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ÁLCOOL

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Por:   •  26/9/2013  •  Seminário  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  444 Visualizações

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ÁLCOOL

Aspéctos históricos

Os primeiros indícios do consumo humano de bebidas alcoólicas que continham etanol podem ser encontrados em vasos Paleolíticos e há evidências sobre o aproveitamento humano dessas bebidas há cerca de quatro milênios. Em todas as aparições, o escopo do consumo do álcool na história antiga é essencialmente global, refletindo a facilidade relativa da produção de álcool (p. Ex., pela fermentação de frutas e vegetais cultivados localmente, mesmo antes da descoberta dos processos de destilação).

A percepção das consequências nocivas apareceu mais de 3.000 anos atrás, documentados em antigas leis da Mesopotâmia similares às atuais leis de Dram Shop (nome dado às lojas que vendem bebidas alcoólicas), que restringem a venda de álcool quando os consumidores já se encontram fortemente alcoolizados. (Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM, 2009, P.3)

Alpéctos gerais

A pessoa que consome bebidas alcoólicas de forma excessiva, ao longo do tempo pode desenvolver dependência do álcool, condição esta conhecida como “alcoolilsmo”. Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem biológica, psicológica, sócio-cultural ou ainda ter a contribuição resultante de todos esses fatores. Tal condição atinge cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira.(Carlini, E.A. et. al, 2001, P.13)

O etanol, cuja fórmula química é C2H5OH, é uma molécula simples que se move facilmente através de membranas celulares, equilibrando-se rapidamente entre o sangue e os tecidos. O nível do álcool no sangue é expresso em miligramas ou gramas de etanol por decilitro. Um nível de 0,02g a 0,03g, por exemplo, é o resultado da ingestão de uma a duas doses de bebidas alcoólicas (uma dose é igual a 12 g de álcool e corresponde a 180 ml de vinho, 360 ml de cerveja (uma lata) ou 45 ml de destilado (uma dose de destilado)). O organismo, subsequentemente, metaboliza e excreta aproximadamente uma dose por hora.

Como consequência de sua alta solubilidade em água, o etanol cai rapidamente na corrente sanguínea, de onde é distribuído para a maioria dos órgãos e sistemas. É absorvido pelas membranas mucosas da boca e do esôfago, do estômago e do intestino grosso e pela porção proximal do intestino delgado (local principal de sua absorção).

Cerca de 2 a 10% do etanol (baixas e altas concentrações de álcool no sangue, respectivamente) é excretado diretamente pelos pulmões, pela urina ou pelo suor, mas a maior parte é metabolizada no fígado. A mais importante via de metabolização, porém, ocorre no citosol das células hepáticas, em que o álcool desidrogenase (ADH) produz o acetaldeído, que é rapidamente destruído pela aldeído desidrogenase (ALDH) no citosol e na mitocôndria do hepatócito. Em altas doses, a aldeído desidrogenase pode produzir histamina e, por mecanismos variados, causar diminuição dos níveis pressóricos, náusea e vômitos. A segunda via de metabolização ocorre nos microssomos do retículo endoplasmático liso e no sistema microssomal hepático de oxidação do etanol, que é o responsável por aproximadamente 10% da oxidação do etanol quando a concentração de álcool no sangue está elevada.(Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM, 2009, P.68)

Benefícios associados

Desde o início da década de 1990, inúmeros estudos ciêntíficos, sejam epidemiológicos, prospectivos e caso-controle, de intervenção clínica ou baseados em modelos experimentais, têm mencionado a relação entre o uso moderado de álcool e a incidência e progressão de doenças crônicas, nas quais o sexo, o tipo de bebida e as variáveis de confusão (sociais e demográficas) devem ser consideerados.

Assim, o consumo moderado de álcool tem sido associado a uma diminuição da taxa de mortalidade geral, o que sugere um possível efeito benéfico desse uso sobre a saúde. Muitos autores que centram seus esforços à compreensão dos efeitos do uso moderado de álcool sobre a saúde descrevem essa relação de modo que os benefícios do uso de álcool (nesse caso, a diminuição da taxa de mortalidade) são possíveis até certo ponto, a partir do qual passa a ser prejudicial. (Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM, 2009, P.17)

Efeitos do Álcool Sobre o Sistema Nervoso Central

As consequências do álcool sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) são conhecidas há bastante tempo, mas algumas permanecem por ser esclarecidas. Seus efeitos podem ocorrer em qualquer nível do neuroeixo, incluindo o encéfalo, nervos periféricos e músculos. Não podemos esquecer, ainda, dos danos causados pelo uso de álcool no trânsito, podendo levar a graves acidentes automobilísticos, com consequências diretas ao SNC, por meio dos traumatismos cranioencefálicos.

O álcool afeta as diferentes regiões do cérebro de maneiras diferentes:

No córtex cerebral, onde se dá o processamento de pensamentos e consciência, afeta os centros de inibição de comportamento, tornando a pessoa menos inibida, e atrasando o processamento de informações dos olhos, ouvidos, boca e outros sentidos, além das funções cognitivas, tornando difícil pensar claramente. No cerebelo, o álcool afeta o centro dos movimentos e do equilíbrio. No hipotálamo e hipófise, o álcool deprime os centros nervosos do hipotálamo, que controla os estímulos e a performace sexual. Na medula, o álcool induz a insônia, pode também diminuir a freqüência respiratória e baixar a temperatura do corpo.

PRINCIPAIS

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