitudinal ou vertical) contém células crivadas, células albuminosas, células parenquimáticas, fibras e esclereídes. O sistema radial (transversal ou horizontal) é constituído por raios unisseriados com células albuminosas e células parenquimáticas.
Fibras estão ausentes em Pinus, porém ocorrem em outras espécies de gimnospermas como em Taxus, Taxodium, Cupressus, etc. Nas eudicotiledôneas, magnoliídeas e paleoervas o sistema axial é formado pelos tubos crivados, células companheiras e células parenquimáticas. As fibras podem estar ausentes ou presentes e, neste caso, formam uma faixa contínua ao redor de toda a circunferência do órgão (caule e raiz) ou faixas isoladas. O sistema radial formado pelos raios uni ou plurisseriados compõe-se de células parenquimáticas pode, ainda, conter esclereídes ou células parenquimáticas esclerificadas com cristais. Os raios podem aparecer dilatados, como conseqüência de divisões anticlinais radiais das células em resposta ao aumento de circunferência do eixo.
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