A Doença de Chohn

Doença de Chohn:

Doença Inflamatória granulomatosa  crônica de etiologia desconhecida que envolve o intestino delgado; pode resultar em diarreia, estenose, fístula, má absorção e a necessidade de resseções cirúrgicas. A desnutrição é um achado frequente. As dietas elementares parecem ser eficazes na redução das percas proteicas. Em outros casos onde há grandes resseções, a nutrição parenteral pode ser essencial. A nutrição oral deve repor os nutrientes que não são absorvidos por conta da própria doença ou pela interação medicamentosa. A reposição de fluidos e eletrólitos é fundamental. Evitar alimentos irritantes da mucosa e promover ganho ponderal(Leão,2013).

Preferir: Dieta hipercalórica e hiperproteica após fase aguda; Refeições frequentes e de pequeno volume; Alimentps ricos em triglicérideos de cadeia média(óleo de coco e milho) ou produtos prontos no mercado; Alimentos ricos em ácidos graxos poli- insaturadosômega-3: óleo de peixe, sardinha, atum, salmão, espinafre, agrião e couve; Alimentos ricos em potássio nos casos de diarreia: banana prata, batata baroa, batata inglesa,maracujá; Alimentos ricos em cálcio,vitaminas A, ferro, magnésio, fibras solúveis e suplementos líquidos orais isotônicos ou soro caseiro.

Evitar: Gordura em excesso se houver estatorreia; em caso de intolerância a lactose: leite de vaca e suplementos líquidos em pó contendo lactose; Alimentos ricos em sacarose; açúcar branco e doces em geral; Fibras insolúveis ; farelo de trigo, cenoura crua, folhosos(principalmente a hemicelulose; Condimentos: pimenta, picles, mostarda e molhos picantes.

Gases Intestinais e Flatulência

Presença de quantidades excessivas de gás no trato gastrointestinal. Apresenta como causas o ar deglutido com os alimentos, os gases derivados dos alimentos, os gases da deficiência de dissacarídeos e os gases da ação das bactérias. No sentido de corrigir hábitos alimentares inadequados e aerofagia, os alimentos devem ser consumidos em ambiente calmo, com boa mastigação, e buscando identificar misturas ou preparações associadas a produção dos gases excessivos. A restrição inicial de alimentos ricos em enxofre, de difícil digestibilidade, flatulentos e fermentáveis desta manifestação , favorecendo posteriormente a reintrodução dos componentes de uma dieta equilibrada, após a identificação do agente etiológico, seja no tipo do alimento, na quantidade, ou na forma de preparo do mesmo

Preferir; Mastigar lentamente; utilizar pouco óleo vegetal, alho e sal no tempero dos alimentos; Lavar o feijão, colocar em água fervente por 3 min e deixar de molho por 2 horas, desprezar a agua, acrescentar nova agua em temperatura ambiente por mais 2 horas, escorrer novamente, acrescentar nova agua e deixar de molho da noite para o dia, escorrer e cozinhar com louro, gengibre e alho com nova agua por aproximadamente 75 a 90 min; Fracionar as refeições em três a quatro vezes ao dia; Rfeiçôes leves a noite( salada cruas ou sopas).

Evitar: Uso de canudos para ingestão de líquidos; Agrião, cebola, pepino, nabo, brócolis; Goiaba, jaca, melão, melancia, Leite , requeijão, queijo e manteiga, ervilha, bebidas gasosas ou muito açucaradas, preparações muito condimentadas ou gordurosas e conversar durante as refeições(Leão,2013).

Diarreia

É caracterizada pela evacuação frequente de fezes líquidas, acompanhadas ou não de uma perda excessiva de líquidos e eletrólitos, especialmente sódio e potássio. Ela ocorre quando há trânsito excessivamente rápido dos conteúdos intestinais através do intestino delgado, digestão enzimática diminuída de alimentos, absorção reduzida de líquidos e nutrientes ou secreção aumentada de líquidos no TGI. A conduta inicial se baseia na reposição dos líquidos e eletrólitos e, posteriormente, a regularização do trânsito intestinal.

Preferir: Soro caseiro( objetiva-se ofertar fonte de sódio, bicarbonato, glicose e potássio para controle da desidratação)  ou sai de reidratação oral; Após fase aguda, alimentos ricos em carboidratos, caseína e albumina. Se a resposta for positiva, evoluir para 50 gr de carnes magras/dia. Canja de galinha, purê de batata sem leite, agua de coco, agua de arroz, maisena e torrada(Leão,2013).

Evitar: Sacarose, frutose, farinhas e derivados de trigo, aveia, cevada, sopas de pacote, leite, creme de leite, queijo prato, cafeína, vinho e cerveja, frutas laxantes( laranja, melancia, melão, mamão), frituras, condimentos(catchup, mostarda,pimenta), óleos vegetais em caso de esteatorreia.

Doença  Diverticular

Abrange a diverticulite( estado inflamatório) e diverticulode(estado convalescente). Em geral, a doença diverticular é relativamente rara em países onde a dieta é rica em fibras e relativamente alta onde ocorre ingestão de alimentos altamente refinados. A diverticulose se refere a herniações semelhantes a sacos da parede colônica, entretanto, sem processo inflamatório. As complicações de doença diverticulite variam de sangramento suave sem dor e hábitos intestinais alterados a diverticulite, a qual pode incluir seu próprio espectro clinico de inflamação(formação de abscesso, perfuração aguda, sangramento agudo, obstrução e sepse). Como a constipação crônica está associada a esta condição, a dieta deve, após o estado inflamatório, ser rica em fibras. Iniciar com 1 colher de chá de farelo de trigo e evoluir até 2 colheres de sopa(Leão,2013).

Preferir: Na fase aguda (geralmente no ambiente hospitalar) inicialmente dieta zero(intestino em repouso), posteriormente dieta sem resíduos, evoluindo para dieta rica em fibras com hortaliças cozidas e subdivididas9 cenoura, abobora, batata, inhame) e finalmente alimentos crus e cozidos; Mastigar lentamente, refeições de 3 em 3 horas, leite fermentadom,peixes magros, temperos naturais, frutas; abacaxi, laranja,mamão, manga e melão.

Evitar: semestes de alimentos(pâes e biscoitos com gergelim, quiabo, tomate, goiaba, pepino), Alto consumo de gorduras: linguiçs, mortadela, queijos amarelos, maionese; Alimentos flatulentos: brócolis, couve-flor, cebola, feijões, melancia; Açucares e doces concentrados e alimentos que causam cólicas ou desconforto.

Colite Ulcerativa

É uma doença inflamatória da mucosa colonica. A ulceração da mucosa do intestino grosso pode causar dor abdominal, febre, diarreia com sangue e muco e anemia. Existem 4 teorias para sua etiologia; auto imune, infecção bacteriana, alergia ou intolerância ao leite. A presença por longo período pode associar se ao surgimento de doença maligna. A dieta deverá corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico, corrigir anemia, através de proteína, ferro e vitamina C, evitar irritação do intestino reduzindo o teor de fibrs e corrigir as defeciencias de micronutrientes causadas pela interação droga nutriente.